Space Song- Beach House

949 79 17
                                    


-"Somewhere in these eyes
I'm on your side" (Beach House -Space Song)

    -Vocês perderam a cabeça? Não acharam que falar para nós seria uma boa ideia? Querem nos matar de preocupação? - Glimmer andava de um lado para o outro, um Bow atordoado atrás dela estava em silêncio. Mermista cobria a boca com as mãos e olheiras fundas se formavam em seu bonito rosto.

   Pelo visto chegaram na casa de Catra de surpresa com um bolo , já que não comemos um em seu aniversário , e tudo que viram foi uma porta aberta e muito sangue. Tinham nos procurado mas eu estava ocupada demais com Catra para pegar o telefone.

   -Eu tentei. Você não atendeu. - fui sincera enquanto segurava a mão de minha namorada.
  
    -Ela está certa, Glimmer. Não tinham como ter falado com a gente. - Bow se aproximou, ajoelhando ao lado de Catra - Você se sente melhor?

    -Tão bem quanto consiguiria. - eu observava os olhos dos dois começar a encher de lágrimas sem entender o porquê.

   -Isso não acontecia faz tempo. - sua voz saiu mais baixa mas não pude deoxar de perceber. Já tinha acontecido antes?

   -Como assim, Catra? - os olhos heyer

-//-

   Os remédios ainda tomavam conta de minha , agora, namorada. Parecia irreal termos chegado nesse ponto em tão pouco tempo mas não era ruim. Algo me fazia acreditar que era para ser assim. Quero ficar ao seu lado para sempre.

   Mesmo não estando sobre efeito de medicação acabei adormecendo junto com ela por toda a noite. Acordava vez ou outra checando sua temperatura e lembrando a mim mesma que ela estava bem. No hospital dormir não foi uma função fácil, estava focada em sua saúde e segurança cem por cento do tempo.

   Acordei com um incômodo agudo em minha palma. As pálpebras ainda preciam pesadas quando consegui focar em uma Catra sonolenta desenhando com a ponta dos dedos os machucados de unha em minhas palmas. Ansiedade. Era uma merda.

    -Te acordei? - ela perguntou, contraindo a mão de maneira receosa. Os fios curtos iam para direções diferentes, formando uma linda e bagunçada visão. Ela voltou os visores coloridos para a palma ferida, seus labios tremeram até uma expressão triste se formar. - Me desculpa. Não queria te deixar assim.

   Levei a outra mão até seu rosto. Reproduzindo seu reconfortante contato na bochecha. Meu polegar ia de um lado para o outro e a vi fechando os olhos por um momento. - Não é sua culpa, não se importe comigo, tá bom? Como você se sente?

   -Acho que estou bem. Não vamos tocar nesse assunto agora. - seu corpo pequeno empurrou meu peito, me deitando com as costas direto na cama e subindo nua sem pudor em meu tronco. As unhas começavam a agarrar meu cabelo. - Temos coisa mais importante para fazer, Adora.

   -Ei ei ei. - a parei, subindo minhas mãos até sua cintura e fazendo com que ela deitasse novamente. - nada disso. A senhorita precisa descansar, está bem? Não deveríamos ter sido tão irresponsáveis ontem à noite. - levei minhas mãos para que esfregassem os olhos sentindo a agonia em pensar como a incrível noite anterior poderia ter terminado mal. O contato do anel gelado em meus dedos com a minha sobrancelha acalmando um pouco o sentimento de pânico que começava a tomar conta de mim.

   -Se controla, Adora. Não deu errado, estamos bem. - minhas mãos foram tiradas de meu rosto, a ponta de cada dedo beijada delicadamente e de maneira devagar.  - E foi bom. Se concentre na parte do sexo gostoso com sua namorada ao invés do que poderia ter acontecido. - ela riu mas a parte do sua namorada ficou na minha cabeça.

Hostage - CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora