Cɑp. 07

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Estava tão exausto que mal conseguia raciocinar, a delegacia hoje foi um verdadeiro caos. Tudo que queria era ir para a casa, tomar um banho e trocar esse terno por roupas confortáveis mas antes precisava passar no supermercado comprar algumas coisas, Marie irá jantar em casa hoje. Estaciono meu carro em uma vaga perto da entrada e saio travando as portas. Pego um carrinho e sigo até a porta de vidro que se abre liberando uma onda de luz e calor. Nunca vi esse mercado tão cheio, vou empurrando o carrinho até a seção de carnes e hortifrúti, hoje iria fazer minha especialidade pernil assado. Depois de pegar tudo que precisava me dirijo para os caixas e todas as filas estavam enormes exceto a preferencial, e ai está um dos motivos pelo qual eu detesto ir ao supermercado.

(...)

Cruzei a cidade até chegar em casa e em menos de uma hora e dez já estava acionando o controle remoto da garagem estacionando o carro. Pego as compras no banco detrás e subo a escada interna. Empurro a porta com o pé entrando na cozinha. Deixo as compras em cima da ilha e vou direto para a sala. Madison e Kate estavam sentadas no sofá assistindo televisão.

─ Boa noite. Falo enquanto afrouxo minha gravata.

─ Boa noite senhor Carter.
─ Boa noite papai. Kate fala mas não levanta do sofá para me dar um beijo.

─ Ei, eu só ganho um boa noite papai! Cadê meu beijo? Kate levanta do sofá e me dá um abraço gostoso e um beijo na bochecha.

─ Pronto papai agora posso terminar de assistir Cinderela?

─ Claro que pode marrenta vou tomar um banho e já preparo o jantar.

─ Bom eu vou indo senhor Carter. Madison diz levantando do sofá.

─ Não tia Maddy fica mais um pouco comigo. Kate diz segurando a mão dela.

─ Eu até queria ficar meu amor mas a vovó está sozinha e vocês tem visita não quero atrapalhar.

─ Não você não atrapalha a Marie é muito legal você vai ver. Kate continua.

─ Kate a Madison tem razão amor a senhora Goldfinger precisa de companhia. Ela volta amanhã.

─ Isso mesmo gatinha.

─ Tá bom. Kate se da por vencida.

A Kate sempre se apega demais com qualquer figura feminina que possa representar sua mãe e esse também era um dos meus medos em namorar alguém, além do fato de me sentir culpado.

─ Eu vou indo bom jantar para vocês.

─ Obrigado Madison.

─ Imagina senhor Carter. Ela sorri e anda até a porta saindo.

Meu interesse por Madison é totalmente diferente do que tinha por Marie. Madison é uma mulher incrível, sexy mas isso não basta pra mim. Já com a Marie é algo menos carnal, não sei como classificar o que senti por ela. Na verdade eu nunca tinha reparado em Marie antes daquele esbarrão e depois aquele encontro na rodovia.

─ Eu já volto. Dou um beijo em sua testa.

─ Papai a Marie gosta do senhor não precisa se preocupar.

─ E de onde você tirou essa conclusão senhorita?

─ Ora, pai do jeito que ela te olha. Homens! ─ Kate diz revirando os olhos. Vê se posso com isso.

Quando me disseram que crianças prematuras eram inteligentes além da conta duvidei disso mas Kate era uma prova de que isso era realidade.

Entrei no meu quarto ascendendo as luzes, fecho a porta atrás de mim e começo a me despir andando em direção ao banheiro. Entro no cômodo claro e amplo tendo como primeiro impacto o grande espelho de moldura dourada sobre a bancada de mármore branco. Vou até ele dando uma conferida na minha barba que já estava crescendo de novo. Então primeiro me barbeei e fiz minha higiene pessoal indo depois para o banho. Não demorei muito debaixo do chuveiro e volto para o quarto com uma toalha enrolada na cintura. Pego entre o cabideiro no closet uma das minhas calças de moletom e uma camiseta neutra. Em menos de vinte minutos já estava descendo para a cozinha de novo.

Destinos Cruzados ( Obra concluída )Onde histórias criam vida. Descubra agora