Cheguei na escola quase atrasada. O professor já tinha entrado na sala, mas disse que deixaria "passar dessa vez". Baji provavelmente está fazendo a matrícula, com certeza o rapaz não ficará na mesma sala que eu, já que colocou que tinha dezenove anos nos documentos, o que faria com que ficasse na mesma sala que os repetentes.
-Representante! - Em um susto, saio de meus pensamentos com Harumi, minha melhor amiga, me gritando.
-Caralho, o que foi? - Digo a primeira parte em português.
-O que é calario? - Perguntou fazendo uma cara engaçada, a qual tive que evitar rir.
-Na-nada importante, o que houve?
-O professor quer que você organize as provas.
-Ah, certo. - Agora que eu havia percebido que a aula tinha acabado.
-O que estava pensando?
-Apenas sono.
-Entendi, bom, mudando de assunto, viu o aluno novo que chegou? - Saímos da em direção a sala dos representantes. No caminho, todos os olhares eram direcionados a mim e Harumi, eu, por ser estrangeira, a japonesa, por ter um belo corpo avantajado, algo que temos em comum. - Disseram que ele parece um delinquente. - Gargalhei pela nova fama de Keisuke. - Não ria tão alto. - Deu um leve tapa em meu braço.
-Desculpa. - Limpei uma lagrima do canto do olho.
-Mas ele é bonito pelo que me disseram.
-Hum. - Paramos em frente a porta da sala. - Vamos ao trabalho!
-Bom dia, representante. - Disse Mitsuya.
-Bom dia, Takashi. - Percebi a cara emburrada de Harumi, a morena gostava garoto, mas ele não parecia dar muita bola a ela. - Como anda as coisas por aqui? - Me sentei em meu lugar e Harumi no dela.
-Por enquanto, está tudo calmo.
-Certo, vou na biblioteca ver se acho a resposta desta questão, para mim ela está errada. - Vi que a asiática já estava se levantando para me acompanhar. - Vou sozinha, é rápido. - A garota logo entendeu minhas intenções e assentiu.
Mas por outro lado, a resposta do gabarito do professor estava errada. Cheguei à biblioteca e logo aquele forte cheiro maravilhoso de livros invadiu meu nariz, fui até o corredor que tinha os livros de História. Me estiquei para alcançar o livro de capa azulada, até que senti as familiares mãos firmes e ágeis em minha cintura, seu quadril se prensou em minha bunda, sua mão deslisou por meu braço, logo alcançando o livro para mim e me entregando.
-Trocou o creme? - Cheirou minha pele.
-Sim, e obrigada. - Me virei para sair, porém senti meu braço ser puxado bruscamente e uma mão ser posta em meu rosto cuidadosamente, enquanto meus lábios se ocupavam com os de Baji. Ele acariciou meu cabelo solto e seus dedos foram se introduzindo cada vez mais fundo dele até que tocam os fios da raiz próximos a nuca, onde puxou levemente. Me empurrou contra a grande estante atrás de nós. Quando me dou conta, uma das mãos dele já está apertando com força minhas mãos acima da minha cabeça. Porra. Sua mão livre apertou fortemente minha cintura com possessividade, mais tarde ficaria marcado. - A-aqui não. - Gemi contra sua boca.
-Okay. - Se separou ofegante e afundou seu rosto em meu pescoço, seu hálito quente batia em minha pele, me deixando arrepiada. - Apenas senti sua falta.
O moreno se apoiou na mesa atrás de nós, seus longos cabelos caíram sobre seu belo rosto definido, enquanto controlávamos nossas respirações ouvi passos apressados que pareciam vir até o corredor de livros em que estávamos.
-S/n, está aqui? - Espiou descaradamente e sorriu, porém sua expressão mudou, quando viu Baji a minha frente. - Pai amado, que obra divina e soberana vinda dos deuses celestiais imaculados.
-Que? - Perguntou Keisuke confuso me fazendo gargalhar alto.
- Bendito seja o átomo que formou a molécula que formou a organela que formou a célula que formou o tecido que formou o útero que te guardou por nove meses. - Continuou fazendo o mais velho encará-la incrédulo.
-Explica para ela que eu sou burro.
-Por que não disse que conhecia esse ser divino? - dava para ver o quanto indignada ela estava.
-Você não perguntou.
-Bom, vou indo na frente, mas venha logo, tenho uma coisa para te falar. - Saiu sem deixar eu responder.
-S/n? - Me chamou o mais alto, murmurei um "fale". - Falando sério, o que ela quis dizer com aqueles negócios de molécula, célula e não sei mais o que?
***
-O que você queria me falar? - Perguntei a Harumi.
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My Demon-Baji Keisuke
FantasiOnde s/n invoca um demônio e passa a conviver com ele, assim começando uma vida cheia de luxúria e maliciosa. (Você x Baji) +18 [A capa não é de minha autoria]