As enfermidades já começavam a si manifestar.
Meu pai teve a necessidade de colocar o marca-passo e algum tempo depois foi diagnosticado com AVC com sequelas, mas mesmo assim continuei vendo a resistência de superação das enfermidades.
Ele nunca se entregou a doença, estava sempre atento no que acontecia ao seu derredor.
Amava a sua família, mesmo em momentos de dor podíamos notar leves sorrisos e gestos, como se pudesse falar claramente, mesmo não podendo dar uma palavra clara, deixando um sentimento a desejar de não aceitar a despedida eterna.
Como eu trabalhava, só tinha os dias de sábado para dar apoio e cuidado, visto que fazíamos escalas entre irmãos.
As doenças aos poucos iam-se agravando, até que no dia 26/03/2009 recebi uma ligação no trabalho de uma cunhada dizendo que minha mãe pedia a presença de todos os filhos.
Não foi uma notícia fácil de aceitar, eu não queria acreditar que aquilo estava acontecendo, retornei à ligação e minha irmã me confirmou o que eu resistia em crer, meu pai havia falecido.
Na mesma hora sentir o chão se abrir e eu desabei em choro, uma colega foi avisar ao meu esposo que trabalhava no mesmo prédio. Tudo parecia completamente anestesiado, nem percebi a viagem de taxi até minha casa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Orgulho de um ex-combatente
Non-FictionO vento pairava sobre a copa das árvores naquela tarde, não diria que o céu estava bonito, muito provavelmente choveria no mais tardar, mas não foi o suficiente para impedir que todos alí daquele bairro familiar parassem de cumprir com suas obrigaçõ...