Capítulo 9

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Ao chegar na porta da casa dos meus pais, vi um dos meus sobrinhos, e logo em disparada entrei no quarto e logo avistei meu pai que estava deitado em uma cama de hospital, parecia estar dormindo, continha um semblante de paz e meio sorriso nos lábios, cabelos alvos como a neve, mas seu corpo não havia vida.

Quando o caixão chegou para levar o corpo até a igreja, fomos avisados que ficassemos de costas, para que não víssemos aquela cena tão triste.

Dia 27/03/2009 pela manhã, seria o sepultamento, e antes de sair, sentir o Espírito Santo colocar em meu coração uma música "Deus de promessa - Toque no Altar", precisava ouvi-la, pois iria me acalmar. Chamei o meu sobrinho que morava um andar acima para tocá-la no violão e assim ele fez.

Ali eu sabia que não poderia ver mais a face do meu pai, seu sorriso, não iria mais pescar, fazer caminhadas, tomar a sopa predileta dele, chá da noite e várias outras coisas que se tornavam especiais em sua presença.

Estava perdendo uma parte de mim e só o tempo seria capaz de definir como eu sobreviveria com a falta dele.

E hoje, sem a presença do meu pai, pude refletir que temos que viver da melhor maneira possível, aproveitando com sabedoria a cada dia, buscando sempre o nosso melhor, porque a vida se vai e o que deixaremos é só o legado de tudo, o que fomos, o que fizemos, mesmo deixando incompleto, pois sabemos que a vida continua para aqueles que ainda permanecem vivendo.

Descance em paz,

Meu pai, meu Heroi!!!

Orgulho de um ex-combatenteOnde histórias criam vida. Descubra agora