𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐒 | ʙᴇʟʟᴀᴍʏ ʙʟᴀᴋᴇ ²

18 - Who We Really Are

Feche os olhos e finja que é
só um sonho ruim, é o que eu faço.
– Johnny Depp

— Nós não temos escolha. Era isso ou morrer. E o que nós poderíamos fazer? 

— Morrer. - Monty falou e Maya estremeceu em seu lugar.

— Deixa eu ver se entendi, - Celeste tentou não surtar. — vocês prendem e matam terrestres para sobreviver e sustentar esse lugar?

Maya não queria concordar, mas ela também não negou.

— Aterrorizante. Acredita em nós agora, Jasper?

— Só espero que Clarke venha logo. - Jasper sussurrou. — Ela vai voltar com ajuda.

De volta no quarto, nada parecia real. Tudo era uma grande mentira omitida pelas próprias pessoas que diziam querer o bem dos 47. E Celeste estava acostumada a mentir e a ouvir mentiras, a desconfiar e ter pessoas desconfiando dela, mas aquilo era demais. O rosto assustado da Doutora era provavelmente a única imagem que passava em sua cabeça além do pensamento de culpa. Clarke tinha razão. Ninguém podia confiar em ninguém.

— Como tem tanta certeza de que Clarke vai voltar pra nos salvar?

— Eu não tenho. - Monty falou, aprontando a sua mochila. — É por isso que precisamos fugir.

— Vocês ouviram Maya: é perigoso demais. - A ruiva suspirou, deitando no único sofá ali e mirando o teto feito de puro concreto. Antigamente, era feito de metal e haviam as estrelas para acompanhar a sua vista, e antes dela parar ali, a única coisa que cobria seu rosto era o céu azul e o clarão do Sol.

— Então nós nos sentamos aqui e esperamos que algo aconteça?

— Esperem. - Ela sentiu as chaves em seu bolso e sua mente se encheu com uma ideia. — Eu ainda tenho as chaves do escritório, e se tem algo que nos tire daqui, está lá.

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— Como eu adivinharia que eles trocaram o sistema de fechadura por senhas digitais?