ᛊ Epílogo

30 3 2
                                    

Sob um céu estrelado o resplendor da lua erguia-se sobre o mundo, mas parece que Eirik não remedia-se dos pesadelos incontáveis ​​que arruinaram diversas noites de sono. Ele se via em um barco parado sobre um lago, nas suas mãos estava um chifre como aqueles que usam-se para anunciar uma batalha. Nesse momento escutou uma voz a qual com ele falava:

- Pegue isto e assopre - dizia a voz misteriosa, um som como de muitas águas.

Eirik no mesmo momento colocou uma das extremidades de sopro, e pondo-se de pé, inflou os peitos, assim soprando o chifre. O som ressoava como a trombeta dos deuses perante o sol que no mesmo momento foi ocultado pelo segundo astro, a lua, a qual ofuscou sua luminosidade, dessa forma o mundo foi engolido pelas trevas.

Assustado com todas as coisas que acontecem diante dos olhos, porém novamente a voz, amargurada com o inverno, disse a Eirik:

- Agora peço que o sopre mais uma vez, sopre aos ventos sul! - ordenava aquela voz.

Eirik não a contrariou, era como se soubesse que teria que fazer aquilo, pois tais sinais iluminados. Novamente inflando os pulmões, assoprou o chifre. Rapidamente os céus começar a escurecer, não obstante aquele lago de águas cristalinas congelou por completo. A Respiração de Eirik ficou pesada, e o seu corpo tremia de frio.

Com um salto da cama Eirik acordou bufando, e sua respiração acelerada. A calmaria logo foi tomando conta de sua cabeça, ele manteve os lençóis na cintura, pois estava com uma concubina, que por causa do alvoroço acabou levantando. Sua beleza era exótica, era branca e tinha longos cabelos loiros, formosos com algumas tranças. Ela ficou de joelhos na cama acariciando Eirik. Ele acariciou sua nuca e beijando-a.

- O que houve? Você está muito tenso, está suando também, seria melhor ir há um curandeiro pode ser alguma doença perigosa - disse a concubina, enquanto massageava as costas de Eirik.

- Tive um sonho estranho, e como se eu pretendia destinado a destruir tudo ao meu redor ...— desabafava Eirik, aflito com aqueles sinais incontáveis.

- Isso deve ser um alerta nos campos de batalha, os deuses devem estar ao seu favor - disse ela, confortando Eirik.

Os olhos de Eirik foram ao encontro de seu amante, os dois deitaram-se desfrutando de toda uma relação que ainda estava no seu primeiro amor.

***

Na manhã seguinte Eirik estava passeando pela praça pública. Estava trajado com um blusão branco, capa preta, pois o dia estava frio, ao menos alguns raios de sol saíram enquanto as nuvens agrupavam-se umas às outras. Havia um alvoroço muito grande, pessoas passando de um lado para outro atentas a voz dos viajantes que traziam diversas especiarias. Eram frutas, hortaliças, temperos e utensílios de prata.

"Uma ótima manhã para deleitar-se no pão cevado, e leite de cabra" - pensava Eirik enquanto avaliava sua bolsa com moedas de prata e ouro.

Em um breve momento tudo parou ao seu redor, como pessoas preparadas a andar devagar. Ele ouvir o cochicho das mulheres sobre seus pretendentes entre os nobres militares. Sua audição estava extremamente aguçada podendo até mesmo escutar os batimentos cardíacos de todos aqueles locais, foi então que percebendo uma palpitação acelerada vindo pelas suas costas.

Era um homem vil, de cabelos ruivos, a barba da mesma cor. Puxou uma adaga do peito pensando assim em assaltá-lo. Quando então esticou seu braço na intenção de rendê-lo, Eirik foi mais ágil antevendo-se de primeira mão. Ele pegou o seu pulso girando no seu braço; pondo-se atrás dele, pôs os pés nas suas costas, deixando a vontade para deslocar o seu braço quando quisesse.

- Impossível ... como fez isso - atônito perguntava o ladrão.

- Para que esperar por uma resposta. Esta tarde estar morto, o seu crime é gravíssimo - zombou Eirik do ladrão azarado.

Correntes do Passado - O ErmoWhere stories live. Discover now