Chapter 57

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|Draco pov|

Escuro, era tudo escuro.
Uma luz, era apenas uma luz.
Uma silhueta, era apenas uma silhueta.

Eu tentei levantar, meu olhos estavam fechados, não queria olhar pra frente e ver que não estou na maldita sala de estar assistindo o filme do Queen e apaguei enquanto observava Harry em seu sono.

Dray...

Eu podia ouvir, essa era a voz de Harry. Sua voz era tudo, menos firme, ele estava com medo.

Harry: Você levantou do nada com os olhos fechados, você tá bem?

Draco: Estamos na sala, não estamos?

Harry: Não Dray, na realidade, não sei onde estamos.

  Abri meus olhos, ignorei todo o cenário que me assombrava. Abracei o corpo do meu pequeno. Ele estava frio, muito frio.

Draco: Pior, eu sei.

Harry: Dray, eu mato seu pai por você ter ao menos conhecimento dessa merda, isso é quase... uma prisão... ele, não pode ser.

Draco: Bem-vindo à infância perfeita de um jovem Malfoy.

Harry: Acho que não entendi o seu ponto.

Draco: Vou te mostrar. Aqui fica, ou pelo menos costumava ficar, uma cadeira, nela eu aprendi a escrever e qualquer outra coisa. Eu sei fazer coisas graças a ela.

Harry: Uma cadeira?

Draco: Não, Lucius nunca foi... carinhoso. Seus métodos são questionáveis... eu aprendi e me orgulho de saber, mas sinto que faria tudo isso sem ter medo.

Harry: Ele... batia em você por isso?

Draco: Cinco anos, eu tinha cinco quando começou. Com seis eu já sabia a tabuada inteira de trás pra frente, com sete, eu falava até quatro línguas fluentemente.

Harry: Mas você não queria, ele queria.

Draco: Acertou em cheio amor, eu sou um projeto, segundo ele, falho de Malfoy. Gay, músico e todos os defeitos que ele é capaz de encontrar em mim.

Harry se afastou de mim sem dizer nada, achei estranho, ele foi em direção à parede e se virou para à mesma. Ele começou a bater na parede. Quando percebi o que ele estava fazendo, corri em sua direção e peguei suas mãos, estavam machucadas, as paredes são feitas de pedras, era óbvio que suas mãos iriam sangrar. Ele tinha um olhar triste e ao mesmo tempo tenso, ele chorava. Quando percebi que estava chorando, eu o tomei em meus braços e logo caímos no chão.

Suas mão levemente ensanguentadas em minha blusa, lágrimas em seus olhos, ele tremia e murmurava o tanto que queria ver meu pai morrendo lentamente.

Draco: Tá tudo bem pequeno, a gente vai se livrar dele e de toda essa dor.

Harry: Eu não acredito que ele foi capaz de levantar um dedo pra você, eu quero ver ele em pedacinhos. Puta merda, se eu tivesse ficado com meus padrinhos eu poderia te ajudar, eu cheguei tarde demais e você sofreu demais.

Draco: Você não tem culpa Hazz, você não pode se culpar.

Harry: Eu não tô me culpando. Se seu pai cuidasse de você como se deve não estaríamos aqui, ele que é o grande filho da puta aqui. Se por um acaso do destino eu estivesse aqui, eu iria descobrir e o teu pai estaria na prisão.

Draco: Ele já esteve lá oras.

Harry: O jeito é matar a loira pelos cabelos.

Draco: Cortar o mal pela raiz...

Her brotherOnde histórias criam vida. Descubra agora