Trevo de Quatro Folhas

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Remus sorriu, olhando para a carta no seu colo. No lugar do remetente, estava o nome de Isaac, e a carta havia sido preenchida da forma trouxa.
Dorcas se sentou do lado dele.

— Esse sorriso bobo é por causa de quem? — Ela perguntou, com um sorriso crescendo em seu rosto, e tentando olhar o remetente da carta. Ele escondeu a carta e a guardou no bolso interior de seu casaco.

— Ninguém.

— Owwwn, que fofinho. — Ela apertou a bochecha de Remus e ele resmungou, mas não tirou a mão dela dali.

Marlene foi a última a entrar no vagão. Remus sorriu com a visão da cabeleira loira. Esse ano o vagão estava mais cheio do que nunca, Sirius, Peter e James estavam sentados no chão para todos poderem caber no pequeno espaço do Expresso de Hogwarts.

— McKinnon! — Sirius exclamou, sorrindo.

— Black. — Ela respondeu, com um sorriso travesso crescendo em seu rosto.

James jogou uma moeda pra cima e a pegou na palma de sua mão.

— Queridas e queridos grifinórios, hoje estamos aqui reunidos para tramarmos algo contra os sonserinos.

Marlene se sentou ao lado de Lily e Alice, oposta a Remus, Frank e Dorcas.

—  Vocês não cansam de detenções?— Alice perguntou, cruzando suas pernas.

— Pff, detenções apenas me dão mais tempo para pensar em como irritar as cobras.

— Mas nem todo sonserino-

Dorcas começou a dizer, mas foi interrompida.

— Eu estou dentro. — Lily disse, causando surpresa.
James sentiu como se não pudesse se apaixonar mais. Sirius sorriu de lado.

— Você, Evans? Certeza?

— Por que não? Me ensinem a pregar pegadinhas nos sonserinos. Sou uma grifinória apesar de tudo.

— Dizem as más línguas que, pra Evans estar do nosso lado, era só o Snape ter sido racista. — Sirius disse e recebeu um tapa de Lily em sua nuca.

—Vocês não prestam. — Lily disse deitando a cabeça em Marlene.

— Isso não é novidade. — Peter disse, abrindo uma caixinha de sapo de chocolate.

Sirius passou seu braço pelo pescoço de Peter, o apertando.

— Senti sua falta, rabicho.

As meninas riram com o apelido e Peter sentiu seu rosto esquentar.

— Meus pais não me deixaram ir pro natal na casa do James. — Ele resmungou, mordendo um pedaço do chocolate. — Com os ataques e tudo mais.

— Minha família é sangue-puro, é improvável que ocorra um ataque. — James lembrou, fazendo a moeda rodar em seu dedo.

Peter deu de ombros.

— Fale por si mesmo. E além de tudo, eles não consideram os Potter sangue-puro, vocês não entre os Sagrados Vinte e Oito.

Marlene arqueou a sobrancelha.

— Sagrados Vinte e Oito?

— É uma idiotice, são as vinte e oito famílias que se gabam por ainda serem sangue-puro. Algumas famílias levam muito a sério, algumas delas são os Black, Crouch, Lestrange, Longbottom, Malfoy, Nott, Olivaras, Parkinson e Slughorn.— Sirius explicou, prendendo seu cabelo em um rabo de cavalo.

— Tem aqueles ruivos também...— Peter adicionou, um pouco pensativo.

— Os Weasley. Mas as outras famílias os excluem por serem pobres. — Frank adicionou.

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