𝓢entei-me à minha mesa, preenchendo a papelada sobre meus pacientes. Algumas notas de seu progresso, condições que diagnostiquei ou estou pensando em diagnosticar, etc. Basicamente, era o que consistia em cada pausa para o almoço.
Uma lancheira foi colocada na minha frente, fazendo com que eu erguesse os olhos do trabalho para ver Nailea. Eu dei a ela um sorriso e fechei o arquivo em que estava trabalhando.
─ Oi! ── Lhe comprimento.
─ Oi, como está indo? ── Ela perguntou.
Eu dei de ombros.
─ O mesmo de sempre.
─ O mesmo? Tem certeza que tudo é igual? ── Ela ergueu uma sobrancelha. Revirei meus olhos para ela.
─ Algo me diz que você quer falar sobre Vinnie Hacker ── eu disse, pegando meu sanduíche vegetariano e dando uma mordida nele.
─ Bem ... ── Nai parou de falar, nós duas rindo. ─── Ele é a pessoa mais interessante que já tivemos aqui! Quer dizer, o pai dele era ...
─ Eu não quero ouvir nada sobre Vinnie ── eu a cortei.
─ Não é nada novo, está tudo em seus arquivos.
─ Eu sei, mas quero que Vinnie me diga. É como ganho a confiança de meus pacientes. Eu deixo que eles me digam o que querem e não vou a fundo em seus arquivos, a menos que se trate de medidas desesperadas ── explicou a ela.
Por mais curiosa que eu ficasse, sempre deixo meus pacientes me contarem sobre si mesmos, não sobre algum arquivo.
Nailea encolheu os ombros.
─ É o seu jeito de trabalhar. Mas você deve ter notado como ele é ... interessante.
─ Oh, ele é interessante, certo ── eu respirei, dando outra mordida.
Houve um estouro repentino das celas, fazendo com que nós duas pulássemos e olhássemos para trás. Houve muitas batidas agora seguidas por alguns gritos, provavelmente de companheiros de cela discutindo. Não era raro, mas também não era tão barulhento ou caótico.
─ Me deixa ir! ── Uma voz familiar, mas abafada, gritou. Meus olhos se arregalaram enquanto Nai falava. ─ Outra luta de celas, está agressiva.
─ Este é o Vinnie ── eu me levantei, indo em direção a celas.
Normalmente eu não ficaria tão preocupada, mas como Vinnie matou pessoas, eu senti que tinha que ir ver como ele estava para ver os danos e, com sorte, parar com esse tipo de comportamento.
Eu segui os gritos e batidas até que vi dois policiais carregando Vinnie, que estava chutando e jogando seu corpo, batendo nas paredes a maior parte do tempo.
─ Com licença! ── Gritei o mais alto que pude, chamando a atenção de todos, incluindo a de Vinnie.
─ Dr. Hartford, estamos no meio de algo agora ── disse-me um dos policiais, Grizz.
─ Posso levar Vinnie? Estou no meu intervalo para o almoço agora e tenho uma vaga. Ficaria feliz em falar com ele ── Sugeri.
─ Dr. Hartford, não tenho certeza se é uma boa ideia...
─ Você não quer que ele seja uma pessoa melhor? Ele não pode mudar se você impedir. ── Eu interrompi.
Grizz suspirou, acenando com a cabeça para o outro policial, Luke, e me seguindo até minha sala de terapia. Eles trancaram Vinnie pelos tornozelos, como de costume.
( N/a: Se você entendeu a referencia tem um espacinho guardado no meu coração. )─ Você só tem 15 minutos ── informou Grizz. Eu apenas balancei a cabeça e esperei os dois saírem.
─ Olá, Vinnie.
─ Olá, April ── ele zombou.
─── Dr. Hartford ─ eu corrigi severamente.
─ Porque você fez isso? ── Vinnie perguntou, mudando de assunto.
─ Não acredito que toda essa coisa de solitária funcione tão bem quanto falar ── respondi.
─ E você provavelmente brigaria com Grizz também.
─ Eu posso levar alguns golpes ── Vinnie zombou.
─── Talvez agora ... mas conhecendo você, você continuaria a se meter em problemas e alguns golpes podem se transformar em muitos. Você não aguenta muito, Vinnie.
Vinnie ficou sentado ali, olhando para baixo.
─ O que você quer?
─ O que aconteceu lá? ── Jason encolheu os ombros.
─ Meu companheiro de cela estava me irritando, ameacei ele parar, ele não parou, comecei a bater nele ── resumiu, como se fosse algo normal.
─ Por que bater nele foi sua primeira reação? ── Perguntei.
─ Quer dizer, eu pedi a ele para parar ── disse Vinnie.
─ Não, você o ameaçou. E de qualquer forma você ainda resultou em violência. Por quê? Você não conseguia pensar em outras soluções?
─ Eu não sei! Violência é tudo que eu já conheci! ── Ele ergueu a voz, ficando frustrado.
Suspirei, me acalmando para não deixá-lo com raiva.
─ Em primeiro lugar, devemos trabalhar para realmente pedir às pessoas que parem, não ameaçá-las. E, em segundo lugar, precisamos trabalhar para evitar a violência em vez de causá-la ── peguei uma caneta azul e o papel que sempre estava em minha mesa.
Anotei essas notas como um lembrete para o futuro.
─ O que você quer dizer com nós? ── Vinnie perguntou.
Eu olhei para ele e parei de escrever.
─ Bem, você não está fazendo isso sozinho, está? ── Eu apontei, terminando de escrever.
─ Você está realmente tentando? Você não está desistindo? ── Ele questionou.
Eu balancei minha cabeça.
─ Não ── eu coloquei minha caneta para baixo e olhei para ele. ── Eu disse que não faço isso apenas para ganhar um salário ── eu o lembrei.
Vinnie ficou sentado ali, olhando para baixo quase em estado de choque. Ele não disse nada por alguns minutos, e eu também não tive tempo de dizer nada.
Houve um zumbido e a porta se abriu. Grizz estava lá para pegar Vincent, e tirá-lo de lá.
Ele puxou Vinnie até a porta. Os dois começaram a andar e eu apenas dei um pequeno sorriso e um aceno para Vinnie. Ele olhou para mim, sendo empurrado por Grizz depois. Talvez pessoas como Grizz não entendam, mas eu realmente quero mudar Vinnie. Eu senti como se Vinnie estivesse começando a ver isso também.
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Psycho, vinnie hacker.
Action˖𖦆˓ ⛓ 𝓝a qual April é uma psicóloga para criminosos. Certo dia ela se depara com uma consulta um pouco assustadora. O paciente era dono da maior gangue do mundo e o criminoso mais procurado do continente. Vinnie Hacker. Será que depois de conh...