Oii gente, queria agradecer por tanto! Em um mês dps dos 10k, psycho bateu 50k. Já estava super feliz com os 10k, tenho essa fic desde 2021 e sempre quis receber esse carinho.
Acordei com o barulho da porta abrindo, e olho em sua direção, com os raios do sol afetando um pouco minha visão.Eu dormi pouco naquela noite, apenas repetindo o que aconteceu entre mim e Vinnie, como um filme que se repetia diversas vezes.
Desde a noite passada, onde Vinnie saiu subitamente do quarto, tento processar tudo o que aconteceu. Hacker sempre demostrou ter problemas de raiva, mas ele nunca chegou a descontar em mim, por mais que ele tentasse esconder, ele tentava não explodir comigo, eu não sei porquê, mas ele fazia.
Eu o vi com raiva muitas vezes, mas isso foi diferente... ele realmente surtou.
Me sentei na cama, olhando para a parede que agora tinha um buraco grande no centro. O buraco era tão grande que a pintura saiu, mostrando um dos tijolos quebrados, ele realmente jogou com força.
Levantei minha cabeça quando escutei a porta se abrir, tinha medo que fosse Hacker. Senti o alívio relaxar meus ombros, já que era apenas um trabalhador, deixando meu café da manhã. Eu andei, pegando minha bandeja e levei de volta para a cama.
Eram waffles e algumas frutas, era meu café da manhã preferido quando não estava presa, pelo menos ele lembrou que sou vegana.
Não tinha vontade de comer, mas não queria criar mais brigas entre nós dois, essa semana já estava turbulenta demais para mais confusões.
No fundo, sempre achei que tudo daria certo no final, mas agora, não sei se vou conseguir ir até o fim, e isso me trazia uma dor gigante.
Pensei que Vinnie podia mudar de ideia, que ele podia ter consideração por nossa relação antes disso, mas não. Ele não anda agindo como Vinnie, o meu paciente que eu sabia que, bem no fundo, era uma pessoa boa e merecia uma vida melhor. Ele estava agindo como Hacker, um criminoso sem empatia, que só pensa em si mesmo e o que lhe faz bem.
Desde a nossa primeira sessão, Vinnie me trouxe uma vontade enorme de ajudá-lo, não que eu não sentisse isso com meus outros pacientes, mas eu sabia que suas atitudes não foram tomadas porque ele quis, e sim porquê ele foi forçado a tomá-las.
A cada dia que se passava, eu via um pequeno passo para felicidade de Vinnie, mas tudo o que construímos se foi a partir do momento em que ele me colocou aqui. Eu confiei nele, ele sabia que eu não deveria, ele sabia que eu estava sendo muito mais que uma médica quando arquivei as imagens das câmaras de segurança, quando eu deixei ele solto, aquilo era sobre a confiança que tinha colocado nele, mas agora vejo que aquilo não significou nada pra ele.
Decidi andar pelo quarto procurando una distração, e quando abri a gaveta do armário, encontrei materiais de pintura. Não me lembro de falar para Vinnie que pintava, mas provavelmente eles viram quando me sequestraram.
Peguei os materiais e fui para a janela, onde o céu se mostrava nublado. Pego a lapiseira e começo o esboço, não defini o que iria pintar, então deixei os meus sentimentos me levarem. Fiz um rascunho de um rosto, e seus olhos transmitiam tristeza, seus olhos e boca curvados, como se estivesse infeliz, as marcas de cansaço estampadas em sua face.
Desci para o tronco, usando o lápis 4B para fazer às sombras, minha mão era guiada pela minha mente, e, aos poucos, formava a imagem de uma bela mulher, de cabelos longos e olhos marcantes, mas que perdeu sua luz para a solidão.
Desenhei seus longos e finos braços, porém que não estavam soltos, e sim presos, segurando barras de ferro em seu tórax. Ela estava presa em uma prisão muito mais que física, uma prisão interna de seus pensamentos, onde mais ninguém poderia lhe ajudar à sair.
Pego um pouco de tinta, e molho no copo de água em que havia pegado no banheiro mais cedo. A tinta é absorvida na grossa folha de papel, e as cores se misturam juntamente com os sentimentos que à obra transmitia: solidão, culpa, tristeza, cansaço, angústia, dor, vazio e exaustão.
Com seus olhos solitários, sua prisão interna, e a tristeza evidente, a pintura não dava espaço a mais nada, o foco era sua luta contra seus próprios sentimentos.
Cansada daquilo, deixo tudo no parapeito da janela e volto a me deitar.
Passei o resto do dia revendo tudo o que aconteceu desde o dia em que aceitei ser a psicóloga de Vinnie, o meu grande erro.
Os funcionários deixaram comida durante todo o dia, ninguém veio fazer a vistoria, muito menos Hacker, que não sabia nada sobre o dia todo, e nem queria saber.
Acho que fui eu que deixei ele me tratar assim, eu fui sua cúmplice. Eu assisti ele montar tudo para que ele me roubasse da minha vida, minha liberdade. No final, os meus sentimentos foram desconsiderados, mas foram ambos que fizeram isso. Tudo o que eu fiz, achando que poderíamos ser amigos, mas tudo o que ele fez, espero ao menos ser seu crime favorito.
Minha cabeça doía com tantos pensamentos, então decidi dormir com esperança de que quando eu acordasse, tudo fosse apenas um sonho.
o capítulo pedindo socorro pq fui eu que escrevi, mas foi pq não queria um desenvolvimento igual o do livro original, não me matem
eu imaginei ela mais realista, com traços delicados mas sem tirar a expressividade. eu amo arte, mas não sem como é a construção, então ignora se eu falar merda
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Psycho, vinnie hacker.
Acción˖𖦆˓ ⛓ 𝓝a qual April é uma psicóloga para criminosos. Certo dia ela se depara com uma consulta um pouco assustadora. O paciente era dono da maior gangue do mundo e o criminoso mais procurado do continente. Vinnie Hacker. Será que depois de conh...