˖𖦆˓ ⛓ 𝓝a qual April é uma psicóloga para criminosos.
Certo dia ela se depara com uma consulta um
pouco assustadora. O paciente era dono da
maior gangue do mundo e o criminoso mais procurado do continente. Vinnie Hacker.
Será que depois de conh...
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Acordei, mas não senti motivação alguma para me levantar. Eu me virei, agora com os olhos concentrados no teto branco. Eu gostaria que estivesse aberto, que eu tivesse asas e pudesse simplesmente voar para longe. Mas está fechado, e eu só tinha braços.
Escutei uma batida na minha porta seguida pelo som dela sendo destrancada e aberta. Fiquei em silêncio, não tendo nada a dizer. Eu podia ouvir minha bandeja sendo colocada no local habitual antes que a porta se fechasse junto com a fechadura.
Eu suspirei, levantando lentamente e andando para encontrar uma tigela de aveia e frutas com um copo de água. Ao lado estava a minha pílula que eu rapidamente tomei com a água. Comecei a voltar para a cama, mas congelei quando ouvi meu estômago resmungar. Eu suspirei, voltando e comendo.
"Eu não posso morrer de fome, sempre há outra maneira", disse meu terapeuta interno.
"E se a única maneira for ficar presa aqui?" meu lado realista perguntou.
"O suicídio nunca é a resposta"
"Eu vou morrer de qualquer maneira."
"Ele ira saber que se você não comer, ele não vai deixar você se matar"
Eu fechei os olhos, segurando a cabeça. As vozes lá dentro estavam começando a me dar dor de cabeça, piorando as coisas. Respirei fundo e decidi que estava com muita fome, dando uma mordida de aveia. Não consigo enlouquecer, não consigo ouvir vozes, tenho que permanecer racional.
Eu terminei meu café da manhã, colocando o prato de volta na bandeja, e escovei meus dentes.
Me sentei na cama coberta por tecidos brancos, e abracei meus joelhos enquanto olhava para a frente. Não sei por quanto tempo fiquei assim, mas sei que a porta se abriu um pouco depois.
