"O único dom que me salva é a distração, ela preserva minha sanidade e me ajuda a aguentar."
- A menina que roubava livros!
Pov Cassie
Eu tenho tanto a agradecer ao Gail por tudo que ele já fez por mim. Quando cheguei a Londres, ele e o Henry foram os únicos que me ajudaram. E eu faria de tudo para ajuda-lo e fazer meu trabalho, mas se eu aparecer lá, vou causar uma confusão e é capaz de acabar até prejudicando ele.
— Gail, eu não posso ir, não para lá - imploro. Amanhã vai ter um evento na revista dos pais do Henry e vamos ser os distribuidores das bebidas e os garçons normalmente vão também para trabalhar no evento, mas se eu aparecer lá, não vai ser nada bom.
— Por que não? Preciso de todos vocês lá, é um evento importante e você é uma das melhores.
— Gail, é a família do Henry, se eles me verem, vão me colocar para fora e capaz de chamar até a polícia. Eu não posso me envolver em nenhuma confusão, por favor, não faz isso comigo.
Quando fui liberada por bom comportamento, deixaram bem claro que qualquer deslize, eu voltaria. Não posso correr esse risco.
— Vamos fazer assim, eu preciso de você lá, mas pode ficar na cozinha organizando tudo, ninguém vai te ver lá — assinto, melhor que nada.
Guardo os últimos copos nas prateleiras, estamos finalizando para fechar o bar. A noite foi bastante agitada, muito movimento, mas eu gosto, acaba passando mais rápido e eu não fico pensando tanto na bagunça que é minha vida.
— Por que do boné? — Um cara pergunta quando entrego a bebida dele — esconde seu rosto e uma pessoa tão linda não deveria querer isso.
Olho para ele e não consigo decifrar se é uma cantada barata ou apenas curiosidade.
— Eu gosto — respondo de forma mais simples possível.
Acho que é a única coisa que fiz esses últimos anos, me afastar o máximo das pessoas que tentam o mínimo de aproximação.
Ele não diz mais nada, fica apenas bebendo sua cerveja e mexendo em uns canudinhos que tem espalhados pelo balcão.
— Minha namorada brigou comigo — ele diz fazendo eu olhar para ele.
É para mim responder algo? Eu sei que o pessoal costuma fazer seu barman, no caso eu, de psicólogo, mas sou péssima nisso.
— Por quê?
— Ela acha que estou traindo ela — estreito os olhos para ele.
— E está? — Ele nega — e, porque ela acha isso?
Eu acho que se tem desconfiança, tem algum motivo, a menos que a outra pessoa seja uma maníaca psicopata, conheci algumas na cadeia.
— Porque não a amo mais. Mas não estou a traindo e quero continuar com ela.
— Você é um babaca — ele me olha surpreso. Não sei se chamar um cliente de babaca é bom para meu currículo, mas ele é, e se está pedindo meu conselho, tenho que ser sincera — você está prendendo ela, se não gosta mais, a liberte, faz mal aos dois e ainda está ocupando espaço da pessoa que vai fazer ela feliz — ele baixa a cabeça triste.
Será que é agora que vai me entregar e fazer eu ser demitida?
— Você tem razão — tenho? — Vou fazer isso hoje, ou melhor, amanhã, depois de duas cervejas, não é bom fazer algo que posso me arrepender no outro dia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um casal quase perfeito
RomanceCassie é acostumada a mudanças. Ela está presa em um mundo, onde tentar buscar a felicidade é sua meta. Ela compreende que importa apenas adaptar-se e encontrar tudo aquilo que sempre sonhou em cada novo movimento de sua vida. Aos vinte e um anos v...