Flor da Loucura - SasuSaku

Em busca da verdade

No primeiro momento tudo pareceu estranho, confuso, sem o menor sentido, mas com a informação a sua frente ela não pôde deixar de entender: Sasuke estava pedindo ajuda.

Na tela do seu computador uma localização apareceu em tempo real, cerca de duas horas da sua casa, e apesar da noite já ter caído, ela tinha certeza que precisava chegar naquele local. Por quê? Não fazia ideia, mas precisava ir.

Com a chave de seu carro em mãos ela precisou se certificar de não ser seguida, desde sua conversa com Ino, Sakura tinha certeza que Danzou estava sujeito a fazer de tudo para mantê-la longe de Sasuke ou qualquer coisa que a ligasse a ele. Maldita hora que resolveu ficar em Konoha! Todo seu plano de fazer Kakashi sentir sua falta acabou no exato momento que seus olhos cruzaram com aquele Uchiha, ela deixou de agir racionalmente e colocou em primeiro lugar seu coração, um ato que tinha cometido poucas vezes em sua vida, afinal, Kakashi sempre fora mais racional do que emocional e de certa maneira ela havia aprendido muito com o ex-namorado.

Com jeitinho a Haruno sincronizou sua câmera pessoal em seu carro numa posição que somente quem soubesse de sua existência a encontraria. Sentia-se num filme e mentalmente orava para que ela não fosse a protagonista morta e sim a que desvenda todos os mistérios e salva a trama. Embora estivesse com medo do que ia se meter, ela não podia simplesmente fingir que não vira a súplica de Sasuke.

Quando seu GPS finalmente indicou o local de chegada Sakura teve um pequeno sobressalto. Estava em frente uma casa abandonada próxima a divisa do país do fogo com o país do vento. Um casebre que pelo julgar da visão de fora passara muitos anos sem conhecer a presença humana. Mas algo ainda não a deixava confortável, o que Sasuke esperava que ela encontrasse ali?

Sakura Haruno nunca se julgou boa convivente do suspense e mistério, muito ao contrário disso, sempre gostou de ser a dona da situação e ter todas as informações ao seu favor, talvez esse fosse um dos motivos que a levasse até a psiquiatria, queria entender o comportamento das pessoas, fossem elas quem fossem. Sua maneira de viver nunca agradou muita gente, afinal, num século de aparências, quem deseja uma mulher determinada a pensar e fazer do seu maior objetivo o entendimento da humanidade? Mas desta vez ela jurava com todas suas forças que estava certa, ninguém podia ir contra suas ideias, não desta vez.

Ela abriu o porta-luvas do veículo e procurou por uma pequena lanterna que sempre carregava ali, e mesmo tendo luz em mãos ela ainda optou por manter o farol acesso e apontado para a pequena casa. A porta não estava trancada e foi fácil estar do lado de dentro, entretanto, ela não encontrou nada além de poeira e móveis quebrados e sujos. Realmente, aquele lugar parecia abandonado por anos.

— Por que me trouxe aqui, Sasuke? — a rosada suspirou descontente.

A casa só possuía dois cômodos: uma sala que improvisava um quarto — era perceptivo pena cama velha e quebrada ao canto da parede — e uma cozinha vazia. Quem morava ali devia estar sempre sozinho ou ao menos gostar de estar muito próximo de seus familiares.

Sakura voltou a olhar o desenho em sua mão. — Itachi.. — releu baixinho o nome do irmão mais velho de seu paciente. — E o que esse leque significa?

Ela sentiu vontade de chorar, sua ida até aquele lugar havia sido uma perda de tempo e Sasuke agora correria ainda mais perigo estando naquele hospital, ou pior, estando nas mãos de Danzou. Quando seu corpo fez menção de atravessar o batente da porta de entrada algo se moveu pelo chão assustando-a; seu corpo pulou para trás automaticamente. Era um rato.

— Céus! — a Haruno levou a mão até o coracão. — Desde quando sou tão covarde? — perguntou-se enquanto finalmente saía da casa.

— Isso é o que veremos agora.