Pra sempre Lyra Black-Malfoy

Capítulo 18

Três meses se passaram rapidamente para Lyra, afinal cuidar de gêmeos não era fácil. Draco estava sempre presente, mas se sentia um bosta, seu relacionamento com Lyra estava empacado, Lyra continuava em dormindo em seu antigo quarto, e Draco estava na beira do desespero, ele sentia falta do corpo de sua esposa, do carinho dela e de seu abraço, mas sabia que não estava em posição de exigir nenhum comportamento conjugal de Lyra, o que ele não sabia é que ela estava planejando uma surpresa.

Lyra fez uma chamada com Daphne via flú, e pediu que a amiga que ficasse com Alya e Orion, porque ela deixaria Cassie e Cepheus com sua madrinha. Daphne topou na mesma hora, ela amava os filhos de Lyra e seu sonho era ter mais filhos, porém a complicação no parto de Matt a impossibilitou de engravidar novamente.

Lyra foi ao ministério, tinha responsabilidades e agora com Narcisa com os gêmeos ela poderia se concentrar no trabalho. Estava analisando papeis e sancionando novas leis, quando ouviu batidas na porta.

- Entre...

- Lyra? – Draco chamou.

Lyra conhecia aquela cara, era a cara de más notícias.

- O que houve?

- Sirius... Ele acabou pegando uns jornais muito antigos que noticiaram o que houve entre você e Potter, depois disso ele começou a adoecer e está na enfermaria de Azkaban, ele não tem recursos para o St. Mungus...

- Mande-o ao St. Mungus, Draco, não importa o preço... – Lyra suspirou. – Apesar de tudo ele é meu tio.

- Tudo bem... – Draco se voltou a Lyra a nível mais pessoal. – Recebi o seu recado, o que quer me falar?

- Vai sair tarde hoje do ministério?

- Umas 20h por quê?

- Queria jantar com você em casa... Te espero acordada e peço a Merlin que não me dê o bolo.

- Estarei lá pontualmente.

- Draco... – Lyra o chamou antes que ele saísse. – Mande-o agora, estou indo para lá.

- Pode deixar, eu mesmo o levarei.

Lyra pegou sua bolsa e foi via flú para o St. Mungus, ela aguardou Draco chegar, estava com medo, da última vez que viu o tio ele a mandou ao inferno. Lyra queria se dar bem com Sirius, era tudo o que lhe restava de seu pai. Os minutos pareciam horas, e então Lyra avistou seu marido junto com Sirius.

Sirius estava sujo, magro e mal trapilho, Lyra se aproximou com medo da reação do homem a sua frente.

- Tio?

- Lyra? – Sirius chegou com a mão perto do rosto da moça. – Você está viva e bem?

- Estou tio!

- Achei que Harry tivesse feito algo pior com você... – Ele tocou o rosto da jovem com carinho. – Me perdoe, Lyra, eu decepcionei você e Régulos.

- Eu nunca poderia te odiar para sempre, você é meu tio, está tudo bem.

Sirius viu o antebraço de sua sobrinha e leu "vadia de comensais" e sentiu uma pontada no peito.

- É culpa minha... Se não tivesse falado para Harry que achava que você era comensal nada disso tinha acontecido, sei que Voldemort nunca voltou e que você não tem nada a ver com isso, me perdoe.

Lyra se jogou nos braços do tio e o abraçou forte.

- Vamos ser família novamente, eu vou te tirar de Azkaban, sou Ministra da Magia, posso ter meus privilégios, você irá ficar na minha casa, e conviverá com meus filhos. Eu o amo tio, e quero minha família unida.

Sirius assentiu e um medibruxo o levou para ser cuidado, ele estava abaixo do peso e com muita tosse, era um quadro de pneumonia que seria revertido logo. Lyra mandou um patrono a Riddle pedindo que anulasse a condenação de Sirius, e que avisasse a todos que ele iria para a mansão Malfoy.

- Sabia que amo seu coração? – Draco disse chegando perto de Lyra. – Você sempre enxerga o bem em todos, para eu ficar mais feliz só falta me perdoar.

- Draco, não começa... – Lyra disse se afastando dele. – Volte ao trabalho, eu vou para casa e resolverei tudo de lá.

- Quando vamos voltar a ser o que éramos?

- As coisas nunca mais serão iguais, mas, eu prometo que vou tentar Draco, você precisa me dar um tempo...

- Mais? Faz um ano Lyra!

- Vai trabalhar, a noite falamos sobre isso, sim?

- Ok – Draco aparatou irritado, ele sabia que não podia sair da linha, caso Lyra descobrisse qualquer coisa por menor que fosse, ela pediria o divórcio, sabia que ela só não pediu porque ainda tinha esperança que a família deles superasse isso. Ele fez merda, e isso, era consequência de todas as suas escolhas ruins. – Merlin, eu preciso do Theo e Blás e preciso beber.