Nesse apartamento - taeyoonkook

Yoongi e o pedido de desculpas

— Você tem certeza que quer trabalhar aqui? Digo, é só um mercadinho de família e você é jovem, deveria procurar um emprego mais...

— Mãe! Pare de menosprezar nosso comércio!

— Mas é verdade, Yina! — falou a mulher, virando-se com uma expressão mal-humorada para a filha. — Ele é tão jovem e tão bonito e...

— Mãe... — Yina resmungou, balançando a cabeça em negação. — Você não consegue ver que ele está ficando vermelho?

Jeongguk, realmente, estava sentindo que seu rosto explodiria.

Quando pensou em procurar um emprego, ele até considerou ver algum lugar mais centralizado e que fosse o ajudar melhor financeiramente. Mas, sinceramente, Jeongguk não se via trabalhando em algo como um escritório ou coisa do tipo, e precisava de algum lugar que aceitasse mudanças de horários frequentes por conta da sua faculdade.

O primeiro local que pensou foi no pequeno mercado que tinha perto de onde morava, o que Namjoon o mostrou quando chegou. Ele gostava de lá — a dona era extremamente simpática e era um estabelecimento de família que fazia-o lembrar de Hahoe e sua avó. Ele havia ouvido uma conversa na semana anterior, sobre a filha da dona, a sra. Kang, não estar tendo tempo de ficar durante as manhãs no mercado — e trabalhar durante o período matutino era justamente o que Jeongguk precisava.

Então, como quem não queria nada, ele falou com a sra. Kang. Ela aparentava ter seus sessenta anos, cabelos brancos e rosto com algumas rugas de idade; era um pouco acima do peso e gostava de usar roupas floridas. Já Yina, a filha, era alta, da mesma altura de Jeongguk. Era provavelmente mais velha, os cabelos compridos e escuros, e o mesmo sorriso da mãe. Ela era bonita, Jeongguk jamais deixaria de notar, e simpática.

— Eu realmente não me importo de ser um mercado de família, senhora Kang — disse Jeongguk, respirando fundo em seguida, tentando acalmar seu coração. Não era acostumado com elogios. — Eu... olhei vários lugares para trabalhar, mas eu não me vejo em nenhum lugar grande.

— Mas, meu bem, nós não vamos poder te pagar muito se você trabalhar aqui — respondeu ela, com um sorriso triste.

— Eu não me importo! — exclamou, rápido. — Digo, eu só preciso o suficiente para poder ajudar meus avós. Eu não quero que eles tenham que gastar muito comigo e...

Os olhos da Kang mais velha lacrimejaram.

— Ele é um neto adorável. — Olhou para a filha. — Acho que estou apaixonada.

— Mãe!

— E na realidade, esse lugar me lembra o pequeno armazém que minha avó tem — murmurou o garoto. Ele sabia que tinha que parar de balbuciar coisas quando estava nervoso, mas era uma característica dele. — E é perto de onde eu estou morando também, e...

— Olha, você pode ficar aqui, conosco, o tempo que quiser. Não precisa se justificar — disse Yina, escorando-se no balcão, enquanto sorria. Isso fez Jeongguk corar ainda mais forte. — Estou até aliviada que alguém finalmente vai pegar o turno da manhã.

— E você vai atrair muitas clientes femininas, também — falou a sra. Kang, animada.

— Lógico que não só por conta da sua aparência. Minha mãe é meio idiota, me desculpe por isso.

— Filha!

— Tudo bem. — Jeongguk tentou ignorar o fato que queria sair correndo dali e se esconder dentro de seu quarto por duas semanas seguidas. — Fico agradecido de poder estar com vocês. Quando posso começar?