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Sexta-feira, lua minguanteASHFIELD

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Sexta-feira, lua minguante
ASHFIELD

As recomendações do doutor Drythelm foi de repouso até que ele voltasse para conferir se os irmãos Ooryphas estavam bem.

Ian ainda estava assustado com tantas coisas que tinham acontecido naquela noite. Para alguns, como o velho Ooryphas ou os pais do garoto, aquela era uma noite de horror, para Ian, que já tinha ouvido diversas histórias pelas viagens, aquilo tudo era sinal de que Bentley iria sumir da cidade em pouco tempo.

Os casos que ele acompanhava sempre dava na mesma coisa. O machucado, a melhora súbita e depois o desaparecimento.

Como ele poderia explicar aquilo? Ele não poderia, por isso ajudava os pacientes apenas com a pasta de tramazeira para as feridas e aguardava as mensagens chegarem.

O médico desceu as escadas tentando fazer os pensamentos sobre aquilo tudo sumirem mas pareceu se acalmar ao ver seu cachorro na casa dos Ooryphas.

— Wuf wuf! — latiu o cachorro pra ele. Ian de início apenas o cumprimentou, como sempre fazia, e seguiu para o quarto onde Bentley estava. Os familiares do garoto estavam do lado de fora quando Ian passou por eles para conferir se o paciente estava bem. — Wuf wuf!

Ian bateu o pé no chão com força. Turm era adestrado e não costumava fazer aquilo.

— Para, Turm!

Mas o cachorro não parou. A intenção de Turm era chamar a atenção do dono e fazê-lo voltar para casa o quanto antes. Sthel o havia mandado e ela precisava que Ian estivesse em casa.

— O que está acontecendo com você?!

O cachorro quase rasgou a calça de Ian entre os latidos. Deixando a maleta cair para enfim repreender o animal, Ian tomou o susto que faria total diferença.

Turm pegou o lenço de Sthel, o lenço que ela pintou no primeiro aniversário de casamento deles, e o chacoalhou até que Ian recolheu as coisas com pressa e assobiou para que o cachorro o seguisse.

Finalmente ele entendeu que aquilo significava urgência.

Como médico, Ian já tinha cumprido sua função. Como marido, ele ainda estava executando o trabalho.

O senhor Drythelm correu para o estábulo da casa e montou no cavalo, seguindo até a floresta onde morava.

Eram tantos pensamentos que estavam passando por sua mente. E todos eles eram ruins.

Chegando até a divisa da cidade, que fazia caminho até a floresta, Ian precisou parar na casa de um amigo. Certamente ele precisaria de ajuda.

— Alaric! Alaric!

Os punhos fechados de Ian esmurravam a porta e ele quase arrombou a mesma. Se naquele último segundo Alaric não abrisse, ele o faria.

— Preciso de ajuda. Não sei o que aconteceu com Sthel, mas preciso que pegue Moon e fique com ele.

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