chapter 9. nice friends

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Georgia

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Georgia

O apartamento estava começando a ficar abafado, portando andei até a sacada para respirar um pouco de ar fresco. Martin estava conversando com alguém no celular, fiquei olhando como se perguntasse se eu podia ficar ali. Ele apenas sinalizou para que eu chegasse mais perto e terminou sua ligação.

Encostei no parapeito para observar a cidade. Estava um tanto frio, mas eu não me importava muito, não pretendia ficar muito tempo ali fora. Martin olhou para mim e soltou um risinho, atraindo minha atenção. Olhei para ele com um sorrisinho desconfiado e sobrancelhas franzidas.

- O que foi? - perguntei tirando uma mecha de cabelo que grudou em minha boca por conta do vento.

- É bonitinho - comentou olhando para dentro. Virei minha cabeça para ver do que ele estava falando.

- Quem? O Thomas? - Martin balançou a cabeça negativamente.

- Quer dizer, ele também é - considerou - Mas eu estava me referindo ao jeito que ele olha pra você.

- Como assim? - questionei com as sobrancelhas arqueadas. Martin deu de ombros.

- Ele olha pra você de um jeito carinhoso, não sei explicar - disse - Você acha que isso pode se desenvolver em algo a mais? - neguei com a cabeça.

- Com certeza não - respondi imediatamente. Era algo que eu, inconscientemente, me perguntava e essa era sempre a resposta que eu acabava chegando. De jeito nenhum.

- Por que não?

- Porque eu não gosto de relacionamentos, acho um saco todo o conceito - apontei - E nós somos de mundos completamente diferentes, nunca daria certo. Gosto de ser uma pessoa anônima e irrelevante - admiti enquanto raspava o papel da garrafa de cerveja com a unha - Tenho certeza que ele nem pensa nisso também. A gente só tá se curtindo de uma forma mais íntima, em alguns dias tudo isso acaba e nos vemos só ano que vem.

- Tem certeza disso?

- Absoluta - disse com convicção - Não planejo mudar minha opinião sobre relacionamentos tão cedo, sinceramente.

- Bom, eu respeito seu ponto de vista - Martin disse - E acho que você deve fazer o que você se sente confortável e também não se sentir obrigada a sair da sua zona de conforto.

Sorri para ele. Martin se desencostou do parapeito após olhar novamente para dentro e me deu um aperto carinhoso no ombro.

- Vou entrar - assenti com um sorrisinho.

No momento que Martin entrou, ouvi alguém vindo até mim. Virei levemente a cabeça para trás para enxergar quem era.

- Seu amigos são legais - comentou, colocando-se ao meu lado.

- Eles são, né? - sorri - Seus amigos também não são nada mal - brinquei. Thomas riu.

Respirei fundo, encolhendo um pouco meu corpo, começando a sentir o frio um pouco mais. Antes que eu pudesse reagir, senti um material sendo colocado em cima de meu ombro.

- Não precisa - eu disse, mas Thomas me impediu.

- Você tem menos massa que eu, vai acabar ficando doente - falou. Soltei um riso.

- Justo - funguei, sentindo meu nariz começar a escorrer por conta do frio.

- Escuta, Georgia...

- Quer ir pro meu quarto? - o interrompi - Preciso me esquentar.

Thomas soltou um leve suspiro, mas assentiu. Tirei seu casaco de meu ombro e entrei, com ele logo atrás de mim. Meus amigos estavam ocupados demais enchendo a cara pra notar para onde estávamos indo, mas provavelmente alguém percebeu. Todo mundo ali sabia o que rolava entre nós dois, então não havia muito motivo para esconder.

Once a Year - Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora