chapter 26. more than anything

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Georgia

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Georgia

Vê-lo me causou uma sensação esquisita. Dado ao fato de que fazia um tempo desde a última vez que o vi, o sentimento que eu tinha era uma mistura de nervosismo com felicidade, saudade. Meu coração estava acelerado, mas eu também sentia um aperto. Meu estômago estava repleto de borboletas, mas também estava com um nó. Eu estava confusa em relação ao que sentir.

Fui pega de surpresa. Não esperava que ele fosse aparecer esta noite. Para ser sincera, não espera que ele fosse aparecer, ponto. Conhecendo Thomas, um desentendimento nosso jamais seria capaz de fazê-lo não comparecer a um evento, principalmente um tão importante quanto esse. Mas o pensamento e medo estavam presentes. E se ele não comparecesse? Quer dizer, tem uma semana que ele não responde nenhuma das minhas mensagens. Será que essa é a maneira dele de dizer que acabou?

Estamos juntos tem um bom tempo, nos conhecemos - superficialmente - tem mais de três anos. Nossa comunicação melhorou muito, mas... será que o suficiente?

Cada vez que ele ficava mais perto, eu sentia minhas palmas ficarem ainda mais suadas e minhas pernas enfraquecerem. Sequei minhas mãos na barra de meu vestido e me levantei, sentindo minhas pernas tremendo levemente por conta da ansiedade. Entrelacei as mãos em frente a minha barriga e forcei um sorriso.

Essa está longe da primeira vez que você o vê, por que está tão nervosa? Ele é seu namorado. Pelo menos por enquanto ele ainda é.

No momento em que ele se posicionou em minha frente, engoli seco e respirei fundo.

- Oi meninas - cumprimentou minhas amigas. As meninas cumprimentaram de volta e voltaram a conversar, decidindo não ficar encarando e pesar ainda mais o clima. Seus olhos se encontraram com os meus e senti meu coração errar uma batida. - Podemos conversar?

Pigarreei e respirei fundo outra vez, assentindo em seguida.

Thomas ofereceu sua mão e aceitei com prontidão, enlaçando meus dedos aos seus.

Cada passo que dávamos até o hotel eu sentia que meu coração estava mais perto de sair por minha boca e sentia que estava cada vez mais perto de surtar. Passamos pela recepção e cumprimentamos as duas moças que estavam atrás do balcão. Apertei o andar em que estava hospedada e observei as portas de metal do elevador se fecharem. Eu encarava qualquer canto no intuito de evitar olhar para ele, pois sabia que haviam duas opções: eu iria desistir de ter essa conversa e sair correndo ou eu começaria a chorar descontroladamente.

Saímos do elevador e caminhos pelo extenso e silencioso corredor. Tirei o cartão-chave do bolso de meu vestido e parei na frente do meu quarto.

- É esse aqui? - Tom apontou. Assenti e passei o cartão pelo sensor, ouvindo o barulho da porta sendo destrancada. Respirei fundo e abri a porta.

Deixei o cartão e meu celular em cima da penteadeira. Tom tinha seus olhos fixos em mim, eu os sentia queimando minha nuca. Soltei um suspiro e virei para olhar para ele, tomando coragem.

- Quer... - apontei para a cama. Tom assentiu e nos sentamos frente-a-frente. - Escuta Tom...

- Então... - falou no mesmo tempo que eu. - Pode falar.

Suspirei e assenti.

- Eu entendo se quiser terminar comigo, eu sei que o jeito que eu falei... - Tom franziu o cenho violentamente, parecendo completamente confuso.

- Terminar com você? - questionou indignado - Por que eu terminaria com você?

Ouvi-lo dizer estas palavras causou um alívio por todo o meu corpo. Quando fui perceber, lágrimas escapavam de meus olhos e a expressão de confusão de meu namorado apenas se intensificou, suas mãos segurando minha mandíbula.

- Por que você... O que tá acontecendo? - soltou um risinho de nervoso, secando minhas lágrimas com seu polegar.

- Eu achei que... - engoli um soluço - Por você não estar respondendo minhas mensagens, achei que fosse definitivo - funguei, meu queixo tremendo. Tom balançava a cabeça desesperadamente.

- Claro que não! - afirmou - Eu jamais iria terminar com você por conta de um desentendimento - explicou. - Eu entendo que te peguei de surpresa quando sugeri que você morasse comigo e foi por isso você respondeu daquele jeito - assenti - Tudo bem você não querer morar comigo, Georgia. Tá tudo bem - sorriu. - Sei que é um grande passo que talvez você não esteja pronta para tomar. Eu não vou te forçar a ir contra seus desejos por mim - disse. - Eu não respondi suas mensagens porque essa semana estava uma loucura, não tive muito tempo livre.

- Onde você estava? - perguntei, secando meus olhos e nariz.

- Em Nova York - franzi o cenho. Tom sorriu e começou a procurar algo no bolso de sua jaqueta - Eu quero ficar perto de você e pensei que o melhor jeito de fazer isso talvez fosse... - tirou um par de chaves de seu bolso - Me mudar para Nova York - arregalei os olhos - Comprei um apartamento perto do bairro em que você alugou o seu - meus olhos começaram a marejar novamente. - Não, não, não. Se você não gostou da ideia eu posso...

Puxei o pelo maxilar e choquei seus lábios contra os meus. Tom pegou em minha cintura e puxou meu corpo para perto do seu, para no meio de suas pernas.

- Eu te amo - falei, encostando minha testa contra a sua - E espero que sua oferta ainda esteja de pé - Tom cerrou as sobrancelhas. Sorri. - Eu quero morar com você.

Thomas soltou um risada alta e me beijou.

- Eu te amo - sorriu contra meus lábios - Eu te amo mais do que qualquer coisa nesse mundo.

Once a Year - Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora