Tudo que Maya mais queria era voltar para casa e ficar o resto da noite com seu filho. Porém, na saída do chuveiro dá de cara com Andy, que tinha outros planos.
-Se arruma, vamos ao bar do Joe. -comunica enquanto Maya passava a toalha nos cabelos.
-Fala sério, Andy! Vou para minha casa, isso sim.
-De jeito nenhum! Você precisa sair, se divertir um pouco. Sua vida é só sua casa e o batalhão. Claro, com exceção de algumas transas por aí quando a necessidade fala mais alto... -diz fazendo Maya revirar os olhos. -Travis, Vic, Dean vão. Michelle também...
-Michelle?
-Sim, a minha prima. Esqueceu? Aquela com quem você transou no 4 de julho antes de irmos para Orlando?
-Como eu iria me esquecer? Ela ficou me perseguindo por uma semana depois disso.
Maya e a prima de Andy, Michelle Alvarez, tiveram um pequeno caso. No começo eram apenas mensagens até que se encontraram pessoalmente no feriado - quando os tios de Andy resolveram fazer um grande churrasco e convidaram todos da 19 - e as coisas acabaram acontecendo a partir daí. A capitã dispensou a moça logo em seguida, todavia, a latina não parecia querer desistir tão fácil. Ligava, mandava mensagens, mas como Maya a ignorava, as tentativas de contato acabaram cessando.
A tenente praticamente arrastou a loira para o bar do Joe, onde Vic, Dean e Travis já estavam sentados, juntamente com Michelle.
-Maya, já faz um tempo... -diz Michelle se levantando e dando um beijo demorado na bochecha da capitã, que por alguns centímetros não acabou sendo em sua boca.
Cena que não passou despercebida por Carina, que observou tudo do canto daquele estabelecimento.
-O que você está olhando? -questiona Jo curiosa se virando para olhar na mesma direção. -Claro, a bombeira...
-Oi, meninas. Finalmente consegui sair do hospital. -diz Gabriella se aproximando se sentando com elas.
-Chegou bem na hora, Carina não para de encarar a bombeira. -comenta Teddy.
-Esquece ela, Carina. -diz Gabriella. -Essa daí não sabe o que quer. -se levanta e vai até o balcão pedir sua bebida.
-Quer saber? Eu vou fazer isso mesmo. Minha vida está boa demais agora, não preciso de alguém aparecendo do nada e bagunçando tudo. -diz virando a taça de vinho branco de uma vez só. -Mesmo esse alguém sendo muito gostosa... -diz secando a bombeira.
-É isso aí! -Jo, Teddy e Amelia comemoram.
Maya vai até o balcão - em uma tentativa de escapar das investidas de Michelle - e pede apenas uma cerveja, não queria beber muito, do contrário, seus planos de voltar cedo para casa e ficar com seu filho seriam arruinados. Quando se vira para voltar para a mesa de seus amigos vê Carina. A doutora tenta disfarçar o olhar quando percebe que a capitã a havia notado ali.
-Maya, vamos. -diz Michelle, que havia se levantado para ir atrás dela, a puxando pelo braço.
-Nenhum pouco oferecia essa daí, hein. -comenta Amelia irônica.
Continuam a noite normalmente, cada uma com seu grupo de amigos, se ignorando por completo.
Maya é a primeira a ir embora. Como sabia que iria beber, deixou seu carro no batalhão e ficou por alguns minutos do lado de fora esperando seu Uber, que por sorte não demorou nem um pouco.
A primeira coisa que faz quando chega em casa - como já era de costume - era passar no quarto de Noah, dando uma última olhada em seu rostinho antes de ir para seu quarto dormir. Caminha o mais silenciosamente possível para não acordar seu pequeno furacão ou sua mãe - que já deveria estar no décimo quinto sono - no quarto de hóspedes.
[...]
Katherine havia levado Noah para um parquinho que ficava ali perto da casa da capitã. O pequeno, em certo momento no meio das brincadeiras, havia escorregado e arranhado o joelho, o que lhe rendeu alguns bons minutos de choro alto. Porém, não aguentou ficar muito tempo parado ao ver outras crianças brincando, fazendo a avó levá-lo ao escorregador de madeira que havia ali. O brinquedo era grande o suficiente para caber um adulto - inclusive vários pais estavam escorregando com seus filhos - mas Katherine preferiu não arriscar, apenas ficando no final do escorregador esperando pelo seu neto.
- Vovó, eu também quero. -diz apontando para uma criança que estava comendo alguma sobremesa em um banco próximo ao deles.
-Ok, vovó vai comprar pra você, então. -pega o menino pela mão e vai em direção ao food truck que vendia o doce, com uma fila um pouco grande demais para o gosto da mulher, indicando que deveriam ser bem populares.
Após vencerem a longa fila, sentam-se em um banco para comerem a sobremesa antes de irem para casa.
-O que você está fazendo aqui? -pergunta se levantando com um misto de medo e irritação ao ver seu ex-marido, Lane Bishop, se aproximando.
-Oi, Noah. -cumprimenta o menino.
-Não fala com ele! -diz a mulher colocando seu corpo entre Lane e seu neto.
-Katherine, eu não estou aqui para brigar. Só quero conversar... -a mais velha pega o homem pela mão o afastando do neto. -Eu mudei. E pretendo provar isso para você, para minha filha e para o meu neto.
-E por que será que eu não consigo acreditar em você? -questiona ironicamente antes de voltar sua atenção para Noah que começava a tossir ininterruptamente com a sobremesa. -Noah, querido. Meu Deus! -diz ao ver o garoto colocando as mãozinhas ao redor do próprio pescoço, indicando que não conseguia respirar.
-Ele precisa ir para o hospital agora! -diz Lane.
-Socorro! Alguém chama uma ambulância! -grita Katherine desesperada para a pequena multidão de pessoas que já começava a se formar ao redor deles.
-Katherine! -segura a mulher pelo ombro fazendo focar sua atenção nele. -Não sabemos quanto tempo essa ambulância vai demorar e meu neto precisa de atendimento médico agora! Eu estou de carro. Deixa que eu levo vocês até lá. -meio relutante, a mulher concorda. Lane pega o menino em seu colo e os três correm para o carro que estava estacionado bem próximo dali.
O homem acelera o máximo que seu carro permitia, não se importando em quantas infrações de trânsito cometia pelo caminho. Chegam ao Grey Sloan em tempo recorde.
-Precisamos de atendimento médico aqui! Meu neto não consegue respirar!
-O que está acontecendo? -pergunta Carina se aproximando.
-Eu não sei... -começa Katherine nervosa, enquanto Carina tirava seu estetoscópio do pescoço e começava a examinar o menino. -Estávamos no parque e de repente ele estava tendo dificuldades para respirar...
-Ele está tendo uma reação alérgica. -comunica Carina. -Alguém chame a Dra Robbins aqui imediatamente! -grita Carina.
-Desculpa, Dra DeLuca, mas a Dra Robbins acabou de entrar em cirurgia. -informa um enfermeiro.
-Então chame o Dr Hayes.
-Ele ainda não chegou...
-Então chama um residente da pediatria!
-Todos os residentes estão em um treinamento especial de traumatologia com o Dr Hunt.
-Inacreditável! -diz Carina irritada. -Certo, leve ele para o Trauma 1 imediatamente. -instruí os enfermeiros. -E assim que o Dr Hayes chegar peça para ele olhar esse paciente.
Carina segue para o Trauma 1, junto com os enfermeiros, que já começam a administrar um soro no menino, juntamente com um ambu em seu rosto para ajudá-lo a respirar.
Após verificar seus sinais vitais, Carina injeta imediatamente o medicamento contra a alergia, suspirando aliviada quando vê o menino recuperando os sentidos aos poucos.
-Bem-vindo de volta, ligeirinho. -diz sorrindo, enquanto se aproxima e faz um carinho nos cabelinhos loiros do pequeno Gibson.
N/A: Não foi dessa vez que nosso casal se acertou 😭 Mas quem sabe em breve não é mesmo 😏🤭? Espero que tenham gostado de mais um capítulo e até semana que vem!
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Love Again - Marina Fanfic
RomanceUm restaurante em chamas. Um prédio desmoronando. Era apenas para ser mais um dia de trabalho, porém para Maya Bishop, aquele foi o dia em que perdeu o grande amor de sua vida e pai de seu filho, o tenente Jack Gibson. Após a tragédia, a capitã da S...