CAPÍTULO 27

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-Mason acordou, mãe. -diz ainda em completo choque. -Acabei de receber uma mensagem do hospital.

-Estão esperando o quê? -pergunta Andy. -Vão! Eu fico com o Noah.

-Eu também. -Vic se oferece.

-Eu vou com vocês, tenente. -Dean se prontifica seguindo as mulheres até a porta.

Pegam o carro do estacionamento do prédio e vão para o Grey + Sloan Memorial Hospital. Maya não sabia como estava conseguindo dirigir. Estava tremendo e considerou se não seria melhor se tivesse deixado Miller — que estava no banco do carona enquanto sua mãe estava no banco de trás — ficar na direção. Mas já era um pouco tarde para pensar nisso, visto que, já estavam quase chegando.

-Pode deixar que eu estaciono. -diz Miller. Maya nem discute. Apenas desce do carro e deixa o homem assumir o volante, enquanto ela e sua mãe correm para dentro do prédio.

Vão direto para o quarto de Mason e o encontram parcialmente sentado na cama, com os olhos abertos e interagindo com os enfermeiros.

-Oi, maninha. Oi, mãe. -cumprimenta com um sorriso no rosto assim que avista as mulheres na porta. Maya simplesmente entra e vai até ele lhe dando um abraço. -Aí! -reclama de dor.

-Desculpa. -se afasta preocupada. Katherine aproveita esse momento para abraçar seu filho também.

Maya apenas fica ali observando sua mãe e seu irmão, compartilhando aquele momento com eles.

Mason começa a contar sobre toda a sua vida. Desde que teve a primeira overdose e saiu de casa. Contou que estava há dois anos sóbrio, mas ainda não havia conseguido retomar a sua vida, ficando na rua. Maya se comprometeu a ajudá-lo. Agora que estava morando com Carina, seu antigo apartamento ficaria com seu irmão — se ele quisesse — pelo tempo que precisasse. O que o caçula dos Bishop aceitou, ainda que um pouco relutante. Não queria ser um incômodo para a irmã e prometeu que conseguiria sua própria casa assim que se estabilizasse.

Katherine se ofereceu para ficar com o filho durante todo esse processo e ajudá-lo. Sentia que já havia perdido tempo demais e não queria mais desperdiçar nenhum segundo da vida de Mason.

-Oi. -diz Maya saindo do quarto e indo em direção ao seu capitão, Theo Ruiz, que estava ali na porta.

-Como ele está? -pergunta preocupado assim que a tenente fecha a porta.

-De acordo com os médicos ele está evoluindo muito bem e se continuar assim poderá ter alta em alguns dias.

-Fico feliz com isso. -sorri sincero.

-Não se preocupe. Volto ao trabalho amanhã mesmo, capitão. -Maya não pode deixar de reparar no rosto do homem se contorcendo assim que ela disse a palavra "capitão". -Vamos dar uma volta.

Os dois vão até o exterior do hospital e compram café em um dos food trucks que funcionavam por ali. Ficam andando por algum tempo em silêncio até que Theo resolve falar.

-Não sei como você fazia isso. -diz e a mulher nada responde, apenas espera ele continuar a falar. -Ser capitã.

-É... Nem sempre foi fácil. Todo dia era um desafio diferente.

-Desde que eu entrei no corpo de bombeiros tudo o que eu mais queria era ser capitão. Quem sabe até chefe um dia. Mas depois da morte do Michael percebi que não fui feito para isso. Mas você, Bishop... Você nasceu para liderar. Não só a Station 19, como também, todo o Corpo de Bombeiros de Seattle.

-Não está pensando em desistir, está? -pergunta ainda se sentindo um pouco tímida depois do elogio.

-E ser um desistente de novo? Nem pensar! -diz fazendo os dois rirem. -Mas assim que te colocarem como capitã de novo eu estou fora. Para mim já deu. Não vejo a hora de ser tenente de novo.

-Não sei da onde você tirou que eu vou ser capitã de novo.

-Vai ser sim. Tenho certeza! Vamos conseguir provas contra McCallister e ele vai pagar por tudo o que fez.

-Muita obrigada, Theo, por acreditar em mim. -diz com um sorriso sincero.

[...]

Algumas semanas haviam se passado desde a alta de Mason. Ele havia conseguido um emprego em uma pequena escola de artes no centro de Seattle e já estava bem adaptado ao antigo apartamento de Maya.

Já Maya e Carina, estavam começando a se acostumar também com a nova vida, apesar de a bombeira ter tido uma pequena crise de nervos quando se viu completamente sozinha com Carina e seu filho naquela cobertura enorme pela primeira vez. Noah, por outro lado, já estava plenamente adaptado à nova casa e só precisou de dois dias para isso.

Era oito da manhã quando Maya chega em casa, depois do trabalho, e se depara com barulhos de ferramentas e homens entrando e saindo do apartamento carregando mobília e todo tipo de coisa.

-Carina, o que é isso? -pergunta ao encontrar a italiana na bancada da cozinha, respondendo alguns e-mails em seu notebook. -Estamos fazendo uma reforma e você esqueceu de me avisar?

-Não é exatamente uma reforma. -tira os olhos da tela para olhar para a namorada que estava parada em sua frente com uma expressão bem séria. -Só estou construindo um quarto de brinquedos para o Noah onde antes ficava o meu escritório. -comunica simplesmente. -Eu nem uso mesmo. Qualquer coisa, se eu precisar de mais privacidade para alguma conferência ou reunião online, posso ir para o meu consultório no Grey Sloan.

-Carina, estamos morando juntas agora e você precisa me avisar quando for fazer essas coisas. Principalmente se envolvem meu filho! E como é que eu vou dormir no meio dessa barulheira toda? -nesse ponto a bombeira já estava gritando.

-Acontece, Maya, que a partir do momento que vocês se mudaram para cá, ele deixou de ser só seu filho! E eu já estou cansada de você surtando por cada coisa que eu tento fazer por vocês. Mesmo eu tendo as melhores das intenções!-grita fechando seu notebook e caminhando em direção a porta.

-Aonde você vai?

-Para o Grey Sloan.

-Mas você está de folga hoje... -é interrompida pelo barulho da porta se fechando.

N/A: UEPA será que isso significa que nosso casal terá problemas no paraíso? Acho que teremos que aguardar os próximos capítulos para descobrir 😈

Love Again - Marina FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora