CAPÍTULO 16

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Quando o ar se faz necessário, as duas mulheres interrompem o beijo, a muito contragosto.

-Senti sua falta, capitã Bishop. -diz com um sorriso doce, enquanto segura o rosto da bombeira entre suas mãos.

-Também senti sua falta, doutora DeLuca. -diz também com um sorriso nos lábios.

O celular de Carina começa a tocar de novo, estourando a pequena bolha do casal e as trazendo de volta para a realidade.

-Droga, tenho que voltar. -reclama Carina. -A gente se fala depois. -faz menção de caminhar para dentro do hospital, mas não antes de ser impedida por Maya que a puxa pela mão, trazendo a bela italiana para perto de si e iniciando mais um beijo.

-Agora você pode ir. -sorri brincalhona fazendo Carina rir.

Se despendem com cada uma das mulheres se afastando e voltando para seus afazeres, trocando algumas mensagens durante o dia.

Ao fim de seu plantão, Carina está na recepção do hospital, entregando seu tablet. Seu bom humor visivelmente sendo notado por todos. Não que Carina DeLuca não fosse frequentemente amigável, sempre estava distribuindo sorrisos para quem passasse, mas naquele dia toda a animação estava além do limite, até para ela.

-Parece que alguém dormiu do lado certo da cama. -comenta Andrew ao encontrar a irmã na recepção.

-A vida é bela, fratellino. -diz antes de finalmente ir embora.

[...]

Naquela noite a Station 19 é chamada para atender uma ocorrência em um prédio abandonado. Prédio esse que era lar de vários sem-teto.

-Herrera, Miller, entrem logo e verifiquem o primeiro andar. Montgomery e Hughes, abram uma ventilação na parte lateral do prédio. Cutler e Warren nas mangueiras. -todos assentem e saem para realizarem suas tarefas assim que a capitã termina de dar as ordens.

A construção era bem velha e estava em péssimo estado, não sabiam se era sempre assim ou se o fogo o deixou desse jeito.

Ratos passavam pelos pés de Miller e Herrera à medida que subiam, pisando tão cuidadosamente naquelas escadas de madeira que pareciam que iam se desfazer a qualquer momento.

-Capitã, liberamos o primeiro andar e agora estamos indo para o segundo. -informa a tenente pelo rádio.

-Capitã Bishop, qual é a situação? -pergunta o chefe Sullivan se aproximando.

-Aparentemente não tem mais nenhum civil lá dentro. Herrera, Miller e os outros estão lá verificando a situação, mas por enquanto, tudo sob controle. -assim que termina a frase escutam do lado de fora um alto estrondo de desabamento vindo do interior do prédio. -Herrera, responda! Miller! Tenente Herrera! -começa já sentindo aquela velha sensação de desespero tomar conta. -Andy... Por favor...

-Bishop, entra lá. -ordena o chefe. -E não saia até salvar a minha esposa. -diz essa última frase a puxando pelo braço e bem perto de seu ouvido para que ninguém mais escutasse. Maya coloca seu equipamento e vai correndo em direção às chamas.

Uma parte do chão do segundo andar havia desabado, levando Andy Herrera consigo. Miller, que também tinha caído, rasteja até a colega e suspira aliviado ao sentir sua pulsação.

-Miller! -grita Maya se aproximando daquele grande buraco que havia ali. Como a entrada principal ficou totalmente bloqueada por causa do desabamento, teve que entrar por uma das janelas do segundo andar, andando pelo lado que ainda estava intacto.

-Eu estou bem. Herrera nem tanto. Ela ainda está viva, mas não consegui fazê-la acordar.

Maya solicita cordas para subir os dois e segundos depois Cutler e Ruiz entram com o equipamento. Os bombeiros jogam a corda e Maya decide que desceria sozinha.

Love Again - Marina FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora