CAPÍTULO 24

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Maya e Andy voltam para o carro em completo silêncio. Sem saber como agir.

-McCallister... -sussurra Maya mais para si mesma. -Aquele filho da puta...

-Ele vai pagar por isso, Maya. -diz colocando as mãos sobre as da amiga tentando acalmá-la. -Não sei como, mas vamos pegar ele.

Mesmo a foto não sendo das melhores qualidades, era possível identificar claramente o chefe. E como ele não tinha um irmão gêmeo, só podia ser ele mesmo.

[...]

Considerando o incidente com a caminhonete, o capitão Ruiz ordenou que Maya ficasse apenas fazendo trabalhos internos, não sendo necessária a sua presença caso houvesse uma ocorrência. No entanto, a tenente pediu permissão para sair e resolver alguns problemas pessoais — o que foi concedido prontamente pelo homem — ainda mais depois daquele dia. Todavia, a loira não contou exatamente para onde estava indo.

-Com licença, moça. Você não pode entrar aí. -diz a secretária se levantando e começando seguir Maya que entrava como um furacão.

Bate a porta da sala do chefe McCallister com força, surpreendendo a ele e alguns homens engravatados que estavam reunidos em sua sala.

-Terminamos aqui. -o chefe anuncia para os homens, se levantando. -Nos falamos depois. -todos saem, deixando Maya e o chefe para trás.

-Desculpe-me, chefe. Não consegui impedi-la. -a secretária tenta se explicar assim que consegue alcançá-la. McCallister apenas faz um sinal com a mão indicando para a mulher sair.

-Todos esses incêndios que aconteceram ultimamente... -começa a falar andando pela sala deixando transparente toda a sua irritação. -Eu sei que você está por trás deles.

-Está me acusando de alguma coisa? Cuidado, Bishop, pois vai ter que provar.

-Você pode queimar Seattle inteira, mas eu não vou mudar meu relatório e o bandido do seu filho vai apodrecer na cadeia! -diz chegando bem perto do homem.

-Você tem tanta sorte de eu não ter conseguido te demitir. Aparentemente, ainda tem gente nessa corporação que gosta de você. Mas não por muito tempo. -sorri cínico.

-E fique sabendo que eu tenho provas.

-Está se referindo ao dono daquele depósito? Infelizmente para você, ele e a família saíram para umas férias bem longas e não voltarão tão cedo. -ri vencedor. -Se for contra mim, Bishop, é melhor ter certeza de que vai ganhar, porque no final disso tudo vou ter acabado com você e sua carreira. -diz chegando bem perto de seu ouvido e com essas palavras o homem sai da sala.

Maya vai embora da central completamente desnorteada. Não sabia nem como tinha conseguido chegar em casa. Apenas se jogou no sofá e ficou ali pelo resto do dia. Mandou uma mensagem rápida para Ruiz dizendo que não estava se sentindo bem e ia passar o restante do turno descansando em casa, prometendo compensar o dia perdido depois. Posteriormente, colocou seu celular no silencioso e não respondeu a mais nenhuma ligação ou mensagem.

Carina estranhou a falta de resposta da namorada. No começo, achou que ela estivesse ocupada, mas todo aquele silêncio a estava preocupando. Teve medo que algo pudesse ter acontecido com a bombeira. Assim que teve uma pausa, decide passar no apartamento da loira.

Como tinha chave, entrou direto e encontrou Maya deitada no sofá, com as cortinas da sala todas abaixadas, de um modo que, se Carina não soubesse que horas eram, poderia ter achado que já era noite.

-Ei... -Carina se abaixa ao lado do sofá que Maya estava deitada. A loira se senta e assim que a namorada a abraça começa a chorar copiosamente.

Ficam assim por algum tempo, até o celular de Carina começar a tocar sem parar — chamando a doutora de volta ao trabalho — que reluta não querendo sair do lado de sua namorada.

-Pode ir. -Maya se levanta secando as lágrimas enquanto começa a andar pela sala.

Carina vai até as cortinas — abrindo todas elas — antes de ir até a bombeira.

-Maya, eu não vou te deixar sozinha. Meus pacientes vão ter que esperar, porque agora você é mais importante. -segura o rosto da mais nova em suas mãos, olhando profundamente para aqueles olhos azuis que tanto amava.

A italiana pega a tenente pela mão e a leva para o sofá e se sentam lado a lado. Maya começa a contar tudo o que havia acontecido.

-E você acha que tem alguma chance dele vir atrás de mim? Ou da sua mãe e do Noah?

-Bom, não é como se nosso relacionamento fosse segredo também. Todo mundo na Station sabe que eu namoro uma médica do Grey Sloan. -a conversa é interrompida com o som da porta se abrindo, com Noah e Katherine entrando na casa.

O menino vai correndo direto para os braços da mãe que o pega no colo lhe dando um abraço bem apertado.

-Oi, meu amor. -diz beijando os cabelinhos loiros do menino. -Se divertiu na escolinha hoje? -Noah responde sorridente com um aceno de cabeça.

-E eu não vou ganhar um abraço, ligeirinho? -Carina pergunta fingindo estar chateada e o pequeno pula em seu colo.

Katherine, que estava observando tudo, não conseguiu evitar de sorrir. Estava feliz por sua filha ter encontrado alguém que não só a amasse, mas que também amasse seu filho.

As três adultas conversam rapidamente — enquanto Noah brincava um pouco antes do banho — até a hora que Carina precisou voltar para o Grey Sloan.

[...]

Foi um dia bem tranquilo para os bombeiros da Station 19. Quase nem precisaram sair do batalhão e ficaram por ali mesmo fazendo suas tarefas. Como já era madrugada, todos estavam deitados em sua cama. Maya, como não tinha mais o privilégio de um quarto só para ela, dividia com o restante dos seus colegas. 

Contudo, o sono não durou muito, pois foram acordados pelos alarmes e alto-falantes a todo volume anunciando um incêndio em um prédio abandonado a poucos quilômetros dali.

Como ninguém fazia uso do edifício, o local foi tomado por desabrigados que fizeram dele um lar.

-Bishop, Miller e Montgomery entrem lá e comecem a evacuar o prédio. -Theo começa a dar as ordens. -Hughes e Larsson, abram uma ventilação na lateral do prédio. Cutler, nas mangueiras. -todos obedecem e se dispersam para cumprirem as ordens.

O fogo já tinha tomado conta de boa parte daquele lugar. Estava tão intenso que Maya, Dean e Travis estavam praticamente se arrastando no chão e a falta de visibilidade não deixava nada mais fácil.

-Por aqui está tudo liberado, tenente. -avisa Dean depois de verificar um dos cômodos.

-Certo, vamos entrar naquele quarto agora. -Maya vai na frente e os dois homens a seguem. Como estava fechado a tenente se vira de costa e chuta a porta, abrindo-a no mesmo instante.

Os bombeiros entram e começam a procurar por alguma vítima. No primeiro momento, não parecia haver ninguém lá. Até que Maya avista o que parecia ser uma mão debaixo da cama. Se abaixa e encontra um homem adulto desmaiado.

-Miller! Montgomery! Me ajudem a tirá-lo daqui. -puxam o homem e assim que o viram de barriga para cima foi quando Maya o reconheceu.

-Mason?

N/A: Um prêmio para quem adivinhou que era o McCallister por trás de tudo isso kkkkkkkkk O que acharam desse capítulo? Espero que tenham gostado. Até a próxima! 😘✌🏾

Love Again - Marina FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora