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Capítulo 18 - Belo Desastre

Oiiii pessoal 😍 como vocês estão? Boa leitura! Curtam, comentem e compartilhem os amigos! Espero que gostem 🙏🏼❤️

3 meses depois...

E lá estava eu, tentando montar o armário que acabara de comprar para a minha nova cozinha. Eram tantas peças e o manual de instruções não ajudava muito. Havia me mudado há quase um mês, ainda haviam coisas a serem ajustadas, mas eu já tinha conseguido dar a minha cara para ele. Esse apartamento é bem maior que o meu antigo e tem uma varanda ampla com vista para toda a cidade como eu sonhava. Meu trabalho no escritório estava indo cada vez melhor e eu adorava trabalhar lá.

- Deixa que eu monto pra você... - Hernán surgiu pegando uma das peças da minha mão.
- Isso é impossível! - Disse frustrada, como eu poderia ser uma boa arquiteta se não conseguia sequer montar um armário?
- Deixa comigo, por que não pega um vinho pra nós?
- Boa ideia, eu já volto. - Ele me deu um beijo rápido e sorriu.

Fui até o outro lado e peguei o vinho branco que ele trouxe, busquei duas taças, às servindo e as coloquei em cima da bancada. Hernán deu um gole e deixou novamente em cima da bancada, voltando a ler o manual e mexer nas peças, enquanto isso, me sentei e tomei o vinho enquanto o observava. Eu e Hernán não tínhamos um status definido, nós só estávamos curtindo um ao outro, sem pressão. Eu era bem sincera com ele, não queria um relacionamento sério e ele havia concordado em ir devagar.

- Quando você vai a um jogo do São Paulo?
- Você sabe que eu sou palmeirense...
- Você não vai estar lá pelo time, vai estar por mim. Na semana que vem vamos ter outro clássico contra o Palmeiras... Você sabe, se quiser ir... - Ele disse meio sem jeito, sabia que eu não vinha querendo ir aos jogos do Palmeiras, não queria sequer ver as notícias ou assistir pela TV, apenas acompanhava os resultados, tudo para... Não vê-lo.
- Eu vou pensar no assunto.
- Promete?
- Prometo. - Ele sorriu.

Algum tempo depois e Crespo já havia terminado de montar tudo perfeitamente bem e ainda foi preparar nosso jantar. Ele cozinhando o tempo todo para mim estava me deixando mal acostumada, sem contar que ele cozinhava muito bem. Às vezes eu me sentia um pouco mal, ele queria algo que eu não podia dar no momento, na verdade, não sabia nem se poderia dar algum dia. E mesmo assim ele permanecia sempre comigo, sem me cobrar nada. Ele era realmente incrível e eu lamentaria muito se um dia o magoasse.

[...]

Já era sexta a noite quando pedi para Hernán reservar um lugar para mim no jogo de amanhã. Ele prontamente respondeu dizendo que já estava reservado, parecia bem empolgado. Eu não sabia se deveria mesmo ir, mas tendo em vista tudo que ele tem feito por mim, precisava fazer algo por ele. Eu não iria uniformizada como sempre, não queria demonstrar torcida para nenhum dos lados. O Palmeiras era a minha grande paixão e eu nunca achei que iria a um jogo com outro sentimento se não torcer com todo meu coração pelo alviverde. Eu sentia uma tensão, um frio na barriga intenso, mas agora não tinha mais volta e em algum momento eu teria que enfrentar tudo isso.
No dia seguinte, acordei cedo. Ok, admito, quase não dormi essa noite. Fui até a cozinha para fazer o café da manhã. Assim que peguei meu celular, havia uma mensagem de Hernán.

"Não vejo a hora de te ver na arquibancada hoje, tenha um excelente dia!"

Ele era muito fofo. O jogo era às quatro da tarde, eu ia sair de casa por volta das três, não gostava de chegar em cima da hora por conta da multidão e da dificuldade em encontrar meu assento. O restante do tempo não fiz muita coisa, assisti um filme e fiz uma faxina rápida pra ver se o tempo passava mais rápido. Quando olhei para o relógio, já eram uma e meia da tarde, terminei de arrumar o quarto e comecei a me arrumar. Hernán me pediu que chegasse um pouco mais cedo para que pegasse o crachá para entrada. Quando cheguei em frente ao Allianz, meu coração começou a bater mais forte, a última vez que estive aqui foi o dia do mal entendido no restaurante em que falei com o Weverton e ele disse que iríamos nos acertar... Dessa vez ele estava errado. Enviei uma mensagem para Hernán informando que eu já estava lá. Um dos assistentes foi até o portão e me entregou o crachá, liberando minha entrada em seguida.