Capítulo 11

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Depois de horas aqui, começou a bater a fome mas os embustes não quiseram ir para casa ainda, sério tinha alguns deles que mesmo com o protetor solar ainda iam ficar queimados do sol, isso que dá o vício.

— Vamos logo, já são 12:00 - falo pela 3º vez.

Sério, eu não queria ser a chata da vez, mas até agora não começamos nem a fazer o almoço, depois vai ter gente com dor de estômago e passando mal e só vai sobrar pra mim do mesmo jeito.

— Vitória não vai por aí que é fundo - mas ela me escuta? Não.

Largo minha mochila e corro para a água a tempo de ver a cabeça dela sumindo na parte funda. Não olho para saber se alguém percebeu o que está acontecendo, e não sinto nem a dor do impacto com a água, e o desespero só aumenta, mergulho para um lado e outro e tudo que consigo ver é agua, mas não consigo encontrá-la, a pressão no meu peito só vai aumentando e oro como nunca orei pedindo a Deus que me mostre onde ela está, eu não conseguiria aguentar se algo acontecesse a ela.

 Mergulho de novo e quando já estava perdendo as esperanças vejo os cabelos dela na água escura. Nado até ela e seguro em sua cintura enquanto dou impulso para cima, ignoro toda dor no corpo depois de muito tempo sem nadar, todo o cansaço e a respiração a mil. Carrego seu corpo até a grama enquanto os outros fazem uma roda ao nosso redor, todos gritando ao mesmo tempo.

— Calem a boca! - grito.

— Vitória! - chamo fazendo compressões em seu peito.

Não resta escolha, ela não me responde, então faço respiração boca-a-boca alternando com as compressões, 1 2 3 4 e 5. Tento pela terceira vez até que ela começa a reagir e colocar a água para fora. 

— Você tá bem? Está sentindo alguma coisa? Tontura talvez? - pergunto ajudando ela a se sentar.

— Eu tô bem Ivy! Sério! - ela dá um sorriso fraco.

Não espero por outra resposta, a a abraço com toda a força que tenho e choro libertando todo o  desespero que senti a minutos atrás, O que eu diria aos pais dela? Não consigo nem imaginar.

— Ivy, você está me sufocando - ela diz com a voz abafada.

— Eu sei. Promete que não vai fazer isso comigo nunca mais? Por favor! - eu imploro.

— Eu prometo! Juro Juradinho! - ela se afasta sorrindo e me oferecendo o mindinho.

Depois de promessa feita, me sento no chão e respiro fundo tentando controlar as batidas do meu coração que estão retumbando nos meus ouvidos, não preciso olhar para as minhas mão para saber que elas estão tremendo, e na verdade, quase não sinto o meu corpo inteiro.

— Nada de água pra você mais entendeu? - falo apontando o dedo para ela.

— Deus me livre, envelheci 20 anos depois desse susto - Lety fala jogada ao meu lado entre as pernas do namorado.

— Depois dessa, acho melhor a gente voltar - Liam fala me oferecendo a mão para me ajudar a levantar.

Eu não posso nem recusar, não confio nas minhas pernas para me manter firme.

— Você está bem - ela pergunta andando ao meu lado.

— Estou, foi só um susto - respondo respirando fundo, quando meu corpo vai parar de tremer?

— Nem me diga, quando vi você correndo acho que a minha alma saiu do corpo e voltou - ele fala exalando.

— Você sempre foi tão dramático? - pergunto olhando para frente e vendo o tal do Kai agarrado na minha irmã.

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