𝑡𝑟𝑜𝑖𝑠

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A manhã de quarta-feira foi ensolarada, mas não deixou de ser fresca como a anterior.


A jovem acordou em instantes assim que sentir o sol bater em metade de seu rosto, e quando se lembrar do que esperava um pouco mais tarde, se tornou ansiosa. 

Seria seu primeiro dia de trabalho da vida e era uma enorme conquista para si.

Antes de deixar a casa, preparar o café e o almoço para o seu avô; já que de tarde, pretendia comer na rua naquele dia tão especial. Mas claro que comemoraria com o mais velho outra hora. 


- Vovô estou saindo, se cuide e tenha um ótimo dia! - Cantarolou, antes de fechar a porta e finalmente seguir o seu rumo.


A tão atrapalhada tinha esquecido de tomar uma xícara de café e torradas que preparou anteriormente; ao se lembrar, bateu na própria testa certas vezes e grunhiu em reprovação, caminhando em outra direção agora.

- Preciso me controlar, vou acabar tendo um ataque do coração se continuar tão ansiosa assim.


Precisou então, encontrar alguma lanchonete e pelo menos se deliciar com um pequeno croissant antes de ir à luta. 

Não era como o de sua amada Paris, mas daria para o gasto.




Por sorte, era cedo quando chegou; ainda restavam alguns minutos para o estabelecimento abrir.

Já causando uma ótima primeira impressão.


Afirmou para si mesma com um sorriso ladino que estava relaxada, apesar de seu exterior não dizer o mesmo.

Ji-ae estava angustiada e não remediar quieta em nenhum minuto; se balançava para frente e para trás enquanto secava, de vez ou outra, como próprias mãos que suavam em seu suéter.


- Você é um? ... 

Um rapaz desconhecido se aproximou; aquele que tinha chegado há pouco tempo, que com certeza presenciou o desespero interno (e externo) da garota e se adaptou diante daquele comportamento.

Ele tinha uma aparência totalmente exótica, mas do lado positivo. 

Cabelos escuros, sorriso marcante e algo que a chamou a atenção assim que o viu: a pintinha abaixo de seu olho esquerdo e o cheiro amadeirado que tinha; poderia senti-lo à distância e trouxe uma breve nostalgia. 

E mais uma vez, se pediu o porquê de existir tanta gente bonita lugar.


- Lee Ji-ae! Sou nova aqui. - Esperou segundos para recuperar a consciência e respondê-lo de forma calma. - No emprego e digamos que na Coreia também. - Se curvou e abriu um sorriso ladino, aquele que destacou uma pequena covinha que não tinha queixo.


- Ah, sem formalidades! Sou Jung Wooyoung. - Disse risonho. - Então você é estrangeiro?


- Sim e não, é complicado. Basicamente a minha mãe é francesa e meu pai coreano, o resultado foi isso. - Tirou mais risadas do garoto, assim que terminou de falar e fez uma pose.

LE CHATON FOUINEUR - Choi SanOnde histórias criam vida. Descubra agora