𝑜𝑛𝑧𝑒

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- Wooyoung!? Tá fazendo o que aqui? E por que tão tarde?


Jung não disse nada, apenas o empurrou com as duas mãos, para que conseguisse entrar em sua casa e logo depois, fechou a porta.


- Eu preciso de ajuda para recuperar minha amizade com a Ji. - Sussurrou desviando o olhar, encostando o outro na parede e erguendo um indicador.


- Não, como é que era mesmo? "Estou bem sozinho" "Não acha que estou tentando?" "Mimimi sei lá o que" - San o remedou, balançado os dois braços e afinando a sua voz, fazendo o outro tão envergonhado agora, se irritar com aquele deboche.


- Yah! Cale a boca! - Deixou um tapa fraco no ombro do maior, antes de prosseguir. - Você me ofereceu ajuda e eu vim aqui tão humildemente! - Reclamou com um pequeno bico nos lábios e torceu o seu nariz assim que o viu arquear as sobrancelhas, incrédulo.


- Humildemente!? Tu foi um ingrato! Eu que fui humilde, ainda pensei na amizade de vocês! Poderia mui-


- Tá, tá! Vamos ao que interessa.


- O que? Você quer pensar em algo agora!? - San franziu as sobrancelhas, confuso.


- Quanto mais rápido tivermos um plano, mais rápido as coisas voltam ao normal. - Se desvencilhou do garoto e seguiu em frente pelo corredor; em passos largos, direcionou-se até a sala de estar.


- Você não vai dormir aqui, não é? - O seguiu, curioso pelo o que o outro faria a seguir.


- É um sacrifício à ser feito. - Ditou, de costas para ele, olhando em volta.


- Oi?


- Dormir na casa do inimigo, oras! - Virou-se com um sorriso cínico.


- Mas eu-


Assim que viu a mãe do outro se aproximar, por conta daquela movimentação um tanto estranha, Wooyoung rapidamente o abraçou de lado, sorriu de forma pequena e tombou levemente a cabeça para o lado, respirando fundo para a mentira que criaria naquele momento.

- Boa noite senhora...Choi! Espero não incomodá-la hoje, faremos uma festa do pijama.


- Festa do pijama? - O outro torceu os lábios ao escutá-lo.


Wooyoung era o mestre da enrolação.


- Sim, não é amigão? - Risonho, Jung deixou um soco no peito de San, fazendo-o saltar e soltar um pequeno grunhido pelo susto.


- Ah...é. - Forçou um sorriso e finalmente retribuiu o abraço do menor, arrastando-o até a escada, sem ao menos retribuir o olhar confuso de sua mãe; esta que nem conseguiu raciocinar direito o diálogo daqueles dois, com a sua xícara de chá, apenas prosseguiu seu trajeto até a sala e sentou-se no sofá, com as sobrancelhas arqueadas minutos depois.

LE CHATON FOUINEUR - Choi SanOnde histórias criam vida. Descubra agora