26. A mansão.

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A mansão dos Malfoy era sombria. Ayla olhava para o grande portão e lembrava da última vez que veio até ali. Suas memórias a maltratavam e a faziam querer fugir daquele lugar.

Harry continuava com o rosto deformado. Hermione havia dado um jeito de pegar a bolsa e dar uma poção a ele, mantendo o feitiço. Ele foi obrigado a encostar o rosto no portão enquanto Bellatrix o observava.

— Chamem o Draco. – A mulher sussurrou para um dos homens que estava com ela e abriu os portões permitindo a entrada de todos eles.

Ayla foi empurrada junto a Hermione para dentro e em fila, eles entraram. A grande sala estava cada dia mais sem vida. Antes, era preenchida por amigos de Draco que andavam correndo e bebendo por todo lado. Agora, estava apenas com comensais que tinham olhares curiosos para o grupo.

Ayla arregalou os olhos ao ver Draco. O menino vivo, parado na sala ao lado de seu pai e olhando para Ayla. A menina sorriu feliz por ver o namorado e achando que ele iria a ajudar na fuga dali. O loiro mantinha a expressão mórbida, o personagem frio e comensal que ele havia criado. Ayla sentiu seus olhos marejarem vendo que mesmo vivo, Draco estava parecendo morto.

Draco olhava para Harry no chão de sua sala sendo segurado por Bellatrix. Ela puxava o cabelo dele mostrando para o loiro enquanto sorria.

— Não tenho certeza. – Draco falou. Lucius segurou o pescoço do filho e aproximou o rosto do ouvido dele.

— Filho, olhe atentamente. Se nós entregarmos Harry Potter para o Lorde das Trevas... Tudo será perdoado. Tudo voltará a ser como era, entende?

— Não vamos esquecer quem capturou ele, não é Sr. Malfoy? – O líder dos sequestradores falou. Lucius gritou com ele e foi acalmado por Narcisa.

— Venha querido, não seja tímido. – Bellatrix falou. Draco aproximou-se de Harry e o olhou nos olhos. – Se não for mesmo Harry Potter e nós chamarmos ele mesmo assim, ele nos matará. Precisamos ter certeza!

— O que houve com o rosto dele? – Draco perguntou. Bellatrix se afastou dos dois perguntando o mesmo para o restante da sala. O loiro pediu silêncio a Harry pelo o olhar.

— Me dê a varinha delas, vamos ver qual foi o último feitiço! – Ela falou sorrindo. Após expulsar todos os sequestradores, Bellatrix surtou de raiva segurando a espada de Gryffindor. – Coloque os meninos no porão, vamos cuidar das meninas aqui. De mulher para mulher!

Jogados no porão, Rony e Harry não podiam sair e salvar as meninas. Rony se desesperou e olhou Harry preocupado. O ruivo andava de um lado para o outro nervoso e segurou o braço do amigo.

— O que vamos fazer? Não podemos deixar Hermione e Ayla sozinha com ela!

— Rony? Harry? – Do fundo da sala, uma voz delicada se pronunciou. Os meninos olharam para trás seguindo a voz dócil e viram Luna parada sorrindo para os dois.

— Luna?

No andar de cima, Bellatrix ameaçava Hermione raivosamente. A menina era interrogada e chorava sentindo dor das torturas da mulher. O rosto de Hermione estava vermelho e sua respiração ofegante.

— Esta espada devia estar no meu cofre em Gringotes. Como a conseguiu? – Bellatrix perguntou em cima de Hermione. Os rostos das suas quase se tocava e a mais velha rosnava em direção a Granger. – O que mais você e seus amigos pegaram do meu cofre?

— Eu não peguei nada. Por favor! Eu não peguei nada! – Hermione implorava em meio ao choro. Seu soluço ecoava na sala. Draco fechou os olhos negando ver a amiga ser torturada.

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