Como esperava, ganhamos mais destaque entre as outras vitrines com o modelo ruivo na frente da loja. Todos ficavam admirados com o boneco super realista, tiravam self, e pediam para provar a mesma roupa que o manequim usava.
Eu estava super empolgado. Sentia uma pontada de orgulho por Jimin fazer tanto sucesso sem nenhum esforço.
Bastava ele existir.
Na mesma tarde antes da pausa para o almoço, a loja deu uma esvaziada e o senhor Cha mandou fazermos alguma coisa. Segundo ele "saco parado não para em pé, funcionário ocioso não rende dinheiro".
Peguei o espanador e Taehyung ficou de lavar o banheiro. E foi limpando, na base do ódio os manequins feios que estavam ao lado do ruivinho, que me aproximei colocando as mãos para trás e me certificando se ninguém estava olhando.
— Bom dia, Jimin-sshi? Você deve estar pensando: "que garoto estranho, vive flertando comigo e sequer apresentou!". — sorri sem jeito, olhando para os meus pés antes de continuar. — Sou Jeon Jungkook, tenho dezenove anos e acabei de terminar o ensino médio. Trabalho aqui, na Boutique há doze meses e três semanas... O nome da boutique é "Boutique". Genial, não? Ou foi apenas preguiça de pensar em algo mais elaborado, mas fico com a primeira opção, é mais pratico, assim ninguém esquece. Eu gosto... assim como gosto de falar com você. — confessei, mordendo os lábios para não evidenciar tanto minha felicidade. Não sabia explicar, mas Jimin me fazia sentir mais leve. Esquecia até a parte enfadonha das horas de trabalho em pé ou da pilha de sonhos que deixei para trás ao vir para Busan. — Preciso ir trabalhar agora. Tchau, Jimin-sshi!
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Não saíamos para almoçar, o senhor Cha pedia quentinhas e nos três comíamos ali mesmo, no balcão. "Taxas extras em restaurantes é um absurdo. Se o garçom é assalariado, então por que existem a cobrança dos dez por cento? Isso é uma absurdo!". Ele tinha razão, mas ainda sim Taehyung não perdia a oportunidade de o chamar, pelas costas, de muquirana.
— Patrão, devemos colocar joias nele? — apontei para o ruivo, engolindo o bolo alimentar em seco.
O velho senhor me olhou como se tivesse uma segunda cabeça nascendo em mim.
— É um desperdício de dinheiro.
— É que... sem nada nos pulsos, no pescoço e nem ao menos brincos, até a melhor roupa parece incompleta, senhor.
Me senti aliviado quando o mais velho desfez a carranca.
— Bem, olhando por esse lado... — pigarriou, limpando a boca suja de molho com mesmo lenço que usava para enxugar o suor e na sequência Taehyung virou o rosto com ânsia de vômito. — Você tem razão, mas não temos dinheiro o suficiente para comprar coisas caras.
— Quanto a isso... Lembra daquele extra do feriado que o senhor ficou de me pagar? Posso comprar bijuterias no mercado e ver no que vai dar. Se as vendas aumentarem, o dinheiro volta para mim no final do dia, se continuarem como estão, eu fico com elas. — dei de ombros. — Será um investimento.
Agora poderia presentear meu ruivinho como ele merecia. Ficaria mais lindo coberto de joias e ainda que falsas, a minha intenção de retribuir o que me fazia sentir, era real.
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Jungkook está ficando cada vez mais caidinho pelo manequim, não é? Daqui para frente essa paixão só aumentará.
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Manequim
FanfictionUma fanfic Jikook estranhamente fofa. Um amor, literalmente, "fora da caixinha", já que um humano se apaixona por um boneco de plástico... Mas Jungkook jura que Jimin é real. Será mesmo? ✓Fanfic baseada no filme indiano Três histórias de Amor ✓Cap...