Manequim se trata de história, estranhamente... fofa? Um amor impossível, atípico, literalmente "fora da caixinha", onde um humano se apaixona perdidamente por um boneco de plástico, algo inanimado... Mas Jungkook jura que Jimin é real.
Será mesmo...
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— Hyuuuung, a campainhia! — grunhi, enfiando o travesseiro nos meus ouvidos. Só depois lembrei que o compositor tinha saído mais cedo para resolver o negócio do passaporte. — Inferno... JÁ ESTOU INDO!
Chutei o ar, logo pulando da cama à contragosto. Se tem um som mais irritante que esse em pleno domingo de manhã, desconheço.
Tateando cegamente as coisas ao meu redor, fui meio que tropeçando nos meus pés até a sala. Ainda tinha o hábito de dormir com meias e pijama, por isso, não me incomodei a frieza do chão sem carpete ao deixar meu edredom quentinho.
— Aaah desgraça! — fui praguejando. O dedo da pessoa não parava de apertar o botão, então abri a porta na força do ódio, pois quem quer que estivesse tocando a campainha tão cedo iria escutar umas boas verdades. — VAI TIRAR O PAI DA FORCA COM ESSA PRESSA?!
— O-oi?
— Jimin?! — prendi o ar vendo a razão do minha insônia ali, ao meu alcance. Seria possível? — Uou, entendi! — bati palmas, rindo. — Já sei! Deve ser aquele troço de sonho lúcido... — bocejei, coçando os olhos, porque na frente não estava um, mas dois Jimin's. — Quase acreditei. — entortei a cabeça e toquei no seu nariz de botão. O ruivinho, a versão humana, sorriu pequeno. — O que foi? Parece um pouco tenso...
— Posso entrar?
— Claro, entra aí! Poderia te oferecer alguma coisa, enrolar mais por causa da minha timidez, mas não vai demorar para alguém me acordar, prefiro gastar esse pouco tempo conversando com você... — bocejei outra vez, dando espaço para os dois entrarem. — Jimin-do meu-sonho.
— Então me ajuda aqui, ele é bem pesado.
— Certo.
Ajudei o empresário a levar o JiminNumberOne até o sofá. Logo ajeitamos as pernas dobráveis do manequim, sentando ele no sofá pequeno.
— Olha só, parece tão realista que até estou suando. — me abanei com as mãos, sentando também. — Mas me diz... — apoiei os cotovelos nos joelhos para analisar as bochecha rosadas do homem de terno. Lindo, lindo. As madeixas ruiva estavam com gel, relevando mais a pele de porcelana. — Jimin-do-meu-sonho, como conseguiu chegar aqui? Essa eu faço questão de ouvir. — sorri, bobo e ele desviou as órbitas cor de mel. — Tímido de novo? Oh, que fofo!
— Na verdade, eu consegui com seu colega da loja há alguns dias, mas como um covarde, adiei o máximo que pude... — murmurou, coçando a nuca, sem jeito. — Até receber, praticamente, uma intimação do tal Kim. Aquele cara sabe ser assustadoramente convincente quando quer.
— Taehyung te disse onde eu morava? — repeti surpreso. — Uau... — entortei a cabeça. — Devo ter ficado até altas horas criando teorias de como te veria de novo. Essa foi a mais genial, parabéns, subconsciente! — fiz uma sinal de positivo, orgulhoso de mim mesmo.