Primeiro Beijo Em Meia Década

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"Preciso falar com você, venha para a minha casa as 20:00".

Era o que estava escrito na mensagem de Betty que me surpreendeu completamente, o que ela queria que eu fizesse lá daqui a uma hora?

- E aí, quem é? - pergunta Tabitha que estava sentada na minha frente.

Estamos no Pop's, estávamos conversando sobre as franquias que ela queria abrir pelo país.

- É a Betty, quer que eu vá para a casa dela às 20:00.

- Por que?

- Também não sei.

- Você vai né?

- Não sei, isso tudo está muito estranho, foi do nada.

- Quem sabe aconteceu algo e ela quer um amigo próximo ao lado dela.

Suspirei e passei a mão pelo rosto, pensativo. Talvez ela tenha razão, o que pode dar de errado? Betty e eu já somos amigos de novo, não tem motivo nenhum para eu ficar nervoso desse jeito.

As horas se passaram e quando faltavam vinte minutos para o horário marcado me despedi de Tabitha, tirei o uniforme de trabalho, subi em minha moto e fui direto para a casa da Betty.

Quando cheguei fiquei meio receoso e demorei um tempo até tomar coragem para bater na porta. Assim que ela se abre me deparo com a senhora Cooper surpresa ao me ver.

- Jughead? Nossa... Você... O que faz aqui e... - Ela ia terminar mas Betty a interrompe.

- Mãe, quem é? - Ela ficou estatística quando me viu - Você veio.

- É.

- Eu vou deixar conversarem sozinhos - Disse Alice saindo da porta e subindo as escadas.

- Entra - Falou a loira me dando passagem.

Entrei em sua casa num silêncio completo até ela voltar a falar comigo.

- Vamos para o meu quarto?

Assenti e subimos até o mesmo, ela se sentou em sua cama e eu me sentei ao seu lado.

- Por que me chamou?

Ela deu um longo suspiro e disse:

- Estamos loucas Jughead.

- Como assim?

- Minha mãe não aceita a morte da Polly e agora vive num mundo de fantasia.

- E por que me chamou?

- Você é a única pessoa que entende o drama da minha família - ela deu um riso triste

E rapidamente o silêncio se instalou, nos deixando num clima desconfortável. Minhas mãos suavam e as minhas pernas batiam no chão de forma ritmada, mas senti uma mão em uma das minhas pernas rapidamente.

- Sempre me irritei com essa sua mania - ela falou de maneira descontraída e a retribui com um sorriso desconcertado - Você ficava sentado na minha escrivaninha, escrevendo suas histórias até tarde da noite enquanto eu dormia fazendo isso. Às vezes sinto até falta do barulho dos seus pés batendo no chão, das teclas da sua máquina de escrever...

- Eram tempos mais simples. Eu não era um alcoólico, e você...

- Não era uma louca compulsiva por desvendar casos de Serial Killers - Disse me interrompendo

Assim que ela terminou de pronunciar sua frase, nos encaramos por um tempo. Estávamos mais próximos do que o normal, tão próximos que conseguia sentir sua respiração em meu rosto. Ela abriu a boca, parecia que iria dizer algo, mas nenhuma palavra foi dita. Então ela foi rápida e breve, puxou meu rosto de encontro ao seu juntando nossos lábios num beijo calmo e necessitado.

Meu coração se acelerou imediatamente, minhas mãos foram para o seu pescoço, retribuindo o beijo. Aquilo estava mesmo acontecendo ou seria apenas mais uma alucinação minha?

Ela levou uma das mãos ao meu cabelo e fez um breve carinho por lá, enrolando os meus fios negros lentamente.

Estamos completamente entregues a esse momento, e isso era mágico, pois parecia que havíamos voltado para o ensino médio.

- Ei - Sussurro entre o beijo.

- Hm? - Ela murmurou.

Me perdi em meio a tantos pensamentos que não consegui nem completar meu raciocínio.

Ter ela aqui era o que eu mais queria, não estragaria esse momento, nem ferrando.

Ela nos afastou e me encarou profundamente nos olhos.

Ficamos ali por minutos sem dizer nada, apenas nos olhando, e às vezes acho que isso já vale mais do que se disséssemos algo naquele momento.

Ela levou sua mão até a minha que estava em seu pescoço, e parecia tentar processar o que acabou de acontecer.

- Eu acho que eu tenho que ir - Digo a ela enquanto retirava as minhas mãos de seu pescoço.

- É...

Me levantei e fui em direção a sua porta.

- Boa noite Jug.

- Boa noite Betty.

Saí de seu quarto e logo fechei a porta, me permitindo soltar um longo suspiro.

Caminhei até o andar de baixo silenciosamente e não havia ninguém ali, saí da casa das Coopers e fui até o Pop's para terminar o meu turno. Parecia um adolescente após dar o primeiro beijo, meu Deus.

--------------------------Pop's------------------------

- Jughead - Disse Tabitha atrás do balcão enquanto eu limpava as mesas, mas eu sequer dei atenção - Jughead! - Ela disse firme.

- Oi? - respondi indiferente.

- E aí? Como foi lá?

- Ah, nada de mais.

- Nada de mais? - Ela disse vindo até mim - Jughead, quando você chegou estava super estranho, o que aconteceu lá?

Suspirei e me virei para ela me encostando na mesa.

- Talvez... Pode ter rolado algo...

- Calma aí, como assim?

- Ela... Me Beijou.

- Como isso aconteceu?

- Foi muito rápido, num instante estávamos falando sobre o passado e no outro nossas bocas estavam coladas - Suspirei e a olhei nos olhos - Eu não me sentia assim a tanto tempo.

Ela sorriu me encarando.

- Ok, só não se esqueça de que a sua prioridade agora é você mesmo, tá bom? Não quero que você se afunde de novo.

- Pode deixar, vou manter as coisas na linha agora.

Ela assentiu e foi até o caixa para retirar o dinheiro, enquanto eu não conseguia tirar a Betty da cabeça.

-------------------Betty Cooper-----------------

Quando Jughead saiu me joguei na cama completamente extasiada, aquilo havia realmente acontecido? E por que foi tão bom quanto da primeira vez?

Juro por Deus que você me enlouquece, Jones.

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Essa ideia veio na minha cabeça do nada kkkkk

Espero q tenham gostado <3

Não se esqueçam da estrelinha.

One shots - BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora