parceira de todas as formas

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Estava no escritório do FBI acompanhada de Jenny, ela estava assinando a papelada enquanto eu arquivada um caso. Meu telefone toca e vou até a porta.

- Alô?

- Oi Betty, ainda bem que atendeu.

- Jughead, aconteceu alguma coisa?

- Pode dar uma passadinha aqui na casa do Archie?

- Posso sim, chego aí em 15 minutos.

- Tá bom.

Me despedi de Jenny e fui logo para o carro. O que poderia ter acontecido a essa hora da noite?

Ao chegar vejo Jughead sentado em frente à porta de entrada tomando refrigerante.

- O que aconteceu?

- Espero não ter te atrapalhado em nada. Quer dar uma volta? Estou entediado.

- Eu já tinha acabado a última responsabilidade do dia então não me atrapalhou, e sobre isso - Disse me referindo a sua oferta -, eu aceito uma saída.

- Ótimo, estou com minha moto

- Aquela que você não faz revisão já tem um tempo? Não, vamos no meu carro.

- Está fazendo desfeita da minha duas rodas?

- Não é desfeita, é uma medida de segurança, você também não devia andar nela enquanto não tem certeza se está tudo certo.

- Tá bom senhorita Cooper, eu aceito ir no seu belíssimo carro.

Dou um sorriso convencido e entramos no carro. Decidimos ir até o White Wirm. Ao passarmos por Pop Tate o cumprimentamos e descemos diretamente.

O lugar estava lotado, a maior parte das pessoas lá eram jovens, nos quais dávamos aula.

- Toni, me vê uma tequila? - Peço me sentando no balcão.

- É pra já, Jughead?

- Só um suco.

- Ok - Assim que ela se retirou encarei Jughead com um sorriso orgulhoso.

- O que foi? - Ele pergunta.

- Nada, só estou feliz por você.

- Pelo que?

- Por ter conseguido sair do vício.

Ele ri meio sem jeito. Toni nos entrega nossos pedidos e novamente sai para atender outros jovens desesperados por uma dose de diversão.

- Quer conversar? - Tomo a iniciativa de retomar o assunto.

- Sobre o que? Como a vida amorosa dos nossos amigos está maravilhosamente bem, o fato da Cheryl ter jogado uma "maldição" sobre nós, ASL?

- Nossa vida é tão monótona - Digo com sarcasmo - Como conseguimos ficar entediados nessa cidade?

- Também não sei.

- Mas na parte da relação amorosa não podemos negar que realmente só eles estão se dando bem.

- Disso eu não tenho dúvidas.

A música Hello Hello de Elton John e Lady Gaga começou a soar pelo bar, Jughead sussurrava a letra e batia os pés no ritmo da música, assim que a parte de Lady Gaga começou eu completei cantando e o interrompendo. Ele passou a cantar olhando para mim animado. Parece que consegui tirar ele do tédio afinal.

Pagamos a conta e voltamos para o carro.

- Pode dar uma passadinha no bunker? - Perguntou.

- Claro.

Ao chegarmos percebo que nada mudou, continua exatamente do mesmo jeito da última vez que estive aqui.

- Nossa, que nostalgia - digo.

- Tive a mesma sensação ao entrar aqui pela primeira vez depois de um tempo.

Me sento na cama e memórias começam a correr pela minha cabeça.

- Está tendo um Dela vu? - Pergunta.

- Talvez.

Ele solta um riso, mas que vai rapidamente se esvaindo.

- Betty... - Falou se virando para mim.

- Sim? - Me endireitei na cama o encarando séria.

- Você... Ah, deixa pra lá, Esquece.

- Ah não, começou agora termina.

- Me esqueci do quão curiosa você é. Faz tanto tempo né?

- Não muda de assunto.

Ele se dá por vencido.

- Você não sente falta?

- Seja mais específico.

- De tudo aquilo que vivemos, planejamos e... Tudo aquilo que poderíamos ter sido.

Meu coração acelera.

- Você sente?

- Caramba Betty, você acha que se eu não sentisse te perguntaria uma coisa dessas?

- Está me dando uma segunda chance?

- Você sempre a teve, sempre teve uma parte de mim. Se quiser dizer não eu irei entender, se preferir o Achie eu vou entender, só precisava me libertar desse peso porque eu manti aquela promessa, aquela maldita promessa de sempre amar você, levei aquilo sério demais e... - O interrompi.

- Tem certeza de cada palavra que diz? - Digo me levantando.

- Nunca tive tanta certeza na minha vida.

Me aproximei dele e juntei nossos lábios, fui levando minha mão até seus ombros tensos, que logo foram ficando mais leves. Suas mãos estavam em minha cintura e ele cessou o beijo por um instante e me encarou, algo que durou meio segundo e logo sua boca voltou para a minha de forma mais intensa, subindo uma de suas mãos até meu pescoço e nos guiando até a cama.

- Nunca perde o jeito - sussurrei entre o beijo com um sorrisinho de canto.

Fui me deitando com cuidado enquanto ele vinha lentamente por cima. Separou nossos rostos e me encarou por segundos, suas pupilas estavam completamente dilatadas, e enquanto o admirava fiz um breve carinho em sua bochecha, um ato inconsciente, mas que o fez se arrepiar.

Retirei minha mão que estava em sua face e a passei pela parede procurando o interruptor, ao encontrá-lo dei um último sorriso antes que as luzes fossem apagadas.

A noite foi de saudades, desejos, amor e carinho. No dia seguinte, enquanto me arrumava Jughead mexia no celular.

- Ah não - ele murmura.

- O que foi? - pergunto me virando em sua direção.

- Weather bee.

Bufo e reviro os olhos.

- O que ele quer dessa vez?

- Parece que teremos de fazer um trabalho interdisciplinar para os alunos... - Fitou-me por um tempo - O que me diz? Quer ser minha parceira?

- Parceira de investigação, de romance e agora de aula? Eu topo.

Ele sorri e me puxa pela cintura, dando um selinho demorado

- Vamos enfrentar esses adolescentes.

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Não sei o que foi isso, só sei que está escrito kkkkk

One shots - BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora