Jóias. Pérolas. Diamantes. Ouro. Tecidos da Índia.
Han Jisung nunca pode dizer que sua vida foi simples, quando se casou conseguia tudo o que queria e mais, principalmente quando se envolvia com nobres e recebia presentes caros, alguns o chamavam de palavras ofensivas, mas nunca se importou se tivesse dinheiro o suficiente para comprar cada um que quisesse, afinal, nunca foi rejeitado.
Até aquele capitão não o olhar quando ficou parcialmente nu, céus, só porque era um lúpus não significava que todos os ômegas se entregariam a ele. Além da tamanha humilhação que lhe fez, aquele alfa ainda tinha a audácia de querer usá-lo, e pior, usar Park.
— Mas que ódio. — Não estava se aguentando, queria passar o dia reclamando, dizendo o quão raivoso estava perante aquelas atitudes do alfa.
— Não acha que é pequeno demais para sentir tanto ódio? — A voz do beta que navegava fez com que parasse de fechar os lábios em um bico, encarou o ser mais baixo que si.
— Está mesmo dizendo isso? Acho que sou mais alto que você. — Falou tranquilo, talvez pela expressão de Changbin não demonstrar que se afetava por aquilo, afinal Chan lhe dizia sempre a mesma coisa.
— Senhora, se quiser eu posso fazer aquela infusão de ervas para acalmá-la. — O servo tocou os fios da cabra que estava encolhida no colo da duquesa, Park já não se sentia tão ameaçado pela cabra.
— Obrigado, mas eu quero apenas dizer que estou bravo. Como ele pode pensar em algo tão sórdido assim? — Changbin, que tinha chegado há pouco tempo e ficado confuso pela expressão do ômega, estranhou a frase e ficou confuso.
— Está falando de que? — Han parou pensando em como Changbin era preocupado e empático, diferente do outro beta que cozinhava, certamente Changbin só se insinuava para ele por diversão.
— Senhora Han está pensando no que ouviu… — Os olhos da duquesa se arregalaram, levantou o pé por baixo da mesa em que estavam e acertou o ômega, o fez sob o sentimento de desespero, porque jamais machucaria Park.
— Ouvi que aqui tem toque de recolher e é chato. — Usou ensinamentos de anos sobre mentir, sorriu para o beta e lançou um olhar fatal ao ômega do seu lado, que logo se encolheu acanhado.
— Verdade, às oito horas devemos apagar as velas, mas caso alguém queira sair precisa fazer as coisas no escuro. Porém a parte de ser chato é mentira! Hoje mesmo teremos uma música cantando aqui, ela só estava com a garganta ruim. — O beta então começou a falar sem parar sobre como a beta cantora era incrível.
Jisung encarou seu servo novamente, o Park estava encolhido aparentemente triste e encabulado, então para se desculpar de forma silenciosa e que apenas os dois sabiam, a mão pequena da duquesa acariciou o rosto infantil do outro, quando o ômega loiro percebeu a aproximação tímida e culpabilizada, ofereceu seu sorriso mais doce cheirando os fios do ômega que estavam na direção de seu nariz.
Changbin realmente falava muito, quando começou a relatar os talentosos da cantora do navio não parou mais. Assim que acabou seu estoque de palavras sobre como o capitão era generoso de trazer cantores realmente bons, começou a falar sobre a comida e como o cozinheiro Félix era interessante, mesmo que o beta tivesse um namorado.
Han Jisung não aguentava mais, precisava acelerar seus planos, afinal não tinha noção de quanto tempo durava uma viagem de navio, então temia que o capitão fizesse o que tinha dito consigo e com seu servo. Precisava de qualquer forma fazer aquele lúpus rastejar aos seus pés.
— Changbin, você já disse sobre Felix fazer suas pernas tremerem, mas agora precisamos… — Antes que terminasse sua desculpa esfarrapada para livrar-se do beta e fugir com Park para algum lugar do navio, junto com Jade que dormia tranquilamente em seus braços, foi interrompido por uma voz potente e extremamente conhecida.
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Rua das flores - HYUNSUNG
FanfictionEmbora ser esposo do duque lhe rendesse as maiores regalias da Europa Asiática, Han Jisung não poderia se contentar ao fazer de tudo que estava ao seu alcance para se apossar de todas as riquezas deixadas para si, mesmo que lhe restasse apenas uma a...