Rua de retaliação. - Capítulo 9

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Mergulhado

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Mergulhado. 

Estava totalmente submerso, afundando como uma sereia, engolido como um navio pelas ondas, estava totalmente perdido e despencando em um redemoinho. 

Jisung estava se aprofundando no mar que Hwang era. 

E que diabos! Como aquele alfa era tudo, o mar agitado que o jogava com força de um lado para o outro, isso o irritava.

— Senhora, por que está olhando todos os seus vestidos? — A voz inocente de Park atraiu a atenção do ômega em pé em meio aos tecidos caros.

— Preciso achar a vestimenta certa, uma que jamais usei e que seja a mais vulgar. — Algo difícil, pensou o servo olhando os vestidos exatamente iguais à exceção das cores, eram variadas e em um  policromático que  era quase divino.

— Mas todos os vestidos se parecem. — Observou encarando aquela bagunça, Jade se debatia alienada querendo devorar aqueles tecidos tão apetitosos. — Jade, calma. 

— Mas que ingratidão, isso é importante, Jade. — Virando-se para a cabra que parecia irritada, Han parou e analisou bem, aquela cabra devorava tudo, diminuía e mudava os tecidos. — Acho que tive uma excelente ideia.

— Senhora. — O tom era preocupado, Park mordeu os lábios já imaginando que nada de bom sairia dali.

Apenas confirmou quando o ômega pegou um tecido azul escuro, decorado com linhas pretas e desenhos no mesmo tom, chegou perto da cabra apontando para o decote no espartilho, tirou a cinta que apenas servia para prender e deixou que o animal devorasse grande parte da área superior daquele vestido, sorriu, vendo que mostraria metade de seu peito e a costela esquerda, estava perfeito e apenas as linhas do espartilho o cobriria ali.

— Perfeito, Jade, boa menina. — A cabra  parecia mais calma, mas ainda brava e de costas para ambos ômegas. 

— Céus. Eu estou preocupado com você.  — Deslizou os dedos na cabra e falou olhando o ômega tirar o vestido que usava, tinham acabado de comer e apenas quando estava prestes a dormir foi comunicado sobre aquele passeio noturno entre o capitão e a duquesa. — Tenho medo do que o capitão mal faça, tem certeza de que não quer que eu vá? 

— O peruca negra jamais teria coragem, aliás, eu quero sim, que ele me possua. Estou nesse barco horroroso sem um homem para me satisfazer, acabei de me livrar de um casamento e quero aproveitar os anos perdidos. — Falou tranquilamente, ao menos parecia blasfemar contra a igreja de Heresia, os piratas eram os próprios diabos. Que nenhum juiz o escutasse.

— Se ele lhe machucar pode gritar que eu vou, posso não ser forte e nem lutar, mas eu prometo protegê-la. — Park parou apenas de acariciar Jade para encarar o ômega, que naquele momento o olhava sorrindo.

— Obrigado, prometo que nada de ruim acontecerá com você. — Jisung não dizia "eu te amo", mas falava que o protegeria. E se proteger fosse deixar de fazer algo seu e cuidasse de outro, se fosse colocar a segurança de alguém acima da sua, é. Ele amava e protegia aquele ômega loirinho. 

Rua das flores - HYUNSUNGOnde histórias criam vida. Descubra agora