Rua de feiticeira. - Capítulo 25.

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Jisung estava mais lindo do que nunca.

O vestido era de tecidos de prata, detalhes rosados, os decotes no busto e braços nus, várias servas estavam ao redor da duquesa,cada uma puxando uma parte do tecido fofo e caro, era enorme e transmitia toda a glória que uma rainha era permitida, mas Han conseguia ser ainda mais deslumbrante. 

Porém estava apagada.

O olhar era diferente dos tecidos que brilhavam, estava escuro e a boca em uma linha, o cheiro estava fraco transmitindo tristeza, fazendo as mais velhas servas ficarem confusas, pois apenas ômegas com mais de vinte anos tinha aromas tão fortes, e duas décadas era considerado velho o bastante para ter bastante filhotes. 

— Saiam, nos deixem a sós. — A voz firme fez as ômegas tremerem e segurarem os materiais nas mãos, saíram de cabeça baixa.

O rei estava radiante, a enorme túnica vermelha arrastava gloriosamente no chão, a coroa feita de ouro puro estava posta perfeitamente entre os fios escuros do grande SeungWoo, ele estava com sua aura superior, sentia-se poderoso e vitorioso, iria se casar logo com Han Jisung, a faria sua rainha, deixaria Subin, talvez incriminar ele para que pudesse anular o casamento e deixar apenas a antiga duquesa no poder.

Afinal conhecia Han o suficiente para saber que apenas uma mera coroa não era o suficiente para ele, ela ia queria tudo.

— Os tecidos foram retirados do meu próprio estoque, os mais finos e caros. — A arrogância e prepotência era notável, mas Jisung continuou parado ali, apertando os dedos um no outro. — Não são de seu agrado? — A voz desacreditada fez o ômega fechar os olhos pensando que estava dentro de um Palácio em um dos maiores quartos, longe do mar.

— São ótimos. — Limitou-se a dizer apenas aquilo, SeungWoo aproximou-se, as mãos longas tocaram os quadris cobertos, o peito dele estava nas costas parcialmente nuas dela.

— Achei que diria que não, assim poderíamos ficar sem eles, o que quero fazer com você não precisa de vestes. — A voz saiu sussurrada no ouvido dele, aquilo foi agonizante e irritante, céus! Por que quando tudo ia bem o rei de Heresia morre? 

— Não quero fazer nada com você, muito menos sem roupas. — Falou sério andando com firmeza, afastou-se daquele patife e virou-se cruzando os braços, o rei não gostou.

— O que? Antes de sumir por aí gostava bastante. — Han arregalou os olhos e naquele momento permitiu rir daquela situação deplorável, SeungWoo juntou as sobrancelhas e rosnou baixo. — Do que está rindo?

— Desse momento, se pensa que eu me casarei com você está muito enganado. — Gritou, estava perdendo a paciência com aquele medíocre, o rei também irritou-se, foi em passos pesados até a duquesa. 

— Não zombe de mim! — Gritou, começando a mudar o tom branco da pele por um vermelho.

— Então não seja estúpido! 

No mesmo momento que Jisung rebateu exaltado com aquele ditador, a mão enorme e pesada foi rápida ao erguer alto o bastante para descer forte até a bochecha grande do ômega. A carne fofinha ficou vermelha com as marcas dos dedos da mão direita do rei, o corpo pequeno submetido a tamanha força caiu sobre o tapete.

A bochecha ardia, mas nada pôde ser comparado ao ódio que sentiu, SeungWoo sempre foi uma marionete em suas mãos, vê-lo daquele ângulo assustou a duquesa que sentia os olhos começarem a arderem, mas jamais deixaria um alfa qualquer impor nada daquilo sobre si, o enfrentaria de qualquer forma.

Mas o rei era fraco ao ponto de ser covarde, um maluco doente que ditava como se fosse Deus. 

Naquele pequeno reino tinham alfas que se achavam Deus demais.

Rua das flores - HYUNSUNGOnde histórias criam vida. Descubra agora