— Está belíssima. — A voz do rei fez Jisung fechar os olhos e olhar o mar ao longe.
Estava na sacada no quarto real, o mais longe possível de SeungWoo, aquele monstro, os olhos redondos estavam refletindo o que a alma da duquesa sentia.
O horizonte cortava o oceano virgem, cinza e com as nuvens se formando no céu, a estátua enorme do primeiro rei de Heresia estava ali no centro da cidade perto do palanque que era utilizado em enforcamento, assim como uma fornalha para as bruxas. Queria que apenas a brisa gélida o levasse dali, que o afundasse nas águas cristalinas e que jamais visse novamente qualquer oficial, muito menos o rei.
— Não vai agradecer? — A voz mansa resultou apenas no ômega fechando os olhos lentamente e pensando no porquê suportar aquilo.
— Por que? — O tom pacífico foi embora, a bochecha ainda ardia com a marca dos dedos do alfa, estava perdendo a paciência.
SeungWoo estava sorridente, o cheiro de alfa forte e expressando o quão satisfeito estava de se casar com aquele ômega, ao menos esperou que Subin desse filhos ou fosse estéril, muitos sussurravam sobre aquilo, mas nada tirava do lúpus o nariz arrebitado e a postura arrogante dele.
Céus! Como estava irritando Jisung.
— Oras, por salvá-la da pobreza, fazê-la minha rainha e consequentemente dar suas melhores noites. — Nada daquilo parecia valioso ou bom, pelo contrário, deixava-o com mais ódio e vontade de saltar do último andar.
— Você não entende, Majestade? — Puxou o máximo de ar que pode, lembrou-se de Park e de todos que conheceu no navio, não deveria desistir da sua vida tão fácil assim e por medo? Jamais.
— Como ousa falar assim comigo? É uma ingrata! — O rei então gritou, era a única forma que sabia lidar com as pessoas usando sua autoridade de forma ditadora para impor suas vontades.
— Você consegue imaginar sobre alguma coisa que não seja você mesmo? — Virou-se para o alfa e negou levemente com a cabeça se sentindo péssima.
— É a última chance que lhe darei, ou se case comigo ou então comece a orar por uma salvação divina. — SeungWoo sorriu confiante de que já estava ganho, arrumou o bracelete real nos pulsos e esperou que Jisung retomasse o juízo mental, deitasse consigo e se casasse logo. — E então?
— Já sei qual divindade clamar. — Falou apenas aquilo antes de voltar para a sacada, algo em meio às ondas chamou sua atenção.
Porém o rei saiu andando pesado, estava louco pela duquesa, desde que a viu pela primeira vez em uma daquelas temporadas ficou encantado pelo azul dos fios, os decotes no vestido e então deitou-se com ela em troca de dar jóias, era aquela forma que faziam, então enquanto tivesse as mais brilhantes pedras teria o ômega.
Mas então como uma jogada de mestre, o falecido duque, como um desgraçado, além de casar-se com ela, agora tinha feito dela ir atrás de uma flor, e quando volta está diferente, louca.
SeungWoo esperou por três anos, agora ela simplesmente não queria mais? O que tinha achado de tão surpreendente?
Na sala do trono, o rei enlouqueceu, derrubou as espadas no chão gritando, rosnou alto fazendo as veias do pescoço engrossarem.
— O que?! O que aquela vagabunda acha?! — Falou na voz de alfa socando o trono, os guardas do lado de fora ouviam os barulhos de algo caindo e os rosnados de uma fera.
Era tudo tão alto que Young-chul ouviu, saiu de perto de uma ômega jovem, talvez tivesse menos de doze anos, mas precisava ver o rei para o manipular, segurou as vestes longas e foi andando pelos corredores, ainda era alto o som de rosnados e armas sendo jogadas, talvez até o trono tenha sido destruído.
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Rua das flores - HYUNSUNG
FanfikceEmbora ser esposo do duque lhe rendesse as maiores regalias da Europa Asiática, Han Jisung não poderia se contentar ao fazer de tudo que estava ao seu alcance para se apossar de todas as riquezas deixadas para si, mesmo que lhe restasse apenas uma a...