Apenas Meliodas e ninguém mais;

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No primeiro minuto, tudo eclode. É muito mais poder e força do que Elizabeth tinha consciência quando Deusa.

Sua pele coça e queima, a garganta arde pelo grito contínuo e de repente ela sente tudo. Cada célula, cada organismo vivo, o oxigênio e a água que está ao redor deles. 

Tudo vibra na mesma frequência que ela. Ela é parte do mundo e o mundo parte dela. Assim como o outro ser à sua frente. Ele a repele e a acolhe na mesma proporção, seu corpo tentando se adaptar e sobreviver a um poder tão grande. Nisso eles se assemelham, carregam um poder mortífero.

Ele não morre ou se afeta. Nem mesmo quando Elizabeth o ataca. Sua pele rompe e o sangue ácido pinga no chão e nela. Arde, porém ela não o solta e nem ele faz isso.

Não é natural de nenhuma forma. Se adaptar a dor. Mas Elizabeth lentamente volta a si, Meliodas ainda está ali, prostrado na sua frente banhado no próprio sangue e o semblante está maravilhado.

A maldição não o deixa morrer e ele sorri quando sua pele começa lentamente o processo de regeneração.

É incrível, ela viveu por milênios e nunca se sentiu tão… poderosa. Ainda sente tudo, inclusive a agitação a milhares e milhares de quilômetros de distância. São demônios, vermelhos e cinzas, e estão indo diretamente para Liones.

Ela ofega, puxa a mão que Meliodas segurava como sua tábua de salvação e flexiona os joelhos. O teto rochoso da caverna explode sobre sua cabeça quando ela passa por ele e Elizabeth sente que pode gritar de prazer quando sente o vento contra seu rosto, é uma brisa fresca e todo seu ser grita para que ela siga para a direção onde os demônios estão indo. 

Há humanos demais lá. Inocentes e frágeis para lutar uma guerra que não é deles.

Ela se lança aos céus, o rufar de suas asas sendo por alguns poucos segundos sua única companhia. Meliodas a acompanha, nunca passa na frente dela, mas é uma companhia sólida e segura, remete aos tempos da primeira Guerra Santa. Quando iam enfrentar os demônios.

Ela abaixa a cabeça e o localiza sob suas asas direita, Meliodas está sério, as asas pretas o sustentam bem e há uma serenidade terrível. Como se não estivessem indo aniquilar parte de seu próprio clã, ele sente que está sendo observado e ergue a cabeça, sorri e é quando a marca da escuridão surge em sua testa.

Ele deixa que ela os guie.

Cada átomo vibra numa frequência diferente, sendo parte fundamental para a existência de um organismo vivo ou até mesmo para sustentá-lo e Elizabeth os sente agindo errado. São os demônios. Atrapalhando a vida de seguir o percurso correto.

Elizabeth respira fundo e sente todos os músculos de suas costas tensos, as asas que perdeu há muitos e muitos séculos estão tão fortes quanto de sua primeira encarnação e ela se permite ter o prazer de fazer algumas peripécias no ar. Testando os limites de Meliodas e se ele realmente consegue acompanhá-la.

Eles são fortes. Cruzam uma Britânia completamente diferente do que ela se recorda agora, porque é estranho pensar em si como uma humana, há lembranças demais de quando deusa que ofuscam completamente seus anos leigos do próprio poder. De quem realmente é.

Ao longe ela vê o castelo de Liones e os demônios se aproximando. São cinco, três cinzas e dois vermelhos.

Os cavaleiros sagrados do reino estão fazendo um bom trabalho em retardar a entrada deles, mas não é o suficiente. Nunca seria e ela se sente feliz de ter acordado seus poderes.

– Eles são meus – é um pedido irredutível e Meliodas apenas acena, parte sua está com medo do que aqueles humanos acharão daquele ser estranho.

My Demon - A reencarnação da deusa.Onde histórias criam vida. Descubra agora