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Manu

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Manu

Pode se passar anos, e eu acho que nunca vou conseguir aprender a dizer Eu te amo outra vez. Meu relacionamento com Gabriel foi doentio, e abusivo, e agora ele estava morto. Talvez algo dentro de mim sentia medo de algo acontecer igual com o Thiago. Não sei. Olho me no espelho, eu estava com um olhar feliz, mas tudo dentro de mim gritava confusão.

— Tá tudo bem?.- escuto a batida na porta e a pergunta. Respiro fundo, abaixando me para lavar meu rosto. Pego um roupão que estava pendurado e me visto. Abro a porta, olhando o.- Você tá me assustando.

— Eu só preciso de um tempo para entender o que está acontecendo. Ok?.- ele assente. O abraço. Estava tudo indo bem, Eu não queria que nada estragasse. Fecho meus olhos. '' Meu celular começar a vibrar. Procuro ele pelo quarto, encontrando o no meio das cobertas. Atendo.- Oi?.

Número desconhecido.

—'' Eu te acho linda.''- olho para o lado, encarando Gabriel, que me olhava como um predador se sentindo ameaçado.

— Quem era?.

— Anônimo. Me chamou de linda. Deve ser algum fã.- Jogo o celular na cama.- O que quer jantar?.

— Eu quero que pare de mentir pra mim.- levanto o olhar pra ele.- Você foi para o Japão, e acha mesmo que acreditei que você não fez nada lá?. Que aquele cara do seu time não é estranho?. EU VI VOCÊ OLHANDO PRA ELE MANUELA.

Que porra é essa?. Penso.

— Do que está falando Gabriel?.- respiro fundo, tentando manter a paciência.- Você sabe que eu tenho duas viagens marcadas, a próxima é em dezembro. Você tem que parar com esse ciúmes doentio.

— Você tem que parar de ser uma vadia!.- ele se aproxima de mim, agarrando o meu braço. Tento me soltar, mas ele é mais forte. Mais rápido. Sou jogada na cama, não consigo reagir. Era a primeira vez que ele ficava daquela forma.- Eu sei dos seus fetiches Manuela.

— Me deixa em paz. Me deixa ir embora.- sinto meus olhos encherem. Eu estava em pânico.

— Olha... Nós podemos superar isso.- ele segura o meu rosto, fazendo me encará-lo.- Diga que me ama. E tudo ficará bem.

Eu não podia. Porque não o amava.

— Eu vou embora.- sinto a lágrima escorrer. Aproveito sua distração, e saio correndo da cama. Chego a porta atravessando a. As escadas estavam perto. O seu apartamento não era grande, porém era dois andares. Gabriel havia comprado o a pouco tempo. Deus, eu precisava sair dali.
No desespero, eu acabo caindo da escada, indo parar perto da mesa de jantar. E vejo ele vindo. Porra, minha cabeça doía.

— Você é uma infeliz, Manuela. Ninguém nunca será capaz de te amar. Seus pais não gostam de você. Eles te detestam. Ninguém tem orgulho de você. Nem você se ama. É por isso que você gosta de apanhar na cama, é por isso que você gosta de tudo que eu faço com você.- nego com a cabeça enquanto ele se aproximava devagar. Vou me rastejando pelo chão.- VOCÊ NUNCA TEVE NADA. EU SEMPRE FUI A ÚNICA COISA QUE CONSEGUIU TE AMAR.

— PARA COM ISSO!.- reúno forças e me levanto. Começo a chorar. Ele sabe onde dói. Esse é o problema de amar alguém, ou confiar, a pessoa sempre vai tocar onde você mostrou que era fraco.
Ando rápido até a porta principal, mas seu puxão me faz parar. Viro me pra ele.

— Eu te amo Manu. E somente eu, posso te dar isso. Você sabe.- ele tenta me beijar.

— Seu doente.- dou um tapa na cara dele, puxando o objeto decorativo da mesa e jogando nele.- EU NÃO TE AMO. EU NUNCA TE AMEI E NUNCA VOU AMAR. EU ESTOU PRESA NESSA RELAÇÃO PELO SEU JEITO ABUSIVO, MAS AGORA ACABOU. EU VOU EMBORA, E VOCÊ VAI FICAR LONGE DE MIM.

— Filha da puta.- ele vem novamente, mas eu saio mais rápido, correndo para o elevador. Fico atordoada olhando para trás e entro nas escadas, começando a descer rapidamente.

Isso era um pesadelo, e naquele momento eu percebi que amar alguém exigia mais do que seu sentimento, exigia sua coragem e sua exposição, algo que estava machucado pra sempre dentro de mim. ''

— Manuela!.- abro os olhos rápido, me sentando na cama rapidamente. Olho para Thiago que segurava um copo de água gelada.- Você desmaiou. Qual foi a última vez que comeu?.

— Bom...eu vim sem comer pra cá.- esfrego a testa.- Obrigada.- pego o copo de água, bebendo um belo gole.- Acho que preciso comer.

— Você estava estranha. Parecia que estava sonhando.- Um pesadelo. Penso.- Vem, vamos jantar.- ele estende a mão para mim, e nesse gesto eu sinto meu coração acelerar. Thiago me machucaria?.

— Você está chateado comigo?.

—Por você não me responder?. Tudo bem Manu. Eu entendo. Não são todos que conseguem se expressar de maneira tão...livre. Só quero que seja sincera e me conte caso não querer estar aqui.- me levanto devagar, ainda me sentindo tonta.

— Sem dúvidas, você é o melhor de todos.- ele abre um sorriso, abaixando o olhar e olhando pro chão. Oh, temos um coração quebrado também.- Ei...

— Eu vou te esperar. O tempo que for preciso.-ele se aproxima de mim, segurando no meu rosto. Ele acaricia com as pontas do dedo.

Eu o amava.

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