16

1.5K 50 3
                                    

MANU

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

MANU

Eu combinava uma calça flare azul com meus saltos finos preto. Meu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo, e minha camisa era branca sem detalhes. As vezes a vida me cobra um social. Nesse caso, era a delegacia de homicídios. O caso do Gabriel voltou com força na mão dos policiais, uma testemunha anônima acusou Thiago de estar envolvido. E me recordando de determinadas coisas, por um momento, eu também achei. Mas, não fazia sentido. As mensagens que eu enviei na noite da sua morte foram terríveis. Eu desejei sua morte. E eu o queria morto.

— Manuela.- o policial forte e ruivo me chamou, provavelmente era investigador. Sua sala não era muito diferente do que eu via nos filmes, papéis acumulados, uma garrafa de água na mesa e um computador antigo. O cheiro da sua sala se misturava com uma colônia masculina e chá. Muito chá. Aquele homem deveria trabalhar muito pra ter uma cara daquela.- Então, sua acessoria disse que você tem uma agenda muito apertada. Obrigado por vir aqui.

— Sem problemas. Eu não estava fazendo nada mesmo.- dou de ombros, cruzando as pernas. Percebo que seu olhar acompanha meu movimento. Ok, isso me incomodou.

— Enfim. Eu quero ir direto ao ponto. Você tinha motivos para querer Gabriel morto. Por que?.- encaro o, aquele era o momento que eu seria julgada como a ex louca?.

— Tivemos uma relação difícil. Ele era muito abusivo, me agredia. Verbalmente e fisicamente.- suspiro, enxugando a mão suada na coxa.- Eu tinha raiva dele.

— E por que não denunciou?.

— Eu denunciei, mas não tenho culpa de que a justiça é facilmente comprada. Gabriel tinha muito dinheiro. O caso foi abafado.- rebato. Ele estava tentando jogar a culpa em mim.

— Seu atual namorado...- sinto meu corpo apitar.- Thiago. Ele estava muito nervoso quando veio depor.- esse policial, Ramirez, estava tentando me fazer confessar algo que nenhum dos dois fizeram.

— Thiago não é meu atual namorado, só estamos nos conhecendo.- minto.- O que você realmente quer saber?.

— Você matou o Gabriel?.

Respira. Respira. Mesmo que sua história tenha sido conturbada, você não o fez. Você não o matou. E ninguém acreditou em você quando pediu ajuda.

— Não. Eu não matei.

— Certo. Pode ir então, quando avançarmos na investigação, a gente chama vocês novamente.

Levanto me rapidamente da cadeira, saindo daquela sala abafada. Procuro a saída caminhando em passos largos, observando o carro do Thiago estacionado me esperando. Caia uma garoa fina. Entro dentro do Civic cinza, puxando o cinto. Olho pra ele.

— Você fez algo pro Gabriel?.- ele me olha com as sobrancelhas unidas.- Porque se você fez, você vai ter que contar. Esses policiais não vão deixar barato.

— Eu não fiz, Manu. Eu não conheço quem fez. Não posso contar. Como vão acreditar em mim?.- assinto.- Eu preciso ir treinar. Tem certeza que vai ficar bem sozinha?.

— Eu vou. Não precisa se preocupar. Só vamos pra casa.- respiro fundo. Aquele pesadelo estava longe de acabar.

Thiago

Eu achava que seria fácil seguir em frente após o ocorrido. Meses se passaram e só agora vieram atrás de nós. Justo quando eu estou tentando conquistar uma certa morena difícil.
O dia foi extremamente corrido e exaustivo, não a vi durante a tarde, e quando a noite caiu e eu entrei em casa, eu só queria dormir. Mas um cheiro delicioso de algo assando me chamou a atenção correndo pra cozinha. Manu estava vestida com uma camisola, os cabelos em coque. Tento decifrar o que era aquilo.

— Oi!.- sorriu, vindo em minha direção.- Eu fiz beringela com queijo pra nós.

Faço uma careta. E ela rebate fechando a cara.

— Você sabe que eu não sou vegetariano, Manu.- penso seriamente em comer um hambúrguer suculento. Só bastava ir até o congelador e colocar pra fritar.

— Thiago, você está influenciando as mortes dos bichinhos. Além do mais, você nem experimentou.- dito isso, ela pega a bandeja decorada com algumas ervas em cima e coloca na bancada. Respiro fundo, Deus me desse força. Ela corta um pedaço e fica na expectativa quando eu levo a boca.- E então?.

Horrível. Eu detesto coisas assim.

— Uma delícia.- mastigo várias vezes, engolindo na força do ódio. Sorrio, roubando um selinho dela.

— Então senta aí e vamos jantar comigo.

— NÃO.- acabo gritando. Ela me olha.- Eu preciso de um banho primeiro.- e de carne.

— Tudo bem então...-Manu me olha desconfiada.-Vou te esperar na sala.

Subo para o meu quarto, pensando sobre tudo que estava acontecendo. Eu deveria contar a polícia o que sabia?. Como é possível uma cabeça acumular tantas coisas?. O banho parecia não estar relaxando, minhas mãos estava apoiadas na parede gelada do box, enquanto a água caia sobre minhas costas. Se Manuela me visse gastando água, ia dar uns berro comigo. Mas, é como um toque suave, um beijo tranquilo, quando sinto sua mão no meu peitoral. Respiro fundo, deixando aquela tensão ir embora. Seus beijos vão ganhando caminho nas minhas costas. Oh porra, eu já estava duro.

— O que está fazendo?.- pergunto, tombando a cabeça pra trás quando ela envolve meu membro na sua mão. Meu pau já estava contente pensando em tudo que queríamos fazer naquela boceta.

— Te relaxando.- responde, uma maneira fofa. Deixo me relaxar pelo seu toque rápido. Que delícia. Não escondo os gemidos, eu precisava dela.- Eu amo você.

O quê?.

Viro meu corpo, abrindo meus olhos e a encarando. Ficamos um tempo nos olhando.

— Não vai dizer nada?.- ela abre um sorriso nervoso, mostrando os dentes alinhados.

— Vou... É que... Fui pego de surpresa. Do nada assim?.

— Você detestou a beringela, mas mesmo assim disse que estava uma delícia.- ela me olha curiosa.- Acredito que amar é ter determinadas coisas que você não gosta, mas mesmo assim respeitar.

— Ual. Quem é você e o que fez com a Manu?.- coloco minhas mãos na sua cintura. Sorrindo.- Isso me deixou com um tesão do caralho.

— É?.- ela se abaixa, ajoelhando se. Que visão do paraíso. Lambe minha coxa, subindo depravada pro meu pau animado.- E o que vai fazer a respeito?.

×S E X P R I V E ×Onde histórias criam vida. Descubra agora