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THIAGO
Uma semana depois
Uma semana sem ouvir sua risada e sua reclamação da minha personalidade. Hoje eu resolvi ligar por Skype e vê-la melhor. Tudo bem que nossa relação a distância estava melhor do que pessoalmente, e eu nem sei se ela tinha visto, mas eu desisti de ir quando recebi uma contraproposta da Pain. Eu fiquei. E ela está na Coreia, de férias. Porra, eu sinto saudades da minha Manu. Fizemos muita merda, a gente sabe, mas, ela ainda era minha jogadora preferida. E eu sentia saudade dela.
— Oi..- ela atende, vestia um moletom amarelo, ridículo, diga se de passagem. A cara estava abatida e o cabelo em um coque. Seu olhar encontra o meu e eu tenho vontade de beijar a tela.- Fiquei feliz que você ficou.
— Isso é uma maneira de dizer que sente saudades minha, Manu?. Ou que queria que eu ficasse?.- a provoco, espero seu olhar bravo e seu xingo, mas ele não vem. Ao contrário, ela me surpreende.
— Sim.
Ok. Eu não esperava por isso, o que fizeram com a minha Manu?.
— Como seu pai está?.-pergunto, mexendo no movimento da minha cadeira, enquanto segurava uma xícara de chá. Estava um pouco frio em São Paulo.
— Melhor. Os médicos acreditam que ele vai ficar bem, mas o tempo aqui é diferente, é uma tortura ver ele e minha mãe se despedindo o tempo todo.- Então era isso.- Quero voltar logo pra casa.
— Eu adotei um gato.- solto a informação e ela abre um sorriso. Dou risada também. Eu estava tentando a fazer se sentir melhor.- O nome dele é Bartoz.
— Eu adorei. Deixa eu ver ele.- deixo a xícara sobre a mesa e pego o Bartoz que estava se aninhando na minha perna. Acaricio ele, mostrando pra ela.- Que lindo. Estou ansiosa para conhecê-lo.
— Isso quer dizer que você vai passar no meu apartamento quando voltar?.- diga que sim.
— Sim. Precisamos nos resolver.
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Eu nunca me senti tão ansioso em toda minha vida. Após três semanas na Coreia, Manu voltou, e eu fui buscá-la no aeroporto. Nosso abraço foi tão bom, mas os nossos planos para a noite estava apenas começando. Demorei muito tempo pra acreditar que eu gostava dela, mas agora, eu queria aproveitar esse sentimento.
Havíamos combinado dela jantar na minha casa. Eu não sabia cozinhar, mas sabia mexer no ifood. Eu sei, não é muito honesto, mas eu não tinha o que fazer, era isso ou miojo enlatado.
— Bartoz, vamos com calma ok.
O gato continua me olhando, como se quisesse entender, na verdade nem eu sabia o que estava acontecendo comigo. Bom, mas logo ela ia chegar, eu estava vestido com uma camisa do goku preta, calça jeans e tênis. Meu cabelo estava penteado, e eu tinha colocado o colar que ela tinha me dado no amigo secreto a anos atrás. Nunca joguei fora. Queria que Manu entendesse que eu realmente estava construindo essa história. Agora só faltava ela dizer sim. E enquanto penso isso, giro a caixinha no meu bolso entre meus dedos, encarando a porta fixamente.
