Um Amor Em Tóquio

Problema Atrai Problema

—𝘕𝘰́𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘷𝘢𝘮𝘰𝘴, 𝘢𝘱𝘦𝘯𝘢𝘴 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘷𝘢𝘪...

19/02/2006

Não tive muito tempo para organizar tudo o que eu pretendia levar nessa viagem repentina, aposto que estão curiosos para onde estou indo não é?

Nesse exato momento estou em um avião lotado, na classe econômica a 24 horas de Tóquio.

Isso mesmo, meu pai reside atualmente no Japão, eu não o vejo a anos, depois que ele e minha mãe terminaram, ele continuava a mandar cartões de natal e aniversário todos os anos

Até que um dia não recebemos mais nenhum cartão.

espero que ele saiba quem sou eu e que estou indo para lá.

20/02/2006

Achei que nunca chegaria aqui, já não suportava mas uma senhora no qual me contava milhões de coisas sobre algo que ela lia no jornal.

Eu tentei entender, não me julguem, ela era fofa, mas eu não sei falar japonês.

Depois de descer do avião, já era quase noite, e peguei o metrô lotado de pessoas com roupas sociais e algumas de uniformes e mochilas.

Agora ao menos já sei que é um péssimo horário para se pegar um metrô.

Atravessei toda a cidade sozinha procurando pelo endereço que minha mãe havia escrito em um papel onde atrás aviam algumas anotações.

Leite, farinha, frango, batatas, brócolis...

Isso é uma lista de compras do mês passado? Ela nem se deu ao trabalho de procurar um lugar decente para anota.

—𝘥𝘦𝘷𝘦 𝘴𝘦𝘳 𝘢𝘲𝘶𝘪

Murmuro olhando para o número da casa e crio coragem para bater na porta

Batei na porta uma, duas, três vezes... onde ele está?!

Após uma longa insistência, logo a porta se abre, e ele sai dali, eu não o via a anos, mas ele ainda tinha a mesma fisionomia desde a última vez que o vi.

—𝘚/𝘕! 𝘈𝘤𝘩𝘦𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘳𝘪𝘢 𝘤𝘩𝘦𝘨𝘢𝘳 𝘯𝘰 𝘥𝘪𝘢 𝘷𝘪𝘯𝘵𝘦 —disse ele com um olhar confuso.

—𝘏𝘰𝘫𝘦 𝘦́ 𝘷𝘪𝘯𝘵𝘦.

Esse foi o motivo da minha mãe mandar meu pai embora, ele não tinha nenhum compromisso com extremamente nada, e ele ainda não aprendeu sobre isso

—𝘊𝘦𝘳𝘵𝘰. 𝘚𝘰́ 𝘶𝘮 𝘮𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰.

Ouço ele dialogar com alguém, e logo uma mulher que parecia beirar os 25 anos saiu pela porta, vestindo seu casaco e murmurando algo na língua no qual eu não entendia.

Prostitutas? Fala sério pai

—𝘌𝘯𝘵𝘳𝘦 𝘚/𝘕

Ele abri passagem pela porta e entro no pequeno ambiente que cheirava a perfume barato e a algum tempero que eu não sabia o nome.

—𝘖𝘯𝘥𝘦 𝘦𝘶 𝘷𝘰𝘶 𝘥𝘰𝘳𝘮𝘪𝘳?

Perguntei após uma procura fracassada por um quarto

—𝘖𝘭𝘩𝘢 𝘚/𝘕, 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘴𝘢𝘣𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘶𝘢 𝘮𝘢̃𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘵𝘦𝘷𝘦 𝘦𝘴𝘤𝘰𝘭𝘩𝘢 𝘢𝘰 𝘵𝘦 𝘮𝘢𝘯𝘥𝘢𝘳 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘤𝘢́, 𝘦́ 𝘢 𝘶́𝘯𝘪𝘤𝘢 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢 𝘥𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘴𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢𝘳, 𝘴𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘷𝘢𝘪 𝘢𝘤𝘢𝘣𝘢𝘳 𝘢𝘵𝘳𝘢́𝘴 𝘥𝘢𝘴 𝘨𝘳𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘦𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘱𝘳𝘪𝘴𝘢̃𝘰 𝘧𝘦𝘮𝘪𝘯𝘪𝘯𝘢 𝘪𝘮𝘶𝘯𝘥𝘢.