Um Amor Em Tóquio

Pensamentos

Vim com um capítulo bem curtinho, por que sei que vocês estavam morreendo de saudades, e peço desculpas pela demora de atualizar, eu estava em um bloqueio de escritora, mas agora pretendo voltar a postar sempre que o possível para vocês! Aproveitem que em breve volto com atualizações para vocês.

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Algumas semanas se passaram após aquele dia, nenhum de ambos tocava no assunto sobre o beijo, acho que nós queríamos apenas esquecer aquilo.

Ou talvez só eu quisesse...

Eu havia acabado de sair da escola, cruzando o portão, quando observo aquela silhueta familiar em meio a multidão, com seu Rx7, era fácil de reconhecer Han Lue.

—O que está fazendo aqui? Eu posso ir embora sozinha, meu carro está na rua ao lado.

Ele me olhava sem qualquer expressão, o que me fazia gaguejar as vezes.

—Precisamos conversar, é um assunto sério.

Odeio quando Han é misterioso, eu odeio surpresas, desde pequena não suporto ter que esperar.

—Então diga.

Olhei para ele, ansiosa por sua resposta, que não foi exatamente como a esperada.

—Aqui não, entra no carro, vamos a um lugar sem tantas pessoas.

Já impaciente, entrei no carro e coloquei o cinto de segurança, à espera dele fazer o mesmo.

O caminho todo ao tal local secreto foi em silêncio, apenas o rádio tagarelava alguma notícia em japonês que eu não entendia, eu estava ansiosa e curiosa.

Ele estacionou o carro em frente a uma loja de roupas em um edifício no centro da cidade.

—Iremos comprar roupas ou conversar? —Perguntei confusa.

—Vamos lá em cima —Argumentou ele apontando para a ponta do alto prédio.

Subimos uma parte de elevador, mas o resto do caminho até o topo, poderia ser apenas em uma longa escadaria, mas valia o esforço, quando chegamos lá em cima, a visão era maravilhosa, um belo por do sol com as luzes da cidade se acendendo.

—Vejo que gostou da vista, aqui é meu lugar favorito para refletir sobre tudo. —Dizia ele melancólico, enquanto de apoiava na grade no beiral do prédio.

—Sobre tudo o que exatamente? —Falei o olhando, e logo o mesmo me retribuiu o olhar.

—Penso muito sobre meu antigo país, e pessoas antigas... Nada tão importante.

—O que veio fazer Tokyo afinal? Se aqui não é sua casa, por que não volta?

—Por que ainda quero saber o que vamos fazer sobre nós. —Disse ele ainda se mantendo firme, ambos não pensavam em quebrar o contato visual, estar ali era confortável para ambos.

—Nós? O que você quer dizer com isso? —Eu queria ter certeza daquilo.

Ele então ficou calado, apenas me observando.

Repentinamente ele ergueu sua mão, passando a ponta de seu dedão por meu lábio inferior, me fazendo respirar fundo para manter a calma.

—Por que fingiu que aquilo nunca aconteceu? Tratou como se não fosse nada. —Perguntou ele quebrando o contato visual para se apoiar sobre a grade normalmente enquanto admirava a cidade.

—Achei que não significava nada para você, que para você havia sido um simplesmente beijo e nada além. —Dei um passo atrás. —E mesmo que eu me importasse, que diferença isso faria a você?

—Faria toda a diferença, afinal, eu me importei muito.

Meu coração se acelerou, eu estava sem reação, ele estava tentando brincar com meus sentimentos?

—Han eu acho que não podemos... somos bem diferentes e... —Ele me cortou, não me deixando terminar a frase.

—Não podemos? Ou tem medo de se apaixonar?

Agora eu tinha certeza, aquele sentimento em meu coração a semanas, que me deixava confusa todas as noites, era paixão, eu gostava do Han, isso era fato.

—Han mas eu acho que... —Novamente ele me interrompeu, puxando minha cintura para perto dele.

—Acho que você deveria ficar quieta.

Por conta da distância entre nós, não foi difícil de Han iniciar um beijo, e eu cedi, estava totalmente entregue ao beijo, ele me beijava com certa delicadeza mas ao mesmo tempo conseguia fazer com que o clima esquentasse, vez ou outra ele deslizava suas mãos, descendo até minhas nadegas e as apalpando em meio ao beijo.

Eu não tenho vergonha de admitir, estou perdidamente apaixonada por Han Lue, e é recíproco.