𝒍𝒐𝒏𝒆𝒍𝒚 𝒑𝒂𝒓𝒊𝒔 𝒔𝒕𝒓𝒆𝒆𝒕𝒔

2.9K 156 6
                                    

p.o.v narrador

Paris sempre teve o dom de cativar corações, com seu charme único e atmosfera romântica. Desde cedo, Amanda se encantou pelas imagens das modelos desfilando na TV, com suas roupas elegantes e sofisticadas. Aquele mundo mágico de moda sempre exerceu um fascínio sobre ela. Era seu maior sonho: se formar, estudar francês e moda na cidade do amor. Amanda aspirava a se tornar uma grande estilista, reconhecida por suas criações, e dar orgulho aos seus pais. Desejava que suas peças cruzassem fronteiras e fossem admiradas em todo o mundo. Agora, aos 22 anos, depois de enfrentar a dor da perda de sua mãe, decidiu que era hora de seguir seu sonho. Fazer a faculdade em Paris seria uma maneira de amenizar a tristeza, de encontrar um novo começo.

Naquele dia, Amanda despertou em seu pequeno e aconchegante apartamento. Por sorte, havia conseguido comprar um imóvel com uma vista privilegiada: a Torre Eiffel estava bem ali, na frente de sua janela. Um luxo que muitos sonhavam, mas poucos conseguiam. O sol da manhã entrava suavemente pelo vidro, acariciando seus pés cobertos pela manta. Quando o despertador tocou, ela abriu os olhos lentamente, ainda envolta em sonolência. Com um movimento preguiçoso, desligou o alarme e se levantou, alongando os braços para espantar o restante do sono.

A jovem se dirigiu ao banheiro para tomar seu banho matinal. O prédio onde morava era antigo, e a água, nas primeiras horas do dia, costumava não ser tão quente. Mas Amanda não se importava; na verdade, gostava daquela sensação revigorante que a água fria proporcionava, ajudando-a a despertar completamente. Após o banho, vestiu-se com cuidado: um pulôver aconchegante sobre uma blusa branca básica, uma calça cinza elegante, e nos pés, seu fiel par de All Stars marrons. Preparou sua bolsa, certificando-se de que tinha tudo que precisava para o dia na faculdade. Então, saiu de casa, sentindo o frescor da manhã em seu rosto, enquanto caminhava pelas charmosas ruas de Paris.

A apenas algumas quadras de seu apartamento, encontrava-se seu café favorito: o "Café de Flore". Era ali que Amanda gostava de começar suas manhãs, envolta no aroma de café fresco e croissants recém-assados. Por sorte, o café ficava na mesma rua de sua casa, o que tornava o trajeto ainda mais agradável. Ao entrar, foi recebida com um sorriso familiar.

— Bonjour, Mme Moreau! Je voudrais un café pur avec de la crème fouettée et un croissant farci de cette sauce aux fraises, s'il vous plaît — pediu Amanda, seu francês ainda com um leve sotaque, mas já bastante fluente para quem estava em Paris há apenas quatro meses. (Bom dia, Senhora Moreau! Eu gostaria de um café puro com chantilly e um croissant recheado com aquela calda de morango, por favor.)

A senhora Moreau, a proprietária do café, era uma senhora amável que, desde o primeiro dia, acolhera Amanda como se fosse de casa. Em poucos meses, haviam criado um laço de amizade genuíno. A senhora Moreau sempre atendia Amanda pela manhã e, mesmo com a correria dos dias de semana, quando o café estava mais tranquilo, reservava um tempo para conversar com a jovem.

— Bonjour, ma chère! C'est pour le moment — respondeu a senhora Moreau, com seu típico sorriso caloroso. (Bom dia, querida! É para já.) — Comment avez-vous passé cette nuit? (Como você passou a noite?)

— J'ai passé la nuit très bien, en effet! J'ai fini de lire Orgueil et Préjugés hier, donc j'ai fini par rêver de Lizzie et Darcy — disse Amanda, animada, enquanto seus olhos brilhavam ao lembrar da leitura. (Eu passei a noite muito bem, de fato! Terminei de ler Orgulho e Preconceito ontem, então acabei sonhando com Lizzie e Darcy.) — Et tu allais bien? (E você, ficou bem?)

— Oui, oui! Mais tu dois me parler d'Orgueil et Préjugés. Je suis trop paresseuse pour lire des livres — confessou a senhora Moreau, com uma risada leve. (Sim, sim! Mas você precisa me contar sobre Orgulho e Preconceito. Tenho muita preguiça de ler livros.) — Voici, ma chère. Bonnes études! (Aqui está, querida. Bons estudos!)

Amanda sorriu, pegando o copo de café e o croissant recheado com cuidado. Agradeceu com um gesto de cabeça antes de responder:

— Vous savez que vous devez arrêter de dire cela. Apprécier les livres est l'une des meilleures choses qui soit! Merci, Mme Moreau, bonne journée! (Você sabe que precisa deixar essa preguiça de lado. Desfrutar de livros é uma das melhores coisas que existem! Obrigada, Sra. Moreau, tenha um bom dia!)

Ela saiu do café apressada, com medo de derramar o café, como acontecia quase sempre. Prestando atenção para não tropeçar ou esbarrar em alguém, seu foco estava completamente no copo em suas mãos. Mesmo assim, o destino parecia ter outros planos. Com o olhar fixo no chão, não percebeu quando alguém apareceu em sua frente. O inevitável aconteceu: um esbarrão, e lá se foi o café, espalhando-se no chão, enquanto Amanda soltava um suspiro frustrado. Parecia que derramar café estava se tornando uma tradição matinal para ela.

desculpem pelo cap curto:(

*

*

*

*

continua<3...

Juste toi et moi (só eu e você) - Tchalamet  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora