𝒓𝒆𝒔𝒊𝒍𝒊𝒆𝒏𝒄𝒆

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p.o.v. narrador

Acordei em meu sofá, lembrando do dia anterior. Sinto-me nova, como se tivesse libertado minha mãe e a mim mesma do luto. Espero que, em qualquer lugar que ela esteja, sinta orgulho de mim. Deixar o mar levar as cinzas foi muito importante. Honrando sua memória, estou, pela primeira vez em seis meses, me sentindo leve, sem a pressão que me acompanhava.

Levanto do sofá, me visto e vou ao Café de Flore para o de sempre. Converso com Mme Moreau sobre tudo o que aconteceu nos últimos dias. Enquanto falamos, meu pensamento se desvia para Timothée. Só de pensar nele, sinto como se várias borboletas voassem dentro de mim. Acho que nunca havia sentido isso antes; estava presa em meus pensamentos, mas agora eu realmente sei. Faz mais de três semanas que nos conhecemos, e ele não sai da minha cabeça. Só pode ser amor.

Lembro do que Pierre, um amigo próximo dele, falou. Será que Timothée nunca havia gostado de alguém assim antes? Ele me traz tanta segurança. Quero conversar com ele, quero abraçá-lo, quero enchê-lo de beijos. Meu Deus.

Com um sorriso no rosto, pego meu celular e abro o contato "timmyS2". Sinto meu coração acelerar enquanto aperto lentamente o botão de ligação.

p.o.v. thimothée

estou no banho, a agua quente cai sobre meus olhos, escuto uma ligação vindo de meu telefone que estava no balcão da pia, eu não vou atender, poxa eu estou no banho um momento só meu, decido apenas ver quem está ligando, esfrego uma parte do box tirando um pouco das goticulas de agua e olho para o celular na bancada da pia, ta de brincadeira, podia ser qualquer um mais a amanda, desligo o chuveiro e vou correndo para a bancada, pego o celular e atendo rapidamente, "nanda?" falo, "timmy! como você ta?", ela fala e fico confuso, parece mais espontânea e mais animada que os outros dias, "eu estou muito bem, vejo que você parece também pelo tom de voz", respondo,"ah sim, eu finalmente consegui me despedir das cinzas da minha mãe, me sinto nova, e 100 vezes melhor" ela fala rindo, fofa, "100 vezes melhor mas acha que precisa de terapia ainda?", pergunto, "olha, sinceramente, a doutora falou que eu precisava me libertar e libertar minha mãe, e foi exatamente oque eu fiz, e ela estava estava certa, era a unica coisa que eu precisava!", ela fala, eu rio com seu jeitinho, "você ta fazendo oque agora?", ela pergunta, eu arregalho os olhos,"ah eu? tô vendo tv só isso, porque?", minto, obviamente, "a gente podia sair agora ne, eu to sem nada para fazer também", ela fala e eu penso em algum lugar, já sei,"tem um gelato muito bom ai perto do seu prédio, fica aí que eu te busco ta?", falo, "to aqui no café de flore, vem para cá que eu te espero", diz ela, nós nos despedimos e eu volto rapidamente para o banho, será que agora vai dar certo? eu a amo, faria de tudo por ela, já tenho certeza, me visto e entro no carro indo buscar ela, que quando ve meu carro de dentro da cafeteria abre um sorriso e vem correndo para o carro, ela é a garota mais linda que eu já

—eai?—ela fala e me da um beijinho rapido na bochecha

—bonjour para você tambem, dormiu bem?—perguntei em quanto dirijo e ela escreve alguma coisa em seu caderno

—nu, demais, melhor sono da minha vida, e você?—ela pergunta dirigindo seu olhar a mim

—dormi vendo crepúsculo exquece—falei, ela me olha com uma cara de traida e eu rio

—nossa mas nem chama, mal educado—ela fala em quanto faz alguma coisa em seu caderno

—oque você ta fazendo?—pergunto

—desenhando peças ue

—uau, posso ver

—claro que sim— ela fala me mostrando sua nova peça, um vestido verde longo maravilhoso

—caramba amanda, que coisa linda, igual você—deixo escapar a ultima frase, mas não ligo, quero que ela saiba que quero ela

—gratuito , tabom se é assim que você quer, tudo oque eu quero é você—ela fala lentamente, eu assusto, de uma forma boa claro, mas ouvir aquilo da boca dela foi maravilhoso

—não fala assim se não eu bato o carro

—thimothée, à la voiture et embrasse-moi bientôt s'il te plaît (pare o carro e me beija logo)—ela falou de repente, com um tom de agonia na voz, como se estivesse desesperada, eu a olho e estaciono em uma vaga perto dali

—a unica coisa que eu queria era ter um momento só eu e você denovo—eu falo em quanto pego em queixo a aproximando de meu rosto—eu te amo amanda

—eu te amo—finalmente encostamos nossos lábios, uma sensação que nenhum de nós vai poder esquecer, escutamos pingos caindo no painel do carro, chuva—bora dançar na chuva?—ela fala em quanto nossas testas estão encostadas

—vamo—eu respondo dando um beijo em sua testa, descemos do carro e nos abraçamos e apenas curtimos o momento

—vamo—eu respondo dando um beijo em sua testa, descemos do carro e nos abraçamos e apenas curtimos o momento

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continua<3...

Juste toi et moi (só eu e você) - Tchalamet  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora