𝒓𝒂𝒊𝒏𝒚 𝒅𝒂𝒚 𝒊𝒏 𝒑𝒂𝒓𝒊𝒔

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p.o.v. narrador

Amanda chegou em casa depois de um longo dia de estudos. Ela estava exausta, mas os pensamentos sobre seu encontro com Timothée a mantiveram acordada e animada. Era como se a expectativa desse encontro fosse a sua motivação para não cair no sono em cima dos livros. Tudo parecia estar se encaixando na sua vida: sua carreira de estilista estava decolando, ela estava conhecendo alguém especial, e finalmente, começava a encontrar conforto em Paris, como sempre sonhou.

Depois de entrar em casa, Amanda foi direto para a cozinha. Pegou uma jarra de suco de laranja da geladeira e encheu um copo até a borda, saciando sua garganta seca. Em seguida, se jogou no sofá e colocou sua série favorita, Anne with an E. Ainda eram 6:30 da tarde, então ela tinha um bom tempo para relaxar. Porém, o cansaço a venceu, e logo ela adormeceu no pequeno sofá do seu apartamento.

Quando acordou, a sala estava escura. A cortina, dançando ao som do vento que entrava pela janela aberta, avisava que uma tempestade se aproximava. Amanda, ainda meio grogue, olhou para o relógio no celular. 8:27 da noite. Um pânico tomou conta dela.

P.O.V. Amanda

"Meu Deus, como eu pude esquecer?!" Eu estava completamente perdida no tempo. Já era noite e eu tinha dormido por mais de duas horas. O encontro! Só me restavam 30 minutos para tomar banho e me arrumar. Corri para o banheiro, tomando uma ducha gelada. Não tinha tempo para esperar a água esquentar. Lavei meu cabelo o mais rápido possível, ensaboando meu corpo quase que voando. Saí do box em um pulo, indo direto para o quarto.

Ainda bem que passei o dia todo pensando em possíveis roupas para usar. Vantagem de uma mente criativa. Escolhi um vestido preto de manga longa, que sempre achei que valorizava minha cintura, e minhas botas favoritas. Esse era o meu look. Peguei o perfume especial que minha mãe me deu, para ocasiões que realmente valem a pena, e borrifei delicadamente nos pulsos, espalhando no pescoço. Conferi o horário no celular: 8:40. Fiz tudo isso em 13 minutos! Quem diria. Mas ainda faltava secar o cabelo e me maquiar.

Peguei o secador e, mesmo apressada, tentei não danificar muito o cabelo

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Peguei o secador e, mesmo apressada, tentei não danificar muito o cabelo. Deixei ele um pouco úmido mesmo, já que faltavam apenas 5 minutos para o Timmy chegar. Fiz um delineado rápido, mas preciso, e apliquei rímel nos cílios. Para finalizar, um batom com o tom perfeito para minha pele. Prontíssima. Sem base, sem pó. Olhei novamente o celular. 9:01. Corri para pegar minha bolsa e desci para a rua.

Ele estava lá, em frente ao meu prédio, me esperando. Timothée vestia uma blusa de gola alta preta, que destacava seu maxilar, e uma calça bege com um tênis All Star. Não poderia ser mais ele.

— Uau, tu es magnifique — disse ele, se aproximando com um sorriso de lado. Eu corei violentamente.

— Merci, tu es magnifique aussi — respondi, enquanto sentia sua mão encostar suavemente nas minhas costas, me causando arrepios. — E cheiroso também.

Ele sorriu timidamente e me ajudou a entrar no carro. Enquanto ele dirigia, observei suas mãos no volante, notando pela primeira vez como eram... sexy? Minha nossa, Amanda, cala a boca! O silêncio no carro era confortável, mas eu não queria deixar tudo assim.

— Então, agora acho que está na hora de você me contar para onde estamos indo — arrisquei.

Ele sorriu, sem tirar os olhos da estrada.

— Tenho certeza de que você vai adorar. É difícil achar lugares onde possamos ficar tranquilos. Talvez eu até tenha exagerado — respondeu ele, misterioso.

Logo percebi onde estávamos: um cais no lago próximo à Torre Eiffel. Meu coração quase parou.

— Meu Deus, Timmy, isso é lindo! — exclamei, surpresa, ao vê-lo sorrir para mim.

— Eu... — ele começou, pegando minhas mãos. Corri de novo. — Sei que nos conhecemos há pouco tempo, mas... senti algo quando te vi. Esquece, estou parecendo um idiota.

— Não está. Isso que você falou significa muito para mim também. Senti uma conexão — me aproximei dele, e mais uma vez, aquele transe. Nossos rostos estavam cada vez mais perto...

— Ei! A canoa está pronta — interrompeu o funcionário do cais, fazendo Timothée coçar a cabeça, frustrado.

Ele me ajudou a entrar na canoa, e em poucos minutos, estávamos jantando à luz de velas, navegando tranquilamente pelo rio. Tudo era tão cinematográfico, que mal parecia real.

— Timmy, minha superiora disse que vai reduzir o tempo da faculdade. Provavelmente, vou sair daqui em um mês — comentei, vendo a surpresa no rosto dele.

— Só isso? Então, você vai voltar logo, né? — a decepção era visível.

— Não exatamente. Quero terminar a faculdade e ver se consigo abrir minha loja aqui. Talvez você até possa me ajudar um pouco... — disse, tímida, vendo um brilho de esperança em seus olhos.

— Farei de tudo para te ajudar — ele respondeu, e eu sorri.

— Talvez você tenha algum amigo importante que possa me ajudar? — sugeri, tentando esconder o nervosismo.

— Eu tenho sim. Vou ver com eles depois — disse ele, me deixando corada. Estávamos realmente parecendo um casal.

— Essa comida está perfeita. De onde é? — perguntei, notando uma hesitação.

— Então... Florence meio que descobriu que eu ia sair com você e apareceu lá em casa com essas comidas. Ela cozinha muito bem, não acha?

Minha boca caiu.

— Eu estou comendo comida da Florence Pugh? Meu Deus, por que você não me disse antes? Estou vivendo um sonho! — respondi, rindo junto com ele.

Continuamos conversando até que uma chuva leve começou a cair, nos forçando a voltar para o cais. Estávamos encharcados e congelando, então corremos de volta para o carro dele.

— Aqui — Timothée me cobriu com seu casaco.

— Mas e você? Vai passar frio? — perguntei, enquanto ele ligava o aquecedor e tirava a blusa molhada, ficando apenas de calça, expondo seu torso. Meu rosto ficou vermelho de novo.

P.O.V. Timothée

Amanda olhava fixamente para meu peitoral. Eu nunca fiquei envergonhado com isso antes, afinal, já fiz filmes onde apareci assim. Mas naquele momento, eu me senti diferente, mais vulnerável. Ela estava ruborizada, o nariz e os lábios avermelhados, e seu cabelo molhado caía sobre seu rosto de forma tão... angelical. Ela era completamente elegante.

— Nossa, você é tão... — comecei a falar, sem conseguir desviar os olhos dela. Amanda pegou minha mão e a colocou em sua coxa. Quando nossos olhares se encontraram, o desejo ficou evidente.

— Não fala mais nada — ela me interrompeu, subindo em cima de mim. E naquele momento, eu soube. Eu a queria. Eu precisava dela, de um jeito que nunca senti antes. E, por Deus, eu realmente precisava.

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continua<3...

Juste toi et moi (só eu e você) - Tchalamet  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora