Seis

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Oi, meus amores! Volteeeei!

Gostaria de agradecer imensamente a todos os comentários, tweets, mensagens e todo o feedback incrível que vocês me mandam.

O último capítulo bateu recorde de comentários e eu tô muito feliz mesmo que vocês estão curtindo tanto.

Esse capítulo tá enorme como sempre, e eu espero que gostem de verdade. Comentem bastante e me contem tudo que vocês estão achando.

Beijo e boa leitura!

*****

-- Ju, é o Felipe! -- Ouvimos a Carla chamar voltando para a sala, e eu me surpreendi ao ver Juliette soltar um suspiro pesado.

Quem quer que fosse esse tal Felipe, pelo visto era alguém que ela não estava animada para ver. Sua expressão denunciava um misto de nervosismo com impaciência, e tive que segurar a minha curiosidade e minha língua para não perguntar nada. 

Afinal, estávamos em termos semi cordiais há apenas vinte minutos, então não queria fazer nada que abalasse isso. Eu ainda nem acreditava que ela tinha vindo atrás de mim. Quando ouvi a porta da varanda abrindo, eu jurava que seria o meu primo. Tudo que eu queria naquele momento era ficar sozinha um pouco para tentar desanuviar meus pensamentos e me estabilizar. 

Chegar aqui e descobrir que era a casa da Juliette foi um choque e tanto. Eu não estava preparada e ainda me sentia com as emoções fragilizadas depois de encontrá-la ontem subitamente na escola, depois de tantos anos. 

Quando saí do elevador e vi seus olhos arregalados em choque, a vontade que eu tinha era de sair correndo e me esconder. Ainda mais com a Carla e a Camilla junto com ela. Eu tinha certeza que elas sabiam tudo que tinha acontecido, e eu definitivamente não estava preparada para tocar nessa ferida. 

Não hoje. Não agora. E com certeza, não com elas.

Agora, vendo a Ju fechar os olhos por um momento depois de responder para a Carla que ela já estava indo, tive vontade de tocá-la, perguntar quem era e o que ele tinha feito para ela estar assim. Mas não o fiz. 

E também não precisei. Juliette me ofereceu um sorriso sem graça e apertou o meu braço, seu polegar passando levemente pela cicatriz. Eu sabia que ela tinha se preocupado com a minha reação há alguns minutos, e o fato dela ter ficado aqui comigo, me distraindo de uma crise de ansiedade iminente, só me mostrou que ela continuava sendo aquela mesma Juliette que eu conheci na faculdade, que era a empatia em forma de gente. 

-- É o meu namorado. -- Ela disse, e eu senti meu mundo cair, sem entender direito o porquê deste sentimento. Claro que ela tinha namorado. Uma mulher linda, maravilhosa, bem sucedida como ela. Óbvio que ela teria alguém. Mas pelo visto, não consegui controlar a minha expressão a tempo, o que fez com que ela me lançasse um olhar curioso. -- Se Deus quiser, vai ser ex muito em breve. 

Ela voluntariou essa informação e eu senti meu rosto corar, principalmente com o calor do seu olhar analisando minha reação. Apenas balancei a cabeça, sem saber o que responder. 

-- Vocês não estão bem? -- Finalmente perguntei após um momento de silêncio. Juliette apenas deu de ombros. 

-- São várias coisas que já vêm acumulando, sabe? A gota d'água pra mim foi como ele reagiu com a questão dos meus sobrinhos. Aí… 

Ela parou de falar quando a campainha tocou. Respirando fundo novamente, ela tocou no meu braço mais uma vez e disse para eu ficar à vontade.

Observei através do vidro da porta quando ela recebeu um homem magro com um chapéu preto e um estilo meio alternativo. Vi também quando ele tentou beijá-la, mas ela virou o rosto, oferecendo a bochecha para ele. Sua expressão me dizia que ele não tinha gostado nada, nada disso, visto que ele aparentemente logo reclamou. 

Meu Abrigo - AU Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora