Sete

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Oi, meus amores! Volteeeei!

Este capítulo hoje é dedicado à minha irmãzinha caçula nesse fandom apobidaWanda (@foraminion no Twitter) que fez aniversário ontem. Dai, você sabe que eu te amo e que você foi um dos grandes presentes que este fandom me deu. Desejo só coisas maravilhosas pra sua vida!

Mais uma vez, gostaria de agradecer o feedback INCRÍVEL de vocês. Sério, vocês são demais e total a razão de eu estar aqui ainda, encarando duas fics ao mesmo tempo.

Espero que gostem deste capítulo. Comentem bastante!

Beijo e boa leitura!

*****

A raiva me consumia de tal forma que meu corpo inteiro vibrava. Como esse ser ousava falar palavras tão cruéis para uma criança que havia acabado de perder a mãe de uma forma tão súbita e traumática? 

Meu Deus, eu queria voar no pescoço dele. Ainda senti a Sarah apertando a minha mão para me acalmar, da mesma forma que ela sempre fez, mas desta vez não surtiu efeito. Quando dei por mim já estava empurrando Felipe na direção da porta. 

-- Que isso, Ju? Tá maluca? -- Ele ainda não tentou argumentar, mas eu não queria ouvir. Se ele ficasse mais um minuto sequer dentro da minha casa, eu não me responsabilizaria pelos meus atos. -- Juliette, para com isso, cara. Eu não falei nada demais. 

-- Nada demais?! A menina acabou de perder a mãe, assassinada pelo pai dela, e você diz que ela ganhou na loteria? Você tá louco?! -- Meu tom de voz subiu e eu respirei fundo, não querendo causar um escândalo ainda maior.

Felipe me olhou com olhos arregalados, como se tivesse acabado de perceber o tamanho da merda que tinha falado. 

-- Pô, Ju, não foi minha intenção... -- Ele começou, mas eu logo lhe interrompi, abrindo a porta. 

-- Não me interessa. Sai daqui. E quer saber, nem precisa voltar. Isso foi a gota d'água pra mim. Vai embora. -- Eu falei com a voz firme e meneei com a cabeça para ele se retirar. 

Ele ainda tentou pegar no meu braço, mas eu me esquivei. 

-- Não faz isso, Juliette. Eu te amo. A gente é tão bom junto, Ju. Por favor. -- Ele implorou, mas eu sacudi a cabeça. 

-- Não tem mais conversa. Tchau, Felipe. 

Eu declarei e fechei a porta, me apoiando na estrutura de madeira por um longo momento. Mantive meus olhos fechados e tentei respirar devagar, tentando controlar a fúria que havia me dominado. 

Precisava ir ver como minha sobrinha estava, mas não sem antes me acalmar. Fiquei ali por alguns minutos ainda, respirando fundo, até sentir que estava mais em controle das minhas emoções. Tomando coragem, fui na cozinha um instante para tomar uma água, antes de ir atrás da Duda. 

Ao chegar na sala, estranhei quando vi Alice sozinha conversando com a Camilla. A menina sentava onde eu e Sarah estávamos antes e não tinha nem sinal da minha sobrinha ou da galega. Franzi a testa, confusa, e a minha amiga encontrou meu olhar, meneando com a cabeça na direção da varanda.

Respirei fundo novamente, tentando me preparar para o que quer que tenha acontecido nesse meio tempo. O luto da Duda parecia que estava vindo em ondas, e o meu medo era que a babaquice que o meu ex-namorado falou para ela tivesse sido um gatilho. Fora que manter as minhas próprias emoções sob controle enquanto a minha sobrinha desabava era um desafio que eu não tinha ideia do quão difícil seria. Meu próprio luto parecia estar engavetado no momento, enquanto eu tentava me adaptar à minha nova realidade e lidar com tudo.

Meu Abrigo - AU Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora