Oito

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Oi, meus amores! Volteeeei!
Agradeço de coração cada mensagem, tweet e feedback. Vocês são maravilhosas demais!
Nem vou me alongar muito porque tá tarde e hoje vocês têm uma verdadeira bíblia pra ler. Quase 11k pra vocês se divertirem, então por favor me mimem muito com comentários? Pufavô?
Beijo e boa leitura!

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Acordei naquela sexta-feira com a Lua lambendo minha mão. Quando abri os olhos, a Golden Retriever estava sentada ao lado da cama, língua de fora, como se estivesse me chamando para algo. 

Notei a claridade entrando no quarto através da cortina clara e dei um pulo da cama. Já estava claro demais para ser cinco e meia da manhã, e o meu celular só confirmou isso quando a luz forte da tela iluminou meu rosto. 

Já passava das seis, e eu estava muito atrasada. 

Levantei correndo e a Lua foi saltitante atrás de mim até o banheiro. Tomei um banho rápido, escovei os dentes e já saí praticamente pronta, encontrando minha cachorra deitada na porta me esperando. 

-- Ô, meu amor, eu sei que você quer ir passear, mas só no fim da tarde, tá? Quando a mamãe voltar. -- Falei para ela, me agachando para ficar na altura dos seus olhos. Lua me deu uma lambida na bochecha, me fazendo rir, e deu meia volta para entrar no meu quarto novamente para se acomodar na sua cama. -- Beijo, neném.  

Acenei para ela e peguei minha mochila atrás da porta, já me dirigindo à sala. O cheiro do café vindo da cozinha estava divino, e eu estranhei que meu primo já estava acordado. 

-- Bom dia, Gilberlandia. -- Cumprimentei, apertando seu ombro carinhosamente. -- Caiu da cama, foi? 

Gil olhou para mim com um olhar de quem estava aprontando. -- Tô chegando agora, na verdade. 

-- Ah, sua bicha safada! E tu tava onde, posso saber? -- Eu perguntei com uma risada, e ele corou. 

-- Tava com meu boy, ué. Na cachorrada. -- Ele respondeu em provocação, e eu franzi o nariz de zoação, servindo uma xícara de café para mim. 

-- Me poupe dos detalhes, por favor. -- Brinquei, e ele deu uma risada estrondosa. -- Aliás, já passou da hora de você apresentar esse boy aí pra gente. Ou é alguém novo? -- Perguntei, tomando um gole de café, sentindo a cafeína finalmente completando o processo de despertar meu corpo. 

-- É novo, mas não é. A gente já ficou antes, no fim do ano passado. Mas aí a gente meio que se reencontrou há umas duas semanas, e aí... 

-- E aí tão se pegando de novo. -- Eu completei por ele, que assentiu animado. -- Bom, mesmo assim, ainda quero saber quem é que tá te deixando todo felizinho assim. 

-- Vamos ver. Vou falar com ele pra ver se ele se anima de fazer alguma coisa amanhã. 

Concordei com a ideia e tomei mais alguns goles do meu café, antes de pegar uma banana e jogar dentro da minha mochila. 

Me despedi do meu primo, dizendo que eu estava hiper atrasada, coloquei comida e água para a Lua, e saí. O trajeto de bicicleta até o Leblon levava em torno de vinte minutos, e era exatamente o tempo que eu tinha para estar dentro da escola para o meu primeiro tempo de hoje com a turma 9C.

Hoje também seria a primeira reunião com os pais das alunas para falar sobre os Jogos Escolares, e eu admitia para mim mesma que estava nervosa. Seria minha primeira vez como técnica em um campeonato no Brasil, e eu realmente esperava poder fazer um bom trabalho. 

Eu sabia que as meninas estavam ansiosas também, e que não seria possível agradar a todas, infelizmente. Eu precisava escolher quem estaria no time principal e só tínhamos onze vagas para uma turma de vinte e cinco alunas.

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