Anos se passam,
A traça corrói seus pertences
Anos passam,
E tudo está diferenteMas você nunca esquece,
O amor que está dentro de ti
Mas você nunca esquece,
O nome de sua paixão- Lady Scarlett (a xonada)
☯
Uma mulher andava pelas ruas vazias de Paris. Ela mancava muito. Usava um moletom com capuz, que escondia seu real rosto. Era em torno das meio dia, estava absolutamente sozinha, ou era o que parecia. "Será que ali aceita francos?" se perguntou enquanto caminhava até uma loja. Porém, um homem agarrou o seu braço brutalmente e tirou o capuz dela. Revelando, Lady ensanguentada.
— Passa tudo! — A sacudiu.
— Me solta! — gritou. Ela tentava se libertar, mas era em vão, o homem era muito forte.
De repente, algo o atingiu. Era um bastão que se assemelhava ao bastão de Chat Noir. Um homem de fios loiros, que os tinha destacados em um traje preto que ao mesmo tempo realçava os seus músculos apareceu. Ele tinha um sorriso sarcástico no rosto, seus olhos verdes eram cobertos por uma mascara de couro. Apenas o seu pouso fez o ladrão fugir aterrorizado, enquanto, a mulher ficou parada ali atônita.
— Boa... tarde, m'lady...? — Coçou a nuca sorrindo nervoso.
Ela colocou a mão no coração enquanto a outra se apoiava em um poste para que não caísse chocada.
— Adrien? — sussurrou o nome do herói.
— Foi o nome que a minha mãe me deu. — brincou. Lady Ensanguentada deu-lhe um tapa no ombro, saindo de sua incredulidade.
— Você me encontrou... — As lágrimas começaram a escorrer.
— Sempre. — Abraçou-a.
A sensação de sentir o cheiro de seu amor novamente era incrível, depois de tanto tempo, lá estavam eles, se abraçando. Sentindo o calor corporal um do outro, enquanto passavam as mãos pelos fios de cada um. A rua estava totalmente vazia agora, aproveitando a chance, se destransformou. Deixando que ela o visse sem máscara mais uma vez. Uma trovoada foi soada, começaram a sentir gotas de água colidirem com a sua pele. Logo, ficaram encharcados. Mas não importava, na verdade, aquela chuva foi boa, foi mágica. Ela fizera eles sentirem que a partir dali, suas impurezas, pecados, sujeiras, imoralidades, foram limpas. Completamente limpas. Caíram no chão e continuaram abraçados, sentindo mais e mais um ao outro. Nenhuma palavra, nenhuma se quer foi dita.
— Pensei que havia me esquecido. — Se afundou na curva do pescoço dele.
— Mari, o que me dá mais medo — A fitou —, é de te esquecer...! – Faz tanto tempo que eu te procuro, entrando em cada Terra diferente a sua procura, conhecendo outras várias Marinettes... – Nesse meio tempo, nunca pude te esquecer.
* Esse "–" representa fala, a mesma função do travessão, porém, eu uso para não ter que colocar nenhuma ação ou verbo de dialogo, entenderam?
— Me perdoa! Eu deveria ter sido mais compreensiva com você, me perdoa!
— Não... Eu que errei com você. – Vamos deixar tudo isso de lado. Volta pra casa, pra nossa Terra, comigo?
A mulher sorriu e enxugou suas lágrimas.
— Você sabe que tudo o que eu mais quero neste mundo é me tornar a sua mulher.
— E eu o seu marido.
☯
Neste exato momento, Marinette corria atrás de Lady Ensanguentada.
"Não vivo mais trancafiada, tenho um livre arbitro — segundo o Papa Cisco. Por isso, irei ao M-E-R-C-A-D-O comprar alguns bombons.
Com todo o amor existente, Marinette Dupain-cheng da Terra 15"
Apenas sabia o destino dela por causa do bilhete. Um bilhete muito irônico afinal. Uma forte chuva começou. Finalmente, avistou-a abraçada com um loiro. Se aproximando mais, pode assimilar aquele loiro com Adrien, mas depois, viu que era impossível.
— E eu o seu marido. — Beijou-lhe a mão.
— O que...?
Os dois se viraram para ela incrédulos. Rapidamente, se levantaram.
— Marinette, não é o que você está pensando! — a mulher exclamou, erguendo os braços.
— Quem. é. ele? — perguntou pausadamente.
— Chat Noir do décimo quinto universo! — sorriu entusiasmado.
Marinette arregalou os seus olhos e franziu os lábios, enquanto abanava a si mesma, pensando que iria desmaiar.
— É... — riu nervosa. — Você quer vir com a gente, sósio do Chat Noir...?
Ele concordou com a cabeça.
☯
"A vida pode ser um mistério para alguns, mas para os gênios é um livro aberto. Tudo o que ocorreu neste último ano foi uma loucura! O multiverso se mostrou possível, eu conheci a minha sósia, evoluí meus poderes, derrotei a minha sósia malvada que queria me matar a fundindo comigo." Sentou-se em seu sofá, enquanto pensava. "O que é impossível mesmo?"
Quando os kwamis perceberam que a guardiã acabara de chegar, voaram até ela, tagarelando como sempre. Wayzz carregava um botão preto consigo.
— Eu acho que você perdeu, Marinette. — Ele a entregou.
Aquele botão era inconfundível, era o botão de um traje que usou em uma peça de teatro. Ela o olhou com um ar nostálgico enquanto suspirava. Todos se entreolharam confusos quando a mesma depositou um beijinho no objeto.
— Obrigada por encontrar meu botão da sorte Wayzz. – Nesse dia, Adrien me chamou para o nosso primei... — Rapidamente, colocou as mãos no rosto, enquanto gemeu de dor.
— Marinette! — chamou Tikki desesperada.
Os seus olhos se arregalaram quando viu Viperion morto no chão.
☯
Adrien tinha ido ao laboratório, lá, eles guardavam várias coisas interessantes e ao mesmo tempo perigosas. Como o espelho da verdade ou o gravador de voz que Chat Noir do futuro deu a Marinette. Ele observava um porta retrato do futuro, onde ele e Ladybug estavam juntos, o sling lateral segurava uma criança de cabelos azuis, que era Louis, o primeiro filho do casal. Os seus olhos estavam cheios de lágrimas, se perguntava quando conheceria de verdade a tão falada Emma, ou o protegido Louis.
Adrien da Terra 15 se recostou na parede onde Lady Ensanguentada estava recostada. Os dois fitavam Adrien.
— Eu já bolei um nome aqui... — o homem sussurrou. — Noir. Bem simples e pratico. — a sua atenção se voltou para Adrien. — É ele? O meu sósio?
A mulher assentiu com a cabeça.
— Ele está bem atrasado... Confesso ter ficado interessado agora!
☯
* Nada a dizer...
a
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A minha outra eu - Miraculous
FanfictionOrdem da trilogia: 1- A Realidade De Ladybug (completo) 2- Minha outra eu (escrevendo) Depois de um ano, Marinette vem aprendido a viver com mais uma pessoa - pensar por dois. Três novos vilões aparecem em Paris, com seu principal foco nos heróis...