𝕷𝖔𝖛𝖊 𝖎𝖘 𝖗𝖊𝖉 | 𝕾𝖍𝖚 𝕶𝖚𝖗𝖊𝖓𝖆𝖎

Prólogo.

Você estava nervosa, isso é um fato que não tem como ser discutido.

Você queria começar uma carreira profissional no beyblade, ser reconhecida internacionalmente. Você já é conhecida no Brasil, sendo a mais forte de seu país, junto com seu melhor amigo de infância que te ajudou muito nessa jornada. Você sabia que era hora de evoluir, mudar de nível.

Que melhor lugar seria aquele que começou o beyblade Isso mesmo, o glorioso Japão.

Você estudou a língua, praticou por meses até ficar satisfeita e na primeira oportunidade de conseguir uma bolsa de estudo na escola do Japão, você obviamente aproveitou com todas as suas forças. Seus pais relutaram no início, mas acabaram aceitando após insistências.

Você chegou ao Japão com antecedência, antes de sua entrada oficial marcada na escola. Você queria se acostumar primeiro com o ambiente antes de começar a escola. Se familiarizar com tudo. Afinal, você não queria passar vergonha no seu primeiro dia de aula.

Ok, você passou os três primeiros dias em cárcere privado no seu apartamento alugado, idai? Você está um pouco assustada com o ambiente novo. Tudo é diferente, ninguém pode te culpar por isso.

Você sente que vai desmaiar quando está na frente da tão nomeada escola mais famosa do Japão, Academy beygoma. Nome sugestivo, não tão original, mas você conhece a história. Foi aqui que os primeiros blayders surgiram, então é claro que vai ter a homenagem a eles. Isso não ajuda em seu nervosismo, apenas piora.

Uma escola nova, turma nova, professores novos. Tudo mudou. Não há ninguém aqui que você conhece.

Tomando coragem, você passa pelos portões principais e começa a caminhar lentamente com os olhos fixos no edifício grande a frente. Até mesmo o designer era diferente das escolas do Brasil. Nenhuma parede rachada, nenhum concreto quebrado, nenhum arame ou barra de ferro ameaçando cair e matar algum aluno. Saudades, Brasil.

Aconteceu uma coisa engraçada quando você estava no meio do caminho. Uma hora você estava olhando para o edifício e no outro você estava praticamente beijando o chão, um peso nas suas costas. O que foi isso?

“VALT! SEU IDIOTA!”

O peso em cima de você resmunga baixinho de dor e confusão, mas então solta um grito que faz você estremecer, seus olhos tremendo ligeiramente. Você é abruptamente colocada sentada e então você consegue entender o que está acontecendo. Você caiu. Não, alguém caiu em você. Você esta atordoada enquanto um garoto esta agachado na sua frente com uma expressão frenética de pânico, os dedos se contorcendo nervosamente.

O cabelo dele é engraçado. Azul, espetado e com uma tiara amarela. Fofo. Ele é bem baixinho. E o mais importante, ele está em pânico total, gaguejando rapidamente palavras que você não consegue entender.

“Ei, garota. Você está bem? Me desculpe meu amigo, ele nasceu de quatro meses.” Você olha para o lado, vendo outro garoto agachado. Esse é loiro, alto e parece ser um pouco mais velho. Ou talvez seja apenas a aparência dele. Quando você não responde, ele te olha confuso, mas então fica preocupado. “Eu acho que você não está bem. Eu acho que ela bateu a cabeça.”

“O que a gente faz!?” O garoto baixinho pergunta, pegando em suas mãos e olhando freneticamente em volta do seu rosto em busca de ferimentos. “Chefão!”